Vou mostrar para você como a avareza pode atrapalhar e até inviabilizar a conquista da sua independência financeira. Como você deve saber, estou escrevendo uma série de artigos sobre vícios de comportamento, também conhecidos como “pecados capitais”, que prejudicam o seu presente e estragam o seu futuro. Já escrevi sobre soberba, inveja, luxúria e preguiça.

Avareza, também pode ser chamada de ganância. Ela se caracteriza pelo apego excessivo e descontrolado pelos bens materiais (que inclui o dinheiro), priorizando-os e deixando as virtudes, valores morais e éticos em segundo plano.

O avarento pode se tornar uma pessoa perigosa quando, no extremo do vício, se envolve com mentiras, fraudes, corrupção, roubos e outros crimes contra as pessoas e seu patrimônio. Nessa situação, existe uma espécie de idolatria aos bens materiais.

Dessa forma, a avareza também pode ser vista como uma forma extrema de egoísmo.

Os verdadeiros avarentos são aqueles que mais acusam os outros de avareza.

Falso avarento e o verdadeiro avarento:

Você que está tentando poupar o seu próprio dinheiro, fruto do seu trabalho, para investir e construir um futuro melhor para você e sua família, provavelmente já foi acusado, injustamente, de avarento por amigos e parentes.

É curioso observar que os verdadeiros avarentos acusam as pessoas de avareza quando eles não conseguem tirar algum proveito dessa pessoa.

Exemplo 1: era uma vez a história de um jovem casal com um filho. O casal tinha o hábito de acusar os avós da criança de serem avarentos. Essa acusação ocorria quando esses avós se queixavam por pagarem a mensalidade escolar do neto, além de outras despesas da criança. O problema é que esse casal tinha o costume de exibir um estilo de vida caro, que seria impossível se eles assumissem todas as despesas da casa. Na prática, de forma indireta, quem “bancava” esse estilo de vida caro eram os avós da criança, comprometendo o dinheiro que eles pouparam durante a vida para ter uma boa aposentadoria. Nesse exemplo, os verdadeiros avarentos são os que acusam os idosos de avareza.

Frequentemente as pessoas que não conseguem tirar proveito das outras, chamam suas vítimas de avarentas.

É muito comum, nos dias de hoje, as pessoas acusarem as outras daquilo que elas mesmas são.

É comum o “amigo” ou o parente que não economiza, não se organiza e não se educa financeiramente ficar de olho nas suas economias, principalmente se você comete o erro de falar que poupa e investe uma parte do que ganha para ter um futuro melhor. Essas pessoas logo vão pedir empréstimos, favores e outros meios para tirar proveito do seu bom hábito. Se você recusar, será logo taxado de avarento, quando elas é que se comportam com avareza e ganância pelo que é do próximo.

Avareza de tudo que tem valor

O verdadeiro avarento é aquele que está disposto a prejudicar a si mesmo e aos outros por amor exagerado a qualquer coisa que tenha valor: dinheiro, tempo, esforço etc.

Exemplo 2: imagine uma pessoa que trabalha para uma empresa recebendo um salário fixo. Essa pessoa resolve trabalhar o mínimo necessário para não ser demitida. Embora a pessoa se considere muito esperta por economizar tempo e esforço em troca do salário, esse tipo de avareza só resulta em pobreza. Clientes, colegas de trabalho e o próprio empregador percebem que a pessoa é extremamente avarenta com relação ao trabalho que entrega. Isso provoca o fechamento de oportunidades no futuro, podendo gerar uma demissão.

Quantas pessoas você já conheceu que fazem o mínimo possível, entregam o pior e com atraso e se sentem prejudicadas e injustiçadas por terem resultados ruins na vida?

Avareza nem sempre tem relação com dinheiro e muitas vezes é o comportamento padrão das pessoas mais pobres. Vamos entender isso mais na frente.

Independência sem avareza:

As pessoas que poupam e buscam a independência financeira da forma correta e inteligente, não enxergam o dinheiro como a coisa mais importante do mundo e nem como um fim. Para essas pessoas, a coisa mais importante é o tempo e a liberdade. Elas entendem que o nosso “tempo de vida” é algo precioso. É por isso que elas respeitam o dinheiro que ganham, pois esse dinheiro foi conquistado gastando tempo.

