Você se recorda dos jogos de videogame do passado que escondiam códigos secretos conhecidos como “cheats”? Eram códigos que te davam vidas infinitas, munição sem fim ou dinheiro ilimitado. Parecia o paraíso. No começo, a sensação era de poder absoluto. Mas bastavam algumas horas para que o jogo perdesse a graça. Sem esforço, sem risco, sem sacrifício, tudo aquilo virava um teatro vazio. O herói imortal não enfrentava mais desafios e as alegrias da superação, apenas cumpria tarefas automáticas sem qualquer mérito. O que parecia liberdade era, na verdade, a morte do propósito.

Hoje vivemos algo parecido na nossa sociedade. Uma geração inteira foi treinada para evitar o sacrifício e militar ativamente contra ele. Sofrer é “injusto”. Renunciar é “opressão”. Sacrificar-se pelos filhos, pelo cônjuge, por uma atividade profissional ou por um ideal maior é tratado como loucura. Mas o que sobra depois que apagamos o sacrifício da vida? Um mundo feito de trapaças. Códigos secretos modernos, ilegais ou imorais, usados para tentar burlar as regras da realidade.

Vamos ver alguns exemplos? A mulher moderna, ensinada a desprezar o sacrifício da maternidade, exige o direito de eliminar seu filho ainda no ventre. Muitos fazem isso com a frieza de quem deleta um personagem mal criado no jogo. O DIU, por exemplo, é vendido como um método “ético”, mas pode funcionar matando um ser humano já concebido, impedindo sua fixação no útero. É um truque para evitar o fardo da vida, um “cheat code” bioquímico que burla a responsabilidade natural de gerar e educar uma nova geração.

Do outro lado, homens e mulheres fogem do sacrifício do matrimônio. Preferem uma vida de “relacionamentos líquidos”, trocando de parceiros como se troca de “skin” num jogo online. Evitam o sacrifício de amar, de crescer com outro ser humano, de sustentar uma família. É correto afirmar que, no passado, o verbo “amar” estava intimamente ligado ao sacrifício de si mesmo pelo bem do outro. No entanto, essa concepção elevada e sacrificial do amor foi deturpada nos tempos modernos, sendo rebaixada a um mero sentimento subjetivo, centrado no prazer pessoal e na satisfação egoísta, o que é resultado direto do relativismo moral e do humanismo moderno que rejeita a tradição dos nossos antepassados.

Essa nova forma de relacionamento entre homens e mulheres, parece liberdade. Mas a conta chega. Chega na velhice solitária, sem filhos, sem legado, sem um lar verdadeiro.

O mesmo vale para o dinheiro. Em vez do sacrifício do trabalho árduo, do empreendedorismo disciplinado, muitos preferem as trapaças: fraudes, esquemas, conchavos, chantagens emocionais. Há até quem explore o Estado para viver às custas de outros, como parasitas em nome de uma suposta “justiça social”. O resultado é previsível: corrompem o corpo, a alma e a sociedade.

Mas a realidade é implacável. O “universo criado” não premia a trapaça. Quem evita o sacrifício inevitavelmente se depara com o vazio. A vida sem esforço, como o jogo com vidas infinitas, logo perde o sentido. Surge a angústia existencial, um tipo de angustia que nossos antepassados não tinham da forma que existe hoje. E então, para fugir dela, muitos se lançam em vícios: drogas, promiscuidade, consumo desenfreado. É a autodestruição daqueles que já não têm por que lutar.

A verdade é dura, mas simples: o sacrifício é o que dá valor a tudo. É uma regra do jogo que foi imposta pelo Criador do jogo. É o que transforma o prazer em recompensa e o trabalho em virtude. Fugir dele é como assaltar a própria alma. O mérito só nasce do esforço, faz parte da regra. O prazer só tem gosto depois da luta. E a vida só tem sentido quando é vivida com coragem, ordem e responsabilidade.

Existe uma ordem moral objetiva inscrita no universo criado, determinada por uma Mente superior — o Criador do jogo. Essa ordem não pode ser burlada sem custo. Em oposição a ela, há uma inteligência inferior, astuta e perversa, que sussurra trapaças e atalhos. Oferece atalhos que brilham no início, mas apodrecem a alma com o tempo. Ela promete prazer sem sacrifício, sucesso sem mérito, liberdade sem responsabilidade. Mas tudo isso é veneno disfarçado. São códigos secretos de autodestruição. A escolha está sempre diante de nós: seguir a verdade que exige sacrifício ou a mentira que oferece ilusão.

Evite os atalhos. Rejeite as trapaças. Enfrente o jogo como o Criador o fez para ser jogado. Com esforço, com dor e com honra. Porque o sacrifício, por mais duro que seja, é sempre a melhor parte.

 

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