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Reversão de alíquotas de PIS/COFINS sobre receitas financeiras de grandes empresas
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Status: Implementado.
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Descrição: Em 2023, o governo Lula reverteu a redução das alíquotas de PIS/COFINS sobre receitas financeiras de grandes empresas, que havia sido estabelecida em 2022 pelo governo anterior. As alíquotas voltaram aos patamares anteriores, aumentando a carga tributária para essas empresas.
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Reestabelecimento de PIS/COFINS e CIDE sobre gasolina e etanol
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Status: Implementado.
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Descrição: Suspensos em 2022, os tributos PIS/COFINS e CIDE voltaram a incidir sobre gasolina e etanol a partir de 1º de março de 2023. A retomada foi parcial, com R$ 0,47 por litro de gasolina e R$ 0,02 por litro de etanol, em vez dos valores integrais (R$ 0,69 e R$ 0,24, respectivamente).
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Imposto temporário sobre exportação de petróleo
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Status: Implementado (extinto).
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Descrição: Criado em 1º de março de 2023, com alíquota de 9,2% sobre exportações de petróleo cru, o imposto vigorou até 30 de junho de 2023. A medida foi usada para compensar a reoneração parcial de combustíveis. Foi questionada no STF por sua natureza arrecadatória, mas a ação perdeu objeto após o fim do tributo.
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Exclusão do ICMS da base de cálculo de créditos de PIS/COFINS
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Status: Implementado.
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Descrição: A partir de 1º de maio de 2023, a Lei 14.592/2023 (originada da MP 1.159/2023) excluiu o ICMS da base de cálculo dos créditos de PIS/COFINS. Isso reduziu os créditos tributários que as empresas podiam abater, aumentando a carga tributária efetiva.
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Taxação de apostas esportivas eletrônicas (bets)
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Status: Implementado.
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Descrição: Instituída pela MP 1.182/2023, convertida em lei em 29 de dezembro de 2023, a tributação incide sobre empresas de apostas com alíquota de 12% sobre o Gross Gaming Revenue (GGR) e 15% de IRPF sobre prêmios dos apostadores. Inicialmente, o governo propôs 18% para empresas e 30% para prêmios, mas o Congresso reduziu as taxas. Lula vetou isenções para prêmios de baixo valor.
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Imposto sobre importação de remessas internacionais (“taxa das blusinhas”)
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Status: Implementado (parcialmente modificado).
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Descrição: O governo tentou acabar com a isenção de Imposto de Importação para remessas de até US$ 50, mas recuou após críticas. Em 1º de agosto de 2023, criou o programa Remessa Conforme, mantendo a isenção para empresas aderentes, mas cobrando 17% de ICMS na venda. Para não aderentes, aplica-se 60% de Imposto de Importação. Remessas de US$ 51 a US$ 3.000 têm alíquota de 60% com desconto de US$ 20 no tributo.
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Aumento do IPI sobre armas de fogo e munições
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Status: Implementado.
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Descrição: A partir de 1º de janeiro de 2024, o IPI sobre armas de fogo (revólveres, pistolas, espingardas, etc.) subiu de 29,25% para 55%, e sobre munições, de 13% para 25%.
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Aumento do imposto de importação de painéis solares
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Status: Implementado.
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Descrição: A partir de 1º de janeiro de 2024, a alíquota de importação de módulos fotovoltaicos subiu de 6% para 10,8%, conforme a Tarifa Externa Comum (TEC) do Mercosul.
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Fim da isenção de importação de veículos elétricos e híbridos
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Status: Implementado.
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Descrição: A isenção de Imposto de Importação para veículos elétricos e híbridos foi encerrada, com alíquotas reintroduzidas gradualmente a partir de 2024, variando de 10% a 35% até 2026.
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Incidência de IRPJ e CSLL sobre benefícios fiscais estaduais (incentivos via ICMS)
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Status: Implementado.
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Descrição: Desde 2023, benefícios fiscais estaduais, como incentivos de ICMS, passaram a ser tributados pelo IRPJ e CSLL, aumentando a carga tributária federal sobre empresas que utilizam esses incentivos.
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Limitações do uso de Juros sobre Capital Próprio (JCP)
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Status: Implementado.
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Descrição: O governo restringiu o uso do JCP, mecanismo que empresas utilizavam para reduzir a base de cálculo do IRPJ e CSLL, resultando em maior arrecadação desses tributos.
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Criação da taxa “come-cotas” para fundos exclusivos
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Status: Implementado.
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Descrição: A partir de 2023, fundos de investimento exclusivos (usados por investidores de alta renda) passaram a ser tributados pelo regime “come-cotas”, com cobrança antecipada de Imposto de Renda, similar ao aplicado em outros fundos.