O dinheiro que as pessoas buscam trabalhando, poupando e investindo é o meio para se conquistar liberdade sobre o próprio tempo. A vida simples, que muitas dessas pessoas escolhem ter, está relacionada a ter uma vida mais leve e mais livre.

Conquistar o dinheiro que acumulam de forma honesta, tem relação com o desejo de ser livre. Aquele que pratica desonestidade para enriquecer jamais terá a verdadeira paz de espírito, tranquilidade e a liberdade para aproveitar seu tempo livre no futuro.

Para se atingir e manter a sua independência financeira você obrigatoriamente terá de se livrar dos seus vícios (Soberba, Avareza, Inveja, Ira, Luxúria, Gula, Preguiça), pois dinheiro potencializa tudo que você é. Se você é virtuoso, a independência financeira vai potencializar a ação de suas virtudes. Se você é uma pessoa viciada e cheia de maus hábitos, o dinheiro da independência financeira vai potencializar todos os seus vícios, até que você se destrua e prejudique outras pessoas.

Dessa forma, ter liberdade sobre o tempo de vida é o grande objetivo do ato de poupar e investir para se conquistar a independência financeira e isso está diretamente relacionado ao interesse genuíno de acumular virtudes e reduzir os efeitos dos vícios no decorrer da sua vida.

Independência financeira não é sobre ficar rico e preso ao que o dinheiro pode comprar para satisfazer vícios, mas é sobre ficar livre e desapegado das coisas que o dinheiro pode deixar você viciando.

Independência financeira não é sobre ser feliz com os exageros que o dinheiro pode comprar (vícios), mas sobre ser forte (virtudes) diante dos desafios da vida.

Avareza é ganância

Uma forma de manifestar a avareza é através da ganância. O avarento extremo deseja se apropriar do que é do outro e geralmente tenta fazer isso disfarçando suas intenções. Muitos avarentos, infelizmente, se tornam políticos. Muitos avarentos se infiltram nas instituições, incluindo as instituições religiosas. O mundo sempre esteve repleto de avarentos gananciosos que se escondem por trás da hipocrisia. Vou apresentar aqui um exemplo milenar, religioso, que provavelmente era do conhecimento dos seus avós e bisavós, no tempo que a religião era a base da sociedade ocidental.

Exemplo 3: essa histórica aconteceu há mais de 2000 anos. Faltavam 6 dias para a Páscoa. Cristo visitava uma casa simples, na cidade de Betânia, onde vivia Lázaro (homem que Cristo ressuscitou) e suas irmãs Maria e Marta. Marta serviu uma ceia para recepcionar Cristo. Maria lavou os pés de Cristo com um perfume caro que ela havia comprado para momentos virtuosos como esse. Um dos discípulos de Jesus, chamado Judas Iscariotes, que mais tarde iria traí-lo por 30 moedas (denários), fez uma reclamação sobre aquele “desperdício” de dinheiro. Ele disse: “Por que este perfume não foi vendido, e o dinheiro dado aos pobres (dado para Judas)? Seriam 300 denários”. Judas era responsável pelas finanças do grupo de apóstolos. Os textos dizem que ele não reclamou por se interessar pelos pobres, mas porque era ladrão. Judas costumava roubar parte do dinheiro que doavam para Cristo. Jesus não gostou do comportamento avarento e ganancioso de Judas e disse: “Deixai-a; ela guardou este perfume para o dia da minha sepultura. Pois sempre tereis convosco os pobres, mas a mim nem sempre me tereis.”. Pouco tempo depois, por apenas 30 moedas, Judas entregou Cristo para aqueles que queriam crucificá-lo (Mateus 26:14-16). Mais tarde, arrependido pelas consequências de sua avareza e ganância, Judas tirou a própria vida. Essa história está em João 12:1-7.

Existem pessoas que pensam e se comportam com Judas Iscariotes dentro da sua família, no prédio onde você mora, na empresa onde você trabalha, entre os políticos e até dentro das religiões. Nunca as instituições estiveram livres desse tipo de gente verdadeiramente avarenta e hipócrita.

