Tudo que a humanidade criou sobre a Terra, desde o seu surgimento, se deve a um poder único que nos difere de todos os outros animais.

Essa característica pode ser desenvolvida nas pessoas ou simplesmente negligenciada por elas.

Todos que prosperaram entenderam e dominaram esse poder.

Tudo que construímos e todos os grandes feitos da humanidade se devem ao poder da vontade. Criamos tecnologias como a linguagem, a escrita e o dinheiro. Movidos pela vontade criamos países, construímos cidades, máquinas, estações espaciais, robôs e até inteligências artificiais que em vários aspectos superam as limitações biológicas do nosso cérebro.

É inimaginável todas as riquezas, produtos e novos serviços que a vontade humana será capaz de produzir nas próximas décadas.

Sendo a humanidade uma criação da natureza, a vontade humana é a força mais poderosa já criada por ela. A natureza espera que você tenha como a primeira meta da sua vida, dominar o poder da sua vontade. O sucesso profissional, financeiro e a sua independência serão consequências.

Durante a sua vida você vai se deparar com algumas poucas pessoas possuídas por uma gigantesca força de vontade.

Um exemplo está nas pessoas que transformam ideias em empresas. Se você já teve um emprego, teve a oportunidade de conhecer alguém possuído pela força mais poderosa da natureza: a vontade humana. Empresários estão repletos da força da vontade para transformar tempo, dinheiro, trabalho e matérias-primas em riquezas (produtos e serviços) que serão úteis para a sociedade. São essas pessoas possuídas pela vontade que materializam ideias como se estivessem produzindo ouro a partir da matéria bruta que isolada tem pouco valor.

O seu primeiro e grande objetivo é encontrar alguma dessas pessoas grandes que estão transformando o mundo a sua volta por dominarem essa que é a maior de todas as forças.

Quando você encontrar essa grande pessoa, trabalhe com ela. Não trabalhe para ela.

Eu não sei se você consegue perceber a enorme diferença que existe entre “trabalhar com” e “trabalhar para” alguém que domina essa grande força.

As pessoas dominadas pela força de vontade possuem o dom de identificar outras pessoas possuídas por essa força. Elas sabem identificar os que querem “trabalhar com” e os que querem “trabalhar para”.

O mar não é uma barreira contra o poder da vontade daqueles que construíram pontes, navios e submarinos.

Vou exemplificar esse importante conceito com um exemplo pesquisado por Napoleon Hill e depois vou apresentar como eu usei esse grande poder no início da minha carreira profissional.

O jornalista e escritor Napoleon Hill estudou a fantástica história de vida de um homem chamado Edwin C. Barnes que se tornou milionário quando entendeu a diferença entre “trabalhar com” e “trabalhar para” alguém que estava possuído por uma gigantesca força de vontade.

Barnes foi descrito como um homem comum, tão malvestido que poderia ser confundido com um vagabundo, mas seus pensamentos eram os de um rei.

Certa vez, o jovem Barnes ficou sabendo sobre a existência de uma pessoa genial chamada Thomas Edison que tinha uma empresa. Barnes tinha um desejo ardente de conhecer e trabalhar com Thomas Edison (e não para Thomas Edison).

Você deve saber que Thomas Alva Edison foi um empresário dos Estados Unidos que patenteou e financiou o desenvolvimento de inúmeras tecnologias que utilizamos até hoje. Sua invenção mais famosa foi a lâmpada incandescente (1879). No final de sua vida ele era dono de mais de duas mil patentes de tecnologias diversas. No início da sua vida, foi expulso da escola primária porque seu professor concluiu que ele tinha “cérebro oco” e era incapaz de aprender. No fim deste artigo você verá um resumo dessa história.

A vontade de Barnes trabalhar com Edison era enorme e isso transcendia a tudo o mais. Chegou o dia em que Barnes conseguiu pedir uma oportunidade para Thomas Edison.

