O gráfico atualizado mostra o Risco País ou CDS (Credit Default Swap) do Brasil. Leia as orientações abaixo do gráfico e entenda como o CDS pode interferir nos seus investimentos. O gráfico é atualizado diariamente.
O CDS ou “Credit Default Swap” de um país, muito conhecido como “Risco País”, funciona como um termômetro sobre o grau de risco percebido pelos investidores internacionais sobre investimentos feitos no Brasil como os títulos públicos.
Um CDS é um contrato (derivativo) negociado entre investidores internacionais com o objetivo de fazer uma espécie de proteção contra o risco de inadimplência (risco de crédito) de um emissor de títulos. Existem instituições financeiras que emitem CDS que funcionam como um seguro contra inadimplência de pagamento de títulos públicos e títulos emitidos por empresas.
Para entender melhor imagine que você é o gestor de um fundo de investimentos em um país onde os juros da renda fixa são baixos. Você resolve investir em títulos públicos brasileiros para melhorar a sua rentabilidade. Para se proteger de um calote da dívida pública brasileira, você toma a decisão de comprar contratos (CDS) que funcionam como um seguro. Você pagará uma pequena taxa para o vendedor do CDS assumir o pagamento da remuneração do título público caso o Brasil resolva dar um calote na dívida pública externa.
É muito semelhante a pagar o seguro de um carro. Você paga um valor mensal ou anual para uma seguradora assumir o risco do seu carro ser furtado/roubado ou destruído por um acidente. Se ocorrer algum problema, a seguradora irá ressarcir seus prejuízos. Quanto maior o risco que envolve segurar o seu carro, mais caro a seguradora cobrará pelo contrato de seguro.
O CDS funciona de forma semelhante. Quanto menor a percepção de risco de um país, menor o CDS ou mais barata será a proteção que os investidores precisam adquirir.
O gráfico do CDS utiliza “pontos base” e isso significa que um CDS de 200 pontos base representa que um custo de proteção de 2% sobre o valor segurado. Normalmente os investidores vão exigir juros maiores para investir em títulos públicos quando o risco for maior e a proteção do CDS for mais cara.
Os países com maior CDS em 2019 eram: Venezuela e Argentina. Os dois enfrentam problemas econômicos e já se envolveram em calotes da dívida externa. O país de menor CDS em 2019 é a Alemanha, uma das economias mais sólidas da Europa (fonte: World Government Bonds).
O “Risco Brasil” em trajetória de queda representa um ambiente favoráveis para a queda dos juros (Taxa Selic) e melhoria da nota de risco atribuída pelas agências de classificação de risco. A redução do CDS brasileiro também representa um sinal positivo para investidores estrangeiros que buscam investimentos em renda variável como as ações negociadas na Bolsa brasileira.
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