Essa passagem mostra como Judas Iscariotes estava preocupado com o valor do perfume dos outros, comprado com o dinheiro e o esforço dos outros, pois ele poderia se aproveitar desse dinheiro para o seu próprio benefício financeiro. Muita gente, no mundo de hoje, milita por bondades agindo como Judas. Por outro lado, Jesus mostra desapego e destaca a importância de respeitar a liberdade da mulher em usar o seu dinheiro e o seu perfume com algo que ela considerava virtuoso, já que Cristo representava todas as virtudes que uma pessoa poderia ter.

A história nos ensina que devemos investir (nosso tempo, esforço e dinheiro) em tudo que é virtuoso e que nos trará mais virtudes (como Maria fez com seu perfume), enquanto devemos ter muito cuidado com pessoas hipócritas, incluindo aquelas dentro de instituições religiosas, dentro de organizações não governamentais e dentro dos governos (políticos e seus servidores), que se apresentam como defensores das falsas virtudes, exigindo que você entregue para eles o seu dinheiro, para que eles tirem proveito disso usando alguma desculpa virtuosa.

Cristo simboliza todas as virtudes, assim como Judas simbolizava todos os vícios. Cristo morre para ensinar a busca por virtudes e o combate contra os vícios. É isso que nos torna homens fortes. Judas termina se enforcando, arrependido tardiamente de todo o mal que seus vícios produziram contra alguém que era verdadeiramente virtuoso. Judas nos mostra que os vícios nos tornam homens fracos e que o dinheiro ganho de forma desonesta só atrairá desgraça.

Na prática, são os vícios de comportamento (soberba, inveja, luxúria, avareza, preguiça, ira e outros) que nos levam a cometer crimes que destroem a sociedade como roubar, matar, adulterar, mentir etc.

Outros apóstolos, que depois foram martirizados e se tornaram santos católicos, também sofreram ataques de seus próprios vícios.

  • Vício da Ira: Tiago e João, dois dos doze apóstolos, ficaram com raiva quando uma aldeia samaritana se recusou a receber Cristo e pediram permissão para chamar fogo do céu para consumi-la (Lucas 9:51-56).
  • Vício da Soberba (Orgulho): Os discípulos discutiram entre si sobre quem seria o maior no reino dos céus (Marcos 9:33-37). Cristo repreendeu todos eles.
  • Vício da Preguiça: Quando Cristo foi ao Jardim do Getsêmani para orar antes de sua prisão, ele pediu a Pedro, Tiago e João que ficassem acordados e orassem com ele. No entanto, eles adormeceram repetidamente (Mateus 26:36-46).

Vou listar outros tipos de avareza, que não tem relação direta com dinheiro, que prejudicam a vida pessoal, profissional e financeira das pessoas.

  • Avareza de Tempo: Uma pessoa avarenta em relação ao tempo, é aquela que atrapalha a vida dos outros para economizar o próprio tempo, não se importando se isso vai roubar o tempo dos outros.
  • Avareza de Conhecimento: Alguém pode ser avarento em relação ao conhecimento, recusando-se a compartilhar o que sabe. As vezes essa pessoa sabe menos do que você e tem mais sucesso apenas por compartilhar o que sabe.
  • Avareza de Reconhecimento: Uma pessoa pode demonstrar avareza em relação ao reconhecimento, não aceitando que o mérito do outro seja reconhecido. Você já conheceu pessoas que querem receber créditos por coisas que não fizeram? Já viu pessoas que acham que possuem direitos sobre tudo e todos, como se o mundo devesse algo para elas apenas por elas existirem?
  • Avareza de Reconhecer Erros: A avareza também pode ser vista em pessoas que têm dificuldade em reconhecer seus erros e falhas, sempre buscando justificar suas ações, mesmo quando estão erradas. Sabe aquela pessoa que sempre coloca a culpa nos outros pelas consequências do que ela fez ou deixou de fazer? O mundo está cheio disso e elas acham que estão certas. Pessoas que colecionam vícios se tornam especialistas em não reconhecer os próprios erros. A moda agora é culpar o virtuoso por ser virtuoso.

Tudo isso que descrevi logo acima se refere a pobreza de espírito que tem como consequência a pobreza material.

