Os últimos anos, uma tendência perturbadora tomou conta da nossa sociedade: a substituição generalizada de filhos por cães e gatos dentro das famílias.
A geração Y (nascidos entre 1981 e 1996) e a geração Z (nascidos entre 1997 e 2012) são os que mais estão trocando filhos por aninais de estimação. Os primeiros dessas gerações serão idosos a partir de 2041 e 2057 (nos próximos 16 e 32 anos).
Esta inversão da ordem natural, que vem sendo promovida abertamente, mascara uma das maiores armadilhas financeiras e sociais da atualidade.
A propaganda moderna vende a ideia de que ter filhos é um fardo pesado demais, enquanto apresenta os “pet kids” como uma alternativa moderna e sofisticada. Os influenciadores, artistas, jornalistas, televisão e cinema vendem essa ideia há bastante tempo.
Esta narrativa ignora milhares de anos de sabedoria acumulada por nossos antepassados, que entendiam perfeitamente o valor da família (como objetivo de vida) e da continuidade geracional.
O marketing agressivo da indústria, aliado à degradação sistemática dos valores familiares tradicionais (promovida por determinadas ideologias), criou uma geração que transfere a necessidade natural de criar/cuidar para animais de estimação.
Não há nada de errado em ter um cão, mas transformá-lo em substituto de filho é um erro que terá consequências graves no futuro que afetarão toda a sociedade, especialmente quando os envolvidos forem idosos.
Os defensores do estilo de vida ‘sem filhos’ frequentemente promovem um discurso focado em benefícios financeiros imediatos, ignorando as consequências futuras.
Argumentam que a ausência dos custos associados à criação de filhos (educação, saúde, lazer, conforto etc.) possibilita maior disponibilidade financeira para experiências pessoais, viagens e compras, prometendo uma vida aparentemente mais livre e hedonista (Hedonismo é uma filosofia equivocada que afirma que o prazer ou a felicidade é o bem supremo e o principal objetivo da vida humana). Esta visão, embora atraente à primeira vista, reduz a complexidade da existência humana a uma simples equação de ganhos e gastos no presente.
O problema é que as pessoas ignoram a lógica básica do longo prazo: “A vida não pode ser vivida como se só existisse o presente”.
As ideologias também colocaram na cabeça das pessoas que só existe o “momento presente”. Isso é uma grande mentira, pois tentam esconder das pessoas que a vida é uma teia interconectada de passado, presente e futuro. A vida não é linear, mas sim intertemporal. Isso significa que as experiências e eventos do passado influenciam o presente e moldam o futuro, tudo interligado como uma teia complexa.
Pensar que a vida é apenas o “momento presente” pode nos levar a tomar decisões impulsivas ou sem considerar as consequências a longo prazo.
No caso dos filhos, devemos considera que um dia seremos idosos. Um idoso sem filhos frequentemente termina nas mãos do Estado, dependente de um sistema público de saúde precário e de uma aposentadoria que mal cobre as necessidades básicas.
Os custos mensais para cuidar de um idoso são elevados e tendem a crescer com o passar do tempo (mais idade e mais doenças). Sem filhos para dividir estes gastos ou oferecer cuidados diretos, as pessoas enfrentam problemas sérios no final da vida.
Um filho bem criado, educado nos valores corretos e preparado para a vida, torna-se não apenas seu suporte na velhice, mas um multiplicador de riqueza familiar através das gerações. O sacrifício temporário de educar filhos se transforma em retornos permanentes no futuro.
Não há legado mais valioso que se possa deixar para a humanidade do que criar um filho que se torne uma pessoa de bem. Isto é parte do sentido da vida.
Os milhares de anos de civilização ocidental (fundada sobre princípios cristãos) nos ensinaram uma verdade que nenhuma propaganda moderna pode apagar: filhos bem preparados pelos pais são o único investimento que realmente garante uma velhice digna e resultam na construção de um mundo melhor para nossos descendentes.
Não por acaso, as sociedades mais antigas e estáveis sempre se estruturaram em torno da família.
Enquanto seu cão envelhecerá junto com você, demandando custos crescentes justamente quando sua capacidade de gerar renda diminui, um filho estará entrando em sua fase mais produtiva. Essa troca geracional sempre existiu, garantindo a continuidade da família e da sociedade, pois desde tempos imemoriais os filhos assumem responsabilidades quando os pais envelhecem, sustentando a ordem natural.
Você pode investir em um sistema familiar testado por milênios ou arriscar seu futuro em um experimento social moderno que já mostra sinais claros de fracasso.