Anos depois o próprio Thomas Edison descreveu o seu encontro com aquele jovem malvestido que tinha uma enorme força de vontade:

“Lá estava ele diante de mim (Barnes), parecendo uma pessoa comum; mas havia algo na expressão de seu rosto, que transmitia a impressão de que estava decidido a conseguir o que buscava. Eu aprendi, em longos anos de experiência com as pessoas, que quando alguém realmente deseja uma coisa tão intensamente, a ponto de arriscar todo o futuro numa simples jogada para consegui-la, não poderá deixar de ser bem-sucedido. Dei-lhe a oportunidade que pedia, porque percebi que resolvera não desistir enquanto não obtivesse êxito. Acontecimentos subsequentes comprovaram que não houvera erro na minha decisão. – Thomas Edison (1847 — 1931)”

A aparência do jovem Barnes não ajudou a garantir a oportunidade, mas sim o seu entusiasmo ao compartilhar suas ideias e a vontade de trabalhar com Thomas Edison.

Barnes ganhou a oportunidade de trabalhar com Thomas Edison recebendo um salário insignificante. Tão pequeno e desanimador que qualquer pessoa desistiria se apenas estivesse interessado em trabalhar para Thomas Edison ao invés de trabalhar com Thomas Edison.

Dizem que quando alguém está realmente pronto para alguma coisa, essa coisa não deixa de aparecer, mas não é assim que funciona. As oportunidades surgem a todo momento, mas se você não estiver pronto não terá condições de enxergá-la. Barnes aprendeu muito enquanto trabalhou com Thomas Edison por um salário pequeno até o dia em que estava pronto para enxergar grandes oportunidades que outros não poderiam.

Edison tinha acabado de lançar um novo produto baseado em suas invenções. A “Máquina de Ditar”, conhecida como “Ditafone” era um gravador de voz. Os sons eram gravados eu um cilindro de cera que depois poderia ser reproduzido. Isso era revolucionário. O vídeo abaixo mostra o equipamento funcionando até hoje.

Esse invento parecia uma grande oportunidade de boas vendas para Barnes, mas os outros vendedores de Thomas Edison não estavam animados com a possibilidade de vender essa máquina. Para eles, seria muito trabalhoso convencer alguém a comprar uma máquina que grava sons. Os vendedores não acreditaram que existiria demanda.

Barnes sabia que poderia vender a máquina e pediu para Thomas Edison que o desse a oportunidade de se tornar um vendedor do novo gravador. Thomas Edison deu essa oportunidade para ele.

O sucesso de Barnes nas vendas foi tão surpreendente que Edison lhe deu um contrato de distribuição e vendas de âmbito nacional. Dessa sociedade comercial, Barnes fez uma grande fortuna de milhões de dólares e conseguiu provar algo infinitamente maior. Ele provou que se pode enriquecer quando você é alguém com muita vontade trabalhando com alguém que também está dominado por essa força. Barnes literalmente pensou já ter uma sociedade com o grande Edison mesmo quando recebia um pequeno salário.

Tudo que já foi inventado, um dia existiu apenas como ideia que se materializou através do poder da vontade humana.

Agora vou contar para você como vivenciei isso.

Na minha juventude tinha uma grande vontade de trabalhar com algo relacionado ao novo mercado de internet. O ano era 1998 e a internet estava começando no Brasil. Eu tinha experiência com computadores (montei o meu próprio computador) e experiência com uma coisa muito antiga chamada BBS (Bulletin Board System) que eu também construí dentro do meu computador pessoal. No passado os BBS se tornaram provedores de internet.

Um salário-mínimo em 1998 era R$ 130,00 e um plano de acesso à internet custava R$ 100. Eu já ganhava algum dinheiro com o meu BBS e trabalhando como caixa e balconista na pequena lanchonete do meu pai eu consegui algum dinheiro para assinar a internet em um pequeno provedor da cidade. Todos os provedores de internet eram extremamente pequenos. O próprio dono do provedor visitou minha casa para instalar a Internet que na prática significava configurar o computador e um modem barulhento que ligava para o provedor utilizando a linha telefônica.

Para mim, o dono daquele pequeno provedor era um grande homem. Ele era movido por uma enorme força de vontade para investir conhecimento, tempo e o seu dinheiro para desbravar um negócio totalmente novo e desconhecido. Aproveitei a visita dele e comecei a falar sobre os meus conhecimentos e habilidades. Ele também foi dono de um BBS antes de montar o seu provedor de internet. Ele ficou feliz ao encontrar alguém nerd e louco como ele.

Agora eu podia acessar 30 horas de internet por mês com limite de 1 hora por dia. Aproveitei para baixar tutoriais que ensinavam a criar sites. Aprendi programação em HTML e criei um site pessoal. Por ser cliente do provedor eles me ofereciam 100kb de espaço para hospedar minha “home page pessoal”.