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Tributação de rendimentos no exterior (offshores)
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Status: Implementado.
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Descrição: Desde 2023, rendimentos de aplicações financeiras no exterior passaram a ser tributados anualmente com alíquota de 15% de IR, mesmo sem repatriamento dos recursos. Anteriormente, a tributação ocorria apenas sobre ganhos de capital repatriados.
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Retorno de PIS/COFINS sobre diesel e biodiesel
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Status: Implementado.
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Descrição: A partir de 1º de janeiro de 2024, PIS/COFINS voltaram a incidir sobre diesel e biodiesel, com aumento de R$ 0,33 por litro de diesel.
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Imposto sobre importações abaixo de US$ 40 e extensão da “taxa das blusinhas”
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Status: Parcialmente implementado.
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Descrição: Não há evidência específica de um novo imposto exclusivo para importações abaixo de US$ 40, mas a “taxa das blusinhas” (item 6) já cobre remessas de até US$ 50 via Remessa Conforme. A extensão mencionada pode se referir à aplicação do ICMS (17%) em todas as compras de empresas aderentes ao programa, o que não ocorria antes.
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Retorno do DPVAT
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Status: Proposto e revogado.
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Descrição: O governo propôs a retomada do DPVAT (seguro obrigatório de veículos) em 2023, mas a medida foi revogada antes de entrar em vigor devido a resistências políticas e sociais.
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Criação do IVA (Imposto sobre Valor Agregado)
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Status: Proposto (em fase de implementação).
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Descrição: A reforma tributária, aprovada em 2023, prevê a criação do IVA, que substituirá tributos como ICMS, ISS, PIS e COFINS. A alíquota padrão, estimada entre 25,7% e 27,3%, deve entrar em vigor em 2026.
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Imposto do Pecado sobre bebidas alcoólicas, cigarros e outros
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Status: Proposto.
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Descrição: Previsto na reforma tributária, o “Imposto Seletivo” (ou “imposto do pecado”) será aplicado a produtos como bebidas alcoólicas, cigarros e outros considerados prejudiciais à saúde ou ao meio ambiente, com implementação planejada para 2027.
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Criação do Imposto de Renda sobre lucros e dividendos
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Status: Proposto (não implementado).
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Descrição: O governo estuda a tributação de lucros e dividendos como parte de uma reforma do Imposto de Renda, mas a medida ainda não foi aprovada ou implementada até 2025.
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Imposto mínimo de 20% sobre lucros de multinacionais
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Status: Proposto (não implementado).
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Descrição: O governo propôs um imposto mínimo de 15% (não 20%) sobre lucros de multinacionais, alinhado a acordos globais da OCDE. A medida ainda está em desenvolvimento e não foi implementada até 2025.
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Elevação do imposto de importação de aço e ferro para 25%
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Status: Implementado.
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Descrição: A partir de 2024, o imposto de importação de 11 tipos de produtos de aço e ferro subiu de 12,6% para 25%, e para cabos e fibras ópticas, de 11,2% para 35%, visando proteger a indústria nacional.
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Reoneração da folha de pagamento para municípios e setores
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Status: Implementado (parcialmente).
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Descrição: O governo tentou reonerar a folha de pagamento de 17 setores econômicos e municípios, revertendo desonerações do governo anterior. A medida enfrentou resistência no Congresso, resultando em uma implementação parcial em 2024.
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Fim do PERSE (Programa Emergencial de Retomada do Setor de Eventos)
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Status: Implementado.
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Descrição: O PERSE, que concedia benefícios fiscais ao setor de eventos, foi extinto em 2024, resultando em aumento da carga tributária para empresas do setor.
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Aumento do IOF para operações financeiras
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Status: Implementado (parcialmente revogado).
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Descrição: Em 22 de maio de 2025, o governo aumentou o IOF para operações de seguros, empresas e câmbio, elevando a alíquota de câmbio de 3,38% para 3,5%. Propostas para taxar transferências para fundos no exterior (3,5%) e remessas para contas próprias (de 1,1% para 3,5%) foram revogadas após críticas.
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IPVA sobre jatinhos e iates
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Status: Proposto (depende de estados).
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Descrição: A reforma tributária de 2023 autorizou a criação de IPVA para aeronaves e embarcações, com alíquotas diferenciadas por tipo, valor e impacto ambiental. A implementação depende de legislações estaduais.
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Aumento do ITCMD (Imposto de Transmissão Causa Mortis e Doação)
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Status: Proposto (depende de estados).
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Descrição: A reforma tributária permitiu que estados elevem as alíquotas do ITCMD, com possibilidade de progressividade. A implementação varia por estado.
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Uniformização do Imposto de Renda (IR) sobre investimentos em 17,5%
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Status: Proposto (aguarda aprovação do Congresso).
