A responsabilidade de proteger sua vida financeira exige que você entenda o que está acontecendo no mundo.
Hoje, falo sobre a guerra comercial entre Brasil e Estados Unidos, iniciada em julho de 2025, e os perigos que ela representa para você que trabalha, poupa e investe para conquistar a independência financeira.
Primeiro: não se engane com narrativas simplistas que a imprensa está divulgando. A verdade é outra: o Brasil escolheu o lado perigoso em um jogo econômico global, e o preço já começou a ser cobrado.
A Verdade por Trás da Guerra Comercial
Recentemente, o presidente defendeu, na cúpula do BRICS no Rio de Janeiro, a criação de uma moeda comum para o bloco (Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul) e a redução da dependência do dólar no comércio global. Ele afirmou que “o mundo precisa encontrar uma forma de nossas relações comerciais não dependerem do dólar”. Essa fala ecoou como um afronta direta aos Estados Unidos, que usam da hegemonia do dólar para manter sua influência econômica global.
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Em resposta, o presidente americano Donald Trump, em 8 de julho de 2025, reiterou sua posição: “O dólar é rei. Vamos mantê-lo assim. Se alguém quiser desafiá-lo, pode tentar. Mas vai pagar um preço alto“.
Dias depois, em 10 de julho, Trump anunciou tarifas de 50% sobre as exportações brasileiras para os EUA, a partir de 1º de agosto, e ameaçou o BRICS com tarifas adicionais de por “tentar destruir o dólar”.
A narrativa de que essas tarifas são uma retaliação política ligada ao ex-presidente do Brasil é claramente uma cortina de fumaça. Trump usou essa questão como pretexto, mas o cerne é econômico: o Brasil alinhou-se aos interesses da China e do BRICS, desafiando a supremacia americana.
O Brasil, com a sua economia dependente de exportações e com histórico de instabilidade econômica e política, não é uma superpotência capaz de enfrentar os Estados Unidos em uma guerra comercial. Nossa economia, com um PIB de US$ 2,1 trilhões (2024), é menos de 8% do PIB americano (US$ 27 trilhões).
Desafiar a maior potência econômica e militar do mundo sem um plano robusto é no mínimo um golpe contra a população, que sofrerá as consequências no futuro. A ousadia sem estratégia leva à ruína, e o Brasil parece ter subestimado o peso de suas escolhas.
O Contexto Global: EUA vs. BRICS
É muito evidente que os Estados Unidos percebem o BRICS, especialmente sob a liderança da China, como uma ameaça à sua hegemonia.
O bloco busca reduzir a dependência do dólar, promovendo moedas locais ou até uma estranha moeda comum. Isso enfraquece o controle americano sobre o comércio global e expõe os EUA a riscos financeiros. Trump já havia alertado, desde 2024, que países do BRICS enfrentariam consequências se insistissem na desdolarização.
O Brasil, sob o atual governo, ignorou esses avisos e intensificou o discurso anti-dólar, alinhando-se a nações como China, Rússia e até mesmo o Irã.
Enquanto isso, os EUA firmaram, nos últimos dias, um acordo comercial de tarifa zero com a Argentina, sinalizando que países alinhados com seus interesses serão recompensados. A Argentina, sob um governo mais próximo dos valores de liberdade econômica, colhe os frutos de escolher o outro lado (fonte).
O Brasil, ao contrário, optou por se alinhar a blocos liderados por regimes autoritários, como China e Rússia, que promovem uma visão coletivista e antiamericana. O problema é que essa escolha tem um preço, e ele será pago pelas famílias brasileiras.
O Histórico de Sanções Americanas: Lições do Passado
Países que que desafiaram a hegemonia dos EUA nas últimas décadas sofreram consequências devastadoras. Veja alguns exemplos:
- Irã (1979-presente): Após a Revolução Islâmica, o Irã enfrentou sanções americanas por décadas devido a seu programa nuclear e oposição aos EUA. Resultado: hiperinflação, desvalorização da moeda (rial perdeu 99% de seu valor desde os anos 1980) e empobrecimento generalizado.
- Venezuela (2000s-presente): O governo socialista de Chávez e Maduro alinhou-se a potências antiamericanas, como Rússia e China. Sanções dos EUA sobre o petróleo venezuelano levaram a uma queda de 65% no PIB entre 2013 e 2020, hiperinflação de milhões por cento e êxodo de 7 milhões de pessoas.
- Cuba (1960-presente): Após adotar o comunismo e alinhar-se à União Soviética, Cuba sofreu um embargo americano que persiste até hoje. A economia estagnou, com PIB per capita de apenas US$ 9 mil, comparado a US$ 70 mil nos EUA.
