O gráfico representa o preço de 1 litro de azeite em reais da forma que é negociado globalmente. Os dados foram calculados utilizando o indicador “POLVOILUSDM” que representa 1 tonelada de azeite de oliva em dólares. Depois esse valor foi multiplicado pelo preço do dólar em reais e em seguida foi dividido por 1000 para que o preço estivesse em litros e não em toneladas.
Esse seria o preço internacional do azeite que as empresas compram para engarrafar para depois vender no supermercado, ou seja, faltam adicionar no preço o lucro da empresa que engarrafa o azeite, lucro do supermercado, custos de transporte e inúmeros impostos cobrados até o produto chegar na sua mesa.
Importância do preço livre:
Quando ocorre o aumento do preço do azeite no mercado global, ou de qualquer outro produto agrícola, isso é um claro sinal de que a oferta não está atendendo a demanda.
Esse aumento de preço tem um importante papel a desempenhar no sistema econômico.
O preço alto estimula os produtores a expandir a plantação de oliveiras e a investir em técnicas para melhorar a produtividade, pois a perspectiva de obter lucros maiores com a venda do azeite torna esses investimentos mais atraentes e viável.
À medida que novos produtores entram no mercado e a produção aumenta, a oferta de azeite cresce, levando a uma queda natural dos preços no futuro.
Além disso, o preço alto incentiva os consumidores a economizar o uso de azeite, reduzindo o desperdício e buscando alternativas mais baratas. Isso também ajuda a equilibrar a oferta e a demanda no mercado.
Os preços livres atuam como um mecanismo de sinalização, informando produtores e consumidores sobre as condições do mercado.
Essa sinalização permite que os agentes econômicos tomem decisões racionais e ajustem seu comportamento, levando a uma alocação mais eficiente dos recursos.
Portanto, a possibilidade de os preços subirem é essencial para estimular a produção e, eventualmente, fazer com que os preços voltem a um nível mais equilibrado.
Como os políticos estragam tudo?
Um governo intervencionista e populista pode atrapalhar seriamente o mecanismo de ajuste dos preços de mercado, com consequências negativas para a economia. Isso só é possível graças a enorme ignorância das pessoas sobre o funcionamento do dinheiro.
Uma possível intervenção seria impor controles de preços sobre o azeite, com o objetivo de mantê-lo artificialmente mais barato para os consumidores. Isso pode até trazer alívio a curto prazo, mas acaba distorcendo os sinais de mercado.
Com os preços controlados abaixo do nível de equilíbrio, a demanda se elevará, mas a oferta não terá incentivos para aumentar. Os produtores serão desencorajados a investir em expansão da produção, já que não poderão obter lucros mais altos. Isso eventualmente levará a escassez e racionamento do produto.
Outro tipo de intervenção seria a imposição de subsídios governamentais aos produtores. Isso poderia até aumentar a oferta de azeite, mas os custos desses subsídios seriam arcados por toda a sociedade através de impostos mais altos. Além disso, os produtores teriam menos incentivos para melhorar sua eficiência e reduzir custos.
Em ambos os casos, o resultado seria uma alocação ineficiente dos recursos, prejudicando tanto produtores quanto consumidores no longo prazo. O mecanismo de preços livres seria seriamente distorcido, impedindo os ajustes naturais da oferta e demanda.
Portanto, uma política intervencionista e populista tende a gerar mais problemas do que soluções efetivas para os desafios do mercado de azeite.
A melhor alternativa é permitir que os preços se ajustem livremente, guiando as decisões dos agentes econômicos de forma mais eficiente.
Fala Leandro, tudo bem ? Mais um artigo interessante, tenho quase 30 anos trabalhando na indústria de automação e em desenvolvimento de produtos em diversos tipos de negócios e pensado bastante na questão das consequências não intencionais que você abordou brilhantemente a alguns meses atrás e me virou uma chave de várias situações onde isso ocorre, pois o fato do capitalismo pressionar os fabricantes a reduzir custo a qualquer custo e isso compromete a qualidade real dos produtos, mas leva muito tempo para a consequências não intencionais e os problemas começarem a aparecer, ainda não tenho uma visão clara de como poderíamos mudar isso sem intervenções, o que vc acha que daria para fazer ?
Abraços Rogério
Olá Rogério. Naturalmente as pessoas querem pagar o mínimo possível pelo melhor possível. Isso deveria estimular a empresa a encontrar formas de oferecer o melhor pelo menor preço. Isso funciona perfeitamente quando você vive em uma sociedade baseada em valores elevados, ou seja, o capitalismo foi feito para funcionar em uma sociedade baseada na confiança e nos bons valores. Não é isso que temos hoje. Quem faria essas regulações? Políticos e servidores públicos que também não cultivam bons valores?
Será que a inteligência artificial e a neuralink do Elon Musk vão garantir que as pessoas sigam os valores? Vamos ver, por isso prefiro acreditar na volta de Jesus. Abraços.
Olá Rogério. Provavelmente o que o celular já faz na vida das pessoas será potencializado quando o celular estiver dentro do cérebro das pessoas (neuralink).