Pobreza de espírito

O avarento se comporta como se fosse um pobre de espírito, uma pessoa de essência miserável. Avareza também atinge as pessoas pobres e isso ocorre com frequência.

Existem pessoas pobres que são avarentas e isso as impede de prosperar na vida. Não tem como crescer na vida se você não está disposto a entregar o que você tem de melhor primeiro, para depois receber os frutos.

As empresas estão cheias de pessoas que se acham espertas trabalhando o mínimo possível enquanto fecham todas as portas de oportunidades que teriam no futuro se não demonstrassem tanta avareza.

Você, como cliente, já deixou de frequentar um lugar por perceber uma enorme avareza dos funcionários e do proprietário com relação aos clientes? Empresas quebram ou deixam de crescer por avareza.

Os órgãos públicos possuem alguns funcionários avarentos que fazem o mínimo possível. Isso estraga a imagem do servidor público. Muitas vezes essas pessoas desperdiçam todo dinheiro que ganham com bobagens por existir algum sentimento interior de que não são merecedores. Quem ganha dinheiro sem sentir que mereceu, acaba menosprezando o próprio dinheiro e a própria vida (mergulhando nos vícios). É quase como uma maldição, assim como aconteceu com Judas.

O avarento de verdade é aquele que não planta a semente para não gastar sementes e por esse motivo ele não tem muito para colher no futuro, pois não plantou e não gastou tempo cuidando do que plantou. Por outro lado, ele enxerga como justo ficar com a colheita dos outros e quem se recusar a repartir será chamado de avarento pelo maior de todos os avarentos.

Não existiria tanta pobreza no mundo se as pessoas não fossem tão pobres de espírito e não tentassem colher o que não plantaram. Não existiriam determinadas ideologias, se as pessoas não fossem tão pobres de espírito.

A própria natureza está cheia de provas (científicas) de que o mundo é farto, abundante e rico para aqueles que plantam sem avareza.

Exemplo 4: se você tiver o trabalho e enterrar um único grão de milho, depois de 100 dias você terá um pé de milho com 500 a 800 grãos de milho por espiga. Se você tiver o trabalho de enterrar apenas uma semente de laranja, após alguns anos você terá 300 a 400 laranjas “gratuitas” por safra, mesmo que faça isso na beira das estradas ou nas ruas da sua cidade. A natureza não é avarenta e muito menos pobre com aqueles que estão dispostos a plantar a semente.

Exemplo 5: no mesmo capítulo onde está a história que descrevi de Judas, Cristo disse: Em verdade, vos digo: se o grão de trigo, caído na terra, não morrer, fica só; se morrer, produz muito fruto. João 12:24. Nesse exemplo, Cristo se comparou ao grão de trigo que precisa morrer dentro da terra para gerar uma planta que dará muitos grãos de trigo (frutos), assim como ele iria morrer na Terra, para que de sua morte as pessoas compreendessem a importância das virtudes e do combate diário contra os vícios humanos que tornam a sociedade um inferno na Terra. Podemos dizer que eliminar todos os seus vícios é o mesmo que morrer em vida, para depois renascer em vida como alguém virtuoso e totalmente renovado.

Exemplo 6: certa vez um padeiro, muito preocupado com a pobreza de sua cidade, tinha o costume de deixar do lado de fora, quando fechava a padaria, uma mesa com um cesto de pães, um cesto com farinha de trigo e um cesto com grãos de trigo com um pequeno panfleto (gratuito) que ensinava a plantar trigo e a ganhar dinheiro com isso; Ele observou que as pessoas que pegavam o pão eram sempre as mesmas e estavam lá diariamente. As pessoas que pegavam a farinha de trigo eram sempre as mesmas, mas só apareciam uma vez por semana. As pessoas que pegavam os grãos de trigo e os panfletos nunca mais voltavam. Conhecimento e trabalho libertam as pessoas. É por esse motivo que tantas ideologias e políticos defendem a distribuição de pão, a promoção e divulgação dos vícios e o ataque a tudo que cultiva a virtude (como os antigos valores religiosos).