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Descrição: O governo propôs fixar a alíquota de IR sobre rendimentos de investimentos de renda fixa e variável em 17,5%, eliminando o modelo regressivo atual, que varia de 22,5% (para resgates em até 180 dias) a 15% (acima de 720 dias). Essa mudança afeta aplicações como CDBs, fundos de investimento, Tesouro Direto e operações em bolsa (exceto day trade, que mantém 20%). A proposta penaliza investimentos de longo prazo, já que a alíquota atual de 15% para prazos acima de dois anos seria elevada.
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Impacto: Reduz o incentivo a investimentos de longo prazo, podendo desestimular a poupança e afetar a rentabilidade líquida.
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Fim da isenção de IR para LCI, LCA, CRI e CRA com alíquota de 5%
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Status: Proposto (aguarda aprovação do Congresso).
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Descrição: Letras de Crédito Imobiliário (LCI), Letras de Crédito do Agronegócio (LCA), Certificados de Recebíveis Imobiliários (CRI) e Certificados de Recebíveis do Agronegócio (CRA), que atualmente são isentos de IR, passariam a ser tributados com uma alíquota reduzida de 5% sobre os rendimentos. A medida visa compensar perdas de arrecadação e uniformizar a tributação de investimentos.
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Impacto: Reduz a atratividade desses títulos, que são populares entre investidores pessoa física por sua isenção e segurança. Pode desestimular investimentos nos setores imobiliário e do agronegócio.
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Tributação de Fundos Imobiliários (FIIs) e Fundos de Investimento em Agronegócio (Fiagros)
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Status: Proposto (aguarda aprovação do Congresso).
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Descrição: Há indícios de que os rendimentos distribuídos por FIIs e Fiagros, atualmente isentos de IR para pessoa física em certos casos, poderiam ser tributados, com alíquota ainda não confirmada (especula-se 5%, similar a LCI/LCA). A proposta não está detalhada, mas foi mencionada como parte do pacote fiscal.
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Impacto: Reduziria a atratividade desses fundos, que são amplamente utilizados por investidores para renda passiva.
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Aumento do IR sobre Juros sobre Capital Próprio (JCP) de 15% para 20%
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Status: Proposto (aguarda aprovação do Congresso).
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Descrição: O JCP, mecanismo usado por empresas para distribuir lucros aos acionistas com dedutibilidade fiscal, teria sua alíquota de IR elevada de 15% para 20%. A medida visa aumentar a arrecadação e desestimular o uso do JCP em detrimento de dividendos.
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Impacto: Reduz a rentabilidade líquida para acionistas que recebem JCP e pode influenciar estratégias de distribuição de lucros pelas empresas.
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Tributação de criptomoedas com IR fixo de 17,5%
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Status: Proposto (aguarda aprovação do Congresso).
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Descrição: A proposta inclui criptomoedas na uniformização do IR em 17,5%, aplicando a alíquota aos ganhos de capital em operações com criptoativos. Atualmente, ganhos acima de R$ 35 mil por mês são tributados com alíquotas progressivas de 15% a 22,5%. A nova alíquota seria fixa, independentemente do prazo ou valor.
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Impacto: Simplifica a tributação, mas pode aumentar a carga para operações de pequeno volume ou longo prazo.
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Nota: A confusão na divulgação dos novos impostos pelo governo é tão grande que até as fontes consultadas podem conter erros ou estar desatualizadas.
A tendência é piorar
Desde 2023, o governo Lula tem seguido uma cartilha fiscal que nada mais é do que uma cobrança imoral sobre quem produz, poupa e investe. Em vez de cortar a gordura do Estado, enxugar desperdícios ou combater com seriedade a corrupção institucionalizada, preferiu o atalho: aumentar impostos.
O resultado não surpreende. O pequeno investidor, que já luta para construir patrimônio em um país dominado pela incerteza e pelo peso tributário, agora vê seus esforços sendo punidos. Medidas como a taxação de aplicações que antes eram isentas (LCI, LCA, FIIs) e a tentativa de nivelar o Imposto de Renda em 17,5% apenas confirmam uma verdade incômoda: o governo penaliza quem ousa prosperar por mérito próprio.
Trinta e uma medidas tributárias em menos de dois anos. Um ataque coordenado contra a autonomia financeira do cidadão comum.
Enquanto isso, a máquina pública segue crescendo, improdutiva e devoradora de recursos. O que se vende como justiça fiscal, na prática, é só mais uma forma de controlar e gerar dependência.
Quem pretende ter um futuro financeiro sólido precisa entender o jogo. Não espere incentivo de cima. Assuma o controle. Corte gastos desnecessários. Proteja seu patrimônio.
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