Recentemente eu escrevi um artigo chamado “Democracia e os seus Investimentos” e este aqui será um complemento para aqueles investidores que estão preocupados com os rumores relacionados com fraudes eleitorais. Você certamente já entende que são os políticos que criam e alteram todas as leis que impactam a economia e os seus investimentos pessoais. É por este motivo que estou tratando deste tema aqui. Se você ainda não leu o artigo sobre democracia e investimentos eu recomendo que leia ele primeiro e depois retorne para este.

Clique e assista ao vídeo:

Antes de continuar a leitura deste artigo, ative o som do seu dispositivo e clique no símbolo de “play” no centro do vídeo acima. Depois inicie a leitura para entender sobre o que estou falando.

Como você viu no vídeo acima, a grande “fraude”, relacionada com a democracia, está no próprio sistema.

Certamente a maioria das pessoas não entende como funciona a eleição proporcional que tira do eleitor o poder de escolha.

A maioria também não entende o enorme poder que os deputados possuem (veremos mais na frente).

Tudo parece propositalmente feito para que as pessoas ignorem essas coisas. Todos ficam distraídos escolhendo um presidente que tem pouco poder enquanto um grupo pequeno de pessoas poderosas escolherá quem realmente terá o poder concentrado no congresso.

Embora esse sistema de voto proporcional seja algo totalmente legalizado, ele não parece oferecer qualquer legitimidade, pois como você viu no vídeo, 95% dos deputados não foram diretamente escolhidos pelos eleitores.

Você viu que, graças a esse estranho sistema, somente 27 dos 513 deputados eleitos, foram escolhidos através do voto direto dos eleitores em 2018. Nas eleições de 2014, somente 36 deputados foram eleitos por meio de votação própria. Todos os outros foram eleitos dependendo de votos totais obtidos pelo conjunto do partido ou coligação.

Como você poderá ver nessas duas reportagens: reportagem 1, reportagem 2, todos sabem como o “esquema” funciona e ninguém se importa com esse mecanismo, estranho e pouco democrático, de escolha dos integrantes do congresso.

Como apenas 5% dos deputados são eleitos diretamente pela população e os outros 95% são definidos pelos líderes dos partidos, o poder está concentrado em um pequeno número de pessoas que defendem os seus próprios interesses.

Como você viu no artigo sobre “Democracia e Investimentos” o nome do sistema político onde alguns governam defendendo interesses próprios é “Oligarquia” e não “Democracia”. Geralmente aquilo que muitos imaginam ser uma democracia é na verdade uma oligarquia.

Agora vamos entender, por qual motivo os políticos brasileiros, desde sempre, limitaram o percentual de deputados que a população tem poder de escolher diretamente.

Para isso, precisamos saber o que um deputado federal faz de tão importante. Vamos entender quais poderes um deputado tem.

  1. O deputado federal tem o poder de criar e aprovar leis. Isso inclui a capacidade de criar e alterar a Constituição.
  2. O deputado federal tem o poder de aprovar ou não as medidas provisórias, propostas pelo presidente, ou seja, a última palavra é deles. Isso limita o poder do presidente escolhido diretamente por voto.
  3. O deputado federal tem o poder de fiscalizar e controlar as ações do Poder Executivo (presidente).
  4. O deputado federal tem o poder de aprovar o Orçamento da União, ou seja, ele dá a palavra final sobre como o dinheiro dos seus impostos será gasto.
  5. O deputado federal pode criar uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI), para investigar qualquer tema, situação e qualquer pessoa envolvida.
  6. O deputado federal tem o poder de instauração de processo de impeachment contra o presidente da República.
  7. O deputado federal tem inviolabilidade ou imunidade penal (ou material),  imunidade processual,  imunidade prisional, foro especial por prerrogativa de função, imunidade probatória e prerrogativa testemunhal. Em outras palavras, as leis não se aplicam aos deputados federais como ocorreria com um cidadão comum.

Fica bem evidente que os deputados federais possuem muitos poderes. Então, as pessoas mais poderosas do Brasil são aquelas que escolhem quem serão os 95% dos deputados eleitos, já que a população só será capaz de eleger 5% dos deputados. Até mesmo o presidente da República (eleito diretamente) tem poderes muito limitados diante dos deputados.

É por este motivo que atores, cantores, humoristas, jogadores de futebol e famosos da TV são convidados pelos partidos para disputarem as eleições. Não são pessoas qualificadas para criar e alterar leis, mas essas pessoas conseguem milhões de votos para os partidos e os líderes desses partidos fazem as escolhas mais convenientes para defender os interesses dos grupos que representam. No final do vídeo, você viu a decepção e o constrangimento do palhaço que ficou na história como um dos deputados mais votados do país. Ele descreveu, com propriedade, tudo o que acontece na política brasileira desde sempre.

Diante de todas essas verdades, pouco conhecidas pela maioria, não esqueça que são os deputados federais que criam, aprovam e modificam todas as leis que impactam a nossa economia, as relações de trabalho e os seus investimentos.

Fique muito atento ao pensamento econômico que existe por trás de cada partido. No meio dessa página aqui existe uma tabela chamada “Lista por classificação no espectro político”. Eles tentaram classificar os partidos por seu espectro como extrema-esquerda, esquerda, centro e direita. Como não existe um consenso, a tabela utiliza uma fonte diferente por coluna.

Você sendo uma pessoa que faz investimentos, deve prestar muita atenção no estatuto do partido de sua preferência com relação a economia e investimentos.

Partidos políticos e seus líderes possuem muito poder concentrado e podem destruir economias quando é do interesse deles formar um nação de pessoas que dependem do Estado.

Os mais jovens não sabem, mas você já deve saber que existem ideologias políticas que são contra o empreendedorismo, contra o mercado financeiro, contra as pessoas que economizam e juntam o próprio dinheiro (acúmulo de capital), contra o propriedade privada e contra a liberdade das pessoas sobre o próprio dinheiro, bens e escolhas na vida. Sobre a questão dos bens e o controle das escolhas, eu escrevi um artigo recente que toca no tema, com foco nos imóveis, veja aqui.

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