Quando meu site já estava no ar, demonstrando minha capacidade, fiz uma proposta para o dono do pequeno provedor. A proposta era a construir um novo site para o provedor. Em troca, se ele gostasse do trabalho, me daria a oportunidade de trabalhar com ele. Como ele não tinha nada a perder, aceitou a proposta. Fiz o site, eles adoraram e ganhei a oportunidade de trabalhar com eles “gratuitamente”.

Para o dono do provedor era trabalho gratuito, mas para mim era uma oportunidade que não tinha preço. Além de poder acessar a internet o dia inteiro dentro do provedor ainda teria direito a acessar 1 hora por dia na minha casa sem pagar a mensalidade. Nunca aprendi tanto na minha vida de forma tão intensa. A equipe no provedor era pequena e eu era o primeiro a chegar e o último a sair.

Chegava no provedor por volta das 7h da manhã e muitas vezes fechei o provedor 21h da noite. Quanto mais trabalhava, mais aprendia. A minha postura dentro daquela pequena empresa era como se eu fosse um sócio. Logo estava recebendo um salário. Depois, além do salário recebia uma participação sobre as vendas dos sites que comecei a produzir para as empresas clientes do provedor. O negócio de vender sites se tornou mais importante que o negócio de assinaturas de acesso à internet. Cresci e ajudei o provedor a crescer. A equipe estava maior e já existiam outras pessoas fazendo sites.

Foi quando resolvi seguir o meu próprio caminho. O dono do provedor chegou a me oferecer parte da empresa dele para que eu ficasse, mas eu resolvi iniciar o meu próprio negócio. O provedor onde eu trabalhava se tornou cliente da minha pequena e nova empresa. Logo consegui montar uma carteira de clientes de todo Brasil. Cheguei a produzir sites para clientes de outros provedores. Cheguei a ter vários escritórios e dezenas de funcionários. Foi então que resolvi fazer vestibular para o curso de Administração de Empresas. Ainda muito jovem já era um empresário bem-sucedido. Eu percebi que aprender sobre negócios era o mais importante. Depois tive outras empresas relacionadas com Internet e tecnologia.

Nunca tive uma carteira de trabalho assinada. Nunca me importei com leis trabalhistas. Nunca me senti vítima do meu patrão, pois sempre o vi como o meu sócio mesmo sem ser. Aqui está a grande diferença entre trabalhar para e trabalhar com. Eu sempre trabalhei com pessoas movidas por uma grande força de vontade.

Existem grandes oportunidades por todas as partes que são oferecidas por pessoas que buscam aqueles que estão possuídos pela força mais poderosa da natureza. Nós sabemos reconhecer quando estamos diante de alguém como nós. E a tenha a certeza de que a força de vontade sempre será testada. Quem trabalha só por dinheiro não entendeu a força, mas está se submetendo a ela.

“Trabalhar com” é totalmente diferente de “trabalhar para” alguém que tem a força. No primeiro você ganha oportunidades e no segundo você só ganha algum dinheiro no final do mês que nunca será muito para você ficar contente e nem pouco ao ponto de você desistir.

Para finalizar, o vídeo abaixo mostra um professor fracassado que trabalhava em um sistema de ensino decadente (como o que temos hoje na maioria dos países) expulsando da escola aquele que seria um dos gênios da humanidade. Foi a força de vontade da mãe de Thomas Edison que foi capaz de reconhecer no filho a maior de todas as forças. Assista ao vídeo:

“A oportunidade tem o hábito astuto de penetrar pela porta dos fundos, disfarçada, por vezes, de desgraça ou de derrota temporária. Por isso, talvez, e que tantos deixam de reconhecê-la – Napoleon Hill.”
No mundo dos investimentos, assim como no mundo do trabalho, se você não acumular conhecimentos e experiências não será capaz de identificar as oportunidades que serão colocadas diante de você. Para investir tempo e esforço nesse acúmulo, você precisa estar repleto de uma grande força de vontade que geralmente tem como principal combustível as cinzas de derrotas, desgraças, rejeições e decisões difíceis que geram alguma ruptura com o passado. Sua força de vontade será testada e, como uma seleção natural, os que não estiverem prontos ficaram pelo caminho enquanto os fortes irão ascender.
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