Fica aqui a pergunta. Até que ponto é a avareza daqueles que enxergam vantagem em comer pão de graça está mantendo essa pessoa na dependência e na pobreza? Só os virtuosos estão interessados no grão, no trabalho e no conhecimento para fugir da dependência gerada pela pobreza.

Não se consegue atingir a independência financeira cultivando uma mentalidade de pobreza, pois é plantando que podemos colher, é servindo (trabalhando) que podemos ser servidos, é cultivando virtudes que nos tornaremos fortes. Os vícios de comportamento só nos deixam fracos e o resultado é um prazer temporários que nos levará para uma infelicidade eterna.

Tentações dos vícios

Hoje, a sociedade está sendo modificada com base na relatividade moral, ou seja, a ideia de que o certo e o errado são determinados por cada pessoa. Essas correntes argumentam que os vícios de comportamento não devem ser julgados de maneira absoluta, mas sim compreendidos e aceitos como parte de um estilo de vida.

A prova disso está no sucesso dos atuais influenciadores. As pessoas que possuem mais seguidores no Brasil são aquelas que simbolizam a luxúria, soberba, inveja, avareza, preguiça, gula e ira. Quanto mais vícios as pessoas demonstram publicamente, exibindo seu estilo de vida e problemas pessoais, mais seguidores essas pessoas conseguem acumular.

No passado o certo e o errado eram bem definidos. A religião sempre foi a responsável por propagar valores e virtudes entre os nossos antepassados.

Na tradição cristã, a gula, soberba e avareza são vícios poderosos. A tradição diz que esses vícios foram usados pela personificação do Mal na tentativa de impedir que Cristo cumprisse a sua missão de ensinar as pessoas sobre as virtudes e os vícios.

Depois de ser batizado, por João Batista, Cristo (personificação das virtudes) foi para o deserto para pensar, jejuar e orar antes de iniciar sua grande missão. Durante os 40 dias de solidão, o próprio Satanás (personificação de todos os vícios) resolveu fazer Cristo desistir. Ele utilizou uma narrativa com o objetivo de fazer Cristo acreditar que os vícios propostos eram coisas boas.

Esse evento ficou conhecido como “as três tentações de Cristo no deserto”, conforme descritas por Mateus 4:1-11, Marcos 1:12-13 e Lucas 4:1-13.

  1. A primeira tentação envolveu o pecado da gula. Depois de jejuar por quarenta dias e quarenta noites, Jesus estava com fome. Satanás tentou-o a transformar pedras em pão, mas Jesus recusou, dizendo: “Nem só de pão viverá o homem, mas de toda palavra (virtudes) que procede da boca de Deus” (Mateus 4:4). Transformar a pedra em pão seria subverter a ordem natural das coisas em benefício próprio. Você provavelmente conhece a história de muitas pessoas que se aproveitam do poder de seus cargos para benefício próprio.
  2. A segunda tentação envolveu o pecado da soberba. Satanás levou Jesus ao pináculo do templo e desafiou-o a se jogar, dizendo que os anjos o salvariam. Novamente, Jesus recusou, dizendo: “Não tentarás o Senhor teu Deus” (Mateus 4:7). Ninguém precisava provar seu poder (como o poder econômico) de maneira imprudente ou irresponsável por puro exibicionismo ou para ser respeitado pelos outros.
  3. A terceira tentação envolveu o pecado da avareza (ganância). Satanás mostrou a Jesus todos os reinos do mundo e prometeu dar-lhe tudo se ele o adorasse. Mais uma vez, Jesus recusou, dizendo: “Vai-te, Satanás! Porque está escrito: Ao Senhor teu Deus adorarás e só a ele servirás” (Mateus 4:10). Cristo fez um exorcismo. O que muitos famosos fazem atualmente é justamente o contrário do que fez Cristo diante dessa tentação. Existem muitos casos públicos de pessoas que declaram envolvimento com pactos, rituais e adorações para obter poder e sucesso através das forças do Mal.

Cristo venceu as tentações relacionadas com os vícios de comportamento.

Curiosamente, entre artistas, cantores, políticos e empresários tem se tornado comum a prática do ocultismo, misticismo, adivinhações, rituais e pactos com forças inferiores da natureza e forças do Mal que envolvem a avareza e a ganância para obter poder e dinheiro.

Essas pessoas se tornam escravas, na missão de promover o Mal, em troca de sucesso e fortuna. Você verá um exemplo real de pacto nesse vídeo aqui, através do exemplo de atriz Myrian Rios, ex-esposa do cantor Roberto Carlos. Ela trabalhava na Globo e diz, no vídeo, que fez o pacto para conseguir um bom contrato de trabalho com um bom salário. Ela diz, no vídeo, que isso é muito comum entre os artistas até os dias de hoje. Ele diz que deveria ter ouvido sua mãe e sua avó sobre o mal que estava fazendo.

Existem incontáveis relatos de pessoas famosas falando sobre os pactos que fizeram no passado em troca de benefícios financeiros e sucesso profissional. Aqui você tem mais um relato, da cantora Elba Ramalho.

Se você tem filhos adolescentes, provavelmente eles viram, no decorrer dessa semana, a nova “música” de uma cantora famosa entre eles chamada Luísa Sonza. Tanto a letra da música “Campo de Morango”, quanto as imagens que aparecem no vídeo (vídeo impróprio), trazem evidentes referências a um culto religioso, como os antigos pactos de sangue, luxúria e ganância. Existem 30 milhões de pessoas que seguem essa mulher no Instagram, a maioria são adolescentes e adultos jovens. É provável que jovens que você conhece tenham esse tipo de influência na vida.

É impossível negar a existência dos vícios humanos e todo mal visível que eles produzem, por outro lado muitos negam a existência de uma personificação do mal. Existe um vídeo muito interessante onde um conhecido padre exorcista (católico) fala sobre como o Mal pode estar inspirando os atuais influenciadores da internet para propagar vícios e erros (assista ao vídeo aqui). Caso queira ver outros conteúdos desse padre exorcista, visite aqui.

De qualquer forma, infelizmente, existe uma grande relação entre o ocultismo com as questões financeiras. Recentemente eu li a entrevista de uma educadora financeira famosa que havia se separado do marido. A reportagem era sobre essa separação e o fim do casamento. É moda entre os influenciadores o uso de sua vida pessoal para atrair audiência. Na entrevista, em uma revista famosa, ela diz que desde adolescente adorava ler as mãos das pessoas e que hoje em dia consultava o tarô. Eu não tenho dúvida que esse tipo de declaração acaba influenciando os seguidores dessa educadora financeira. Para os seus e os meus antepassados, católicos, essas práticas são consideradas um tipo de magia, como as “magias” que Cristo se recusou a fazer, por sugestão da personificação do Mal, para obter as vantagens.

Cristo não permitiu que as tentações, baseadas nos vícios de comportamento, atrapalhassem a realização da sua missão que levaria 3 anos para ser concluída. Essa missão sempre esteve relacionada com a divulgação das virtudes (fonte de força e vida) e o combate contra os vícios (fonte de fraqueza e destruição).

Para concluir, vou destacar aqui alguns pontos que são tocados pela avareza e que talvez você nem perceba.

  • Dificuldade nas Relações Interpessoais:
    A pessoa avarenta tende a se isolar emocionalmente e socialmente, pois suas prioridades estão focadas exclusivamente nos seus interesses. Essa atitude pode levar ao distanciamento de amigos e familiares, prejudicando as relações interpessoais e causando sentimentos de solidão e alienação. Aqui estamos falando daquele avarento que é tão avarento que a sua presença acaba prejudicando as pessoas próximas. Estamos falando do avarento que acaba tentando tirar proveito do tempo, recursos, dinheiro e da boa vontade dos outros para economizar seus próprios recursos. Naturalmente as pessoas vão se afastar quando percebem esse tipo de avareza. Ninguém gosta de perceber que o outro está tirando proveito por ser muito avarento. Sem relações interpessoais é possível que você tenha problemas para crescer profissionalmente.
  • Perda de Oportunidades de Investimento:
    O medo de perder dinheiro pode levar a pessoa avarenta a evitar investimentos, mesmo aqueles que são de baixo risco. Eu já vi histórias de pessoas que deixam enormes quantidades de dinheiro parado na conta corrente do banco. Já ouvi falar de pessoas que guardam dinheiro em casa por muitos anos. O avarento também pode tentar acumular coisas de valor que não trazem muitos benefícios para ela, mas cria uma série de sofrimentos.
  • Dificuldades na Tomada de Decisões Financeiras:
    A avareza pode obscurecer o discernimento financeiro, tornando a pessoa avessa a gastar dinheiro, mesmo quando necessário ou justificado. A incapacidade de tomar decisões financeiras equilibradas pode levar a desperdícios de oportunidades ou atrasos em projetos importantes, prejudicando seus planos de independência financeira. É o caso da pessoa que prefere deixar o dinheiro na poupança por ela ser isenta de imposto de renda. O problema é que existem investimentos de renda fixa que rendem mais que a poupança, mesmo com o pagamento do imposto de renda. Já vi pessoas que não querem fazer sua pequena empresa crescer, para não pagar impostos. Às vezes, não gastar dinheiro faz você não ganhar dinheiro ou faz você perder grandes oportunidades de ganhar dinheiro. Já vi casos de pessoas que não compram livros sobre investimentos, por achar o livro caro.
  • Desprezo pelos Benefícios da Generosidade:
    A pessoa avarenta pode negligenciar os benefícios emocionais que acompanham a prática da generosidade. A melhor forma que existe para que você se sinta rico, não é mostrando para as pessoas o dinheiro que você desperdiçou com algum supérfluo. O que realmente faz uma pessoa se sentir rica é quando ela é capaz de doar ou ajudar. Eu pessoalmente me sinto rico quando posso doar o meu tempo escrevendo artigos como esse sem pedir nada em troca. Doar dinheiro é barato, doar tempo é extremamente caro pois ninguém pode me devolver o tempo que gastei escrevendo essas palavras. O avarento gosta de se envolver com ideologias onde os políticos se apresentam como aqueles que vão distribuir comida grátis, moradia grátis, escola grátis, saúde grátis ou qualquer coisa falsamente grátis. O avarento nem percebe que essa é a forma mais cara e ineficiente de sinalizar publicamente sua generosidade. Não é à toa que a sociedade está cheia de artistas, cantores, empresários e outros avarentos que apoiam políticos que adotam a bandeira da generosidade com o dinheiro dos outros (dinheiro público).
  • Excesso de Preocupação com o Dinheiro:
    A avareza pode levar a uma obsessão doentia com o dinheiro, resultando em uma constante preocupação com a segurança financeira. Essa ansiedade pode prejudicar a saúde mental e física. Se você não estiver com seu corpo e sua mente saudável, não vai ter disposição para trabalhar, poupar e investir. Você precisa encontrar um equilíbrio. É importante destinar um pouco de dinheiro para o lazer e considerar isso como um investimento para sua saúde mental. Consultas com psicólogos, psiquiatras e medicamentos controlados também custam muito caro e podem ser evitados se você cuidar da sua higiene mental.
  • Desprezo por valores éticos e morais:
    As vezes a avareza é maior que os valores éticos e morais. Existem pessoas que são capazes de mentir, trapacear, fraudar e roubar devido ao seu elevado nível de avareza. Geralmente são os mesmos que não se importam em votar em políticos que seguem o mesmo estilo de vida. No campo religioso, existem avarentos que vendem a própria alma em rituais primitivos para que possam atingir seus objetivos.
  • Falta de Aproveitamento do Presente:
    Enquanto você trabalha, poupa e investe é importante destinar um pouco de tempo e recursos para aproveitar a caminhada. Você deve considerar que apostar no futuro é uma atividade de risco, pois você não sabe se estará vivo no futuro. Então busque um equilíbrio entre aproveitar o presente enquanto está construindo o seu futuro. É importante que você mantenha seu corpo e sua mente saudável durante a jornada.

A cura da Avareza é o desprendimento. Você precisa entender que é plantando que você terá colheita e isso significa geralmente dar para receber, servir para ser servido. Uma coisa vem antes da outra. Se você não se desapegar das sementes que serão jogadas na terra, você não terá nada brotando e nada para colher.

Se você amar o dinheiro acima de tudo, você vai cometer todo tipo de atrocidade por eles, trocando virtudes por vícios, jogando seus valores no lixo. Isso