- Rússia (2014-presente): Após a anexação da Crimeia, sanções ocidentais, lideradas pelos EUA, causaram desvalorização do rublo e estagnação econômica.
Esses países escolheram confrontar os EUA, por ideologia ou alinhamento com potências rivais. O resultado foi sempre o mesmo: colapso econômico, sofrimento do povo e isolamento internacional. O Brasil, ao desafiar o dólar, está trilhando o mesmo caminho.
Os Riscos para o Brasil
As tarifas americanas de 50% sobre exportações brasileiras, anunciadas para 1º de agosto de 2025, atingirão os setores mais importantes da nossa economia como agricultura, mineração e manufaturados.
Os EUA são o segundo maior destino das exportações brasileiras (11,4% do total em 2024). Um aumento de custos tornará produtos brasileiros menos competitivos, reduzindo empregos e renda em diversas áreas da economia, podendo gerar um efeito dominó.
Uma possível desvalorização do real, encarecerá importações, alimentando a inflação. Sua poupança, seu salário e seu patrimônio serão diretamente afetados.
Além disso, o alinhamento com o BRICS, liderado por regimes autoritários, expõe o Brasil a mais retaliações.
A China, maior parceiro comercial do Brasil, não pode substituir os EUA como mercado consumidor, pois sua economia é voltada para exportações, não importações. A promessa de uma moeda BRICS é ilusória: o yuan chinês não tem a confiança global do dólar, e a instabilidade política de países como Rússia e África do Sul torna a ideia inviável. O Brasil apostou em um projeto utópico, e teremos consequências contra a população no decorrer dos próximos anos.
A Escolha de um Povo sem Educação Financeira
A prosperidade vem da liberdade, do trabalho honesto e da responsabilidade. Mas o Brasil, ao votar em políticos que priorizam ideologias coletivistas e alianças com ditaduras, escolheu o caminho desastroso. O governo atual preferiu confrontar os EUA, defendendo uma visão que beneficia elites políticas e blocos autoritários, em vez de proteger a família brasileira. Essa escolha não é neutra. Ela custa empregos, aumenta preços e erode a liberdade econômica que sustenta a verdadeira riqueza.
Enquanto a Argentina colhe os frutos de um acordo comercial com os EUA, o Brasil enfrenta tarifas punitivas. Fica claro que alinhar-se a regimes que promovem controle estatal e desdolarização é um erro que destrói nações. A liberdade econômica exige conhecimento e disciplina, não ilusões ideológicas.
O Que Você Pode Fazer
Você, leitor, não controla a política externa, mas controla sua vida financeira. Proteja-se:
Diversifique seus investimentos: Evite depender apenas do real. Considere uma parte, mesmo que pequena, em ativos dolarizados, como ETFs de índices americanos que encontramos na bolsa, para proteger seu patrimônio da desvalorização.
Reduza dívidas: Juros altos virão com a inflação. Quite dívidas, caso seja possível, e não faça novas dívidas.
Risco de Desemprego: avalie se a área onde você trabalha está ameaçada caso o pior aconteça. Considere os setores da economia que serão atingidos. Se o seu emprego está em risco, verifique a situação de suas reservas financeiras para enfrentar o risco de desemprego.
Invista em conhecimento: Entenda o mercado global. Leia sobre economia e história para não cair em narrativas populistas.
Cuidado com as notícias: Tenha muito cuidado com as atuais emissoras de televisão e sites de notícias. Pesquise sobre quais são as que mais recebem verbas do governo. Cuidado com os influenciadores, pois existe uma rede de influenciadores do próprio governo (fonte).
Exija responsabilidade: Cobre de seus representantes políticas que respeitem a liberdade econômica e a ordem natural, rejeitando utopias coletivistas. O único verdadeiro coletivo instituído é a família. O Brasil é a união de milhões de famílias. Todo outro agrupamento artificial não passa de construção ideológica forjada por políticos para dividir, enfraquecer e dominar a sociedade.
O Brasil está em uma encruzilhada. A guerra comercial é apenas o começo. Historicamente, guerras comerciais podem sim escalar para conflitos reais, mas isso não é inevitável nem automático. O que se observa é que, quando os interesses econômicos são fortemente afetados, e não há mecanismos institucionais ou diplomáticos eficazes para mediar o conflito, as tensões podem escalar.
Assuma a responsabilidade por sua prosperidade e aja com prudência. O futuro não perdoa a negligência.
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