Os mesmos que defendem a substituição de filhos por animais são os que defendem mais impostos para sustentar programas sociais daqueles que estão desemparados por falta de uma família bem estruturada. Não caia nessa armadilha de quem busca o poder e o dinheiro dos impostos. Construa sua própria rede de segurança através da família, como fizeram todas as gerações que nos precederam.
Embora você possa gostar de ter um animal de estimação, é importante entender que cães e filhos têm papéis fundamentalmente diferentes em nossas vidas.
Antes de decidir ter um cachorro (como se fosse filho), faça algumas reflexões importantes:
- Quem cuidará de você quando sua saúde decair e o custo de vida se tornar mais alto?
- Como você pretende se manter independente do Estado na velhice sem uma rede familiar de apoio?
- Você tem noção que seu animal de estimação envelhecerá junto com você, exigindo gastos veterinários justamente quando sua renda estiver reduzida?
- Já calculou quanto custa uma casa de repouso privada ou uma equipe de cuidadoras 24h?
- Você já pesquisou onde a prefeitura da sua cidade coloca os idosos que não possuem parentes ou outro responsável? Eu recomendo que você tenha a experiência de visitar estes lugares. Leve doações como: fraldas geriátricas, pomadas de assaduras (Nistatina+óxido Zinco), produtos de higiene e converse com as pessoas que estão lá.
- Já considerou que seus avós e pais tiveram filhos, mas você pretende quebrar esse ciclo natural que garantiu a sobrevivência deles?
- Você percebe que está trocando um investimento de longo prazo (filhos) por uma despesa de curto prazo (animal)?
- Como pretende manter sua qualidade de vida na terceira idade contando apenas com recursos próprios e serviços pagos? Você está financeiramente preparado para isso?
- Você entende que está substituindo uma estrutura familiar testada por milênios por um experimento social moderno que tem tudo para falhar?
- Você percebe que viver apenas para o presente, apostando numa vida curta, pode fazer com que uma vida longa se torne seu maior problema?
Use nosso simulador para fazer uma análise objetiva dos custos. O problema não está em ter um cachorro, mas em fazê-lo sem o devido planejamento financeiro ou com expectativas irrealistas sobre o papel que ele desempenhará em sua vida.
A decisão de ter um pet deve ser tomada também com a razão e o planejamento financeiro adequado.
Pessoas que escolhem ter cães no lugar de filhos costumam adotar argumentos como: “Ter filhos não garante que terei apoio na velhice. Muitos pais são abandonados por seus filhos“. Isso é verdade, mas há uma enorme diferença entre possibilidade e certeza. Quem tem filhos pode ser bem cuidado ou não, mas quem não tem filhos tem 100% de certeza de que dependerá de terceiros (seja do Estado, de amigos ou de cuidadores pagos). E confiar no Estado é confiar no mesmo sistema que já falha miseravelmente em oferecer dignidade aos idosos. Se filhos bem criados não garantem apoio, a ausência deles garante a solidão. A decisão não é sobre certezas absolutas, mas sobre probabilidades inteligentes.
Existem ainda os argumentos ecológicos como: “Estamos em um mundo superpopuloso, e não ter filhos ajuda a reduzir o impacto ambiental“. Essa narrativa de “superpopulação” é uma falácia já desmentida por dados demográficos. Na verdade, o maior problema do século XXI é a queda nas taxas de natalidade, o que levará ao envelhecimento da população e ao colapso econômico de muitas nações. Países como Japão e Coreia do Sul já estão enfrentando crises graves por falta de nascimentos. Além disso, quem acredita que abrir mão da própria descendência “salva o planeta” ignora que enquanto as populações ocidentais diminuem, outras continuam crescendo e ocupando espaço. A natureza abomina o vácuo, e civilizações que param de se reproduzir são rapidamente substituídas por outras que não cometeram o mesmo erro.
Também existem questões morais que você deveria considerar antes da decisão: Se toda uma geração optar por trocar filhos por cães, estaremos construindo um caminho de declínio social e cultural irreversível, pois sem descendência não há futuro, não há continuidade, não há legado.
A ausência de filhos significa o colapso da estrutura familiar, o esvaziamento das cidades, o envelhecimento da população sem o devido amparo e o fim da transmissão dos valores e da identidade que sustentaram a civilização por séculos.
As futuras gerações, se ainda houver quem as componha, herdarão um mundo fragmentado, onde laços de sangue e compromissos perenes foram substituídos por vínculos superficiais e descartáveis.
A sociedade que renega a família e a procriação em favor do conforto individualista está fadada à extinção, e seus últimos sobreviventes descobrirão tarde demais que trocaram o sentido da vida por uma ilusão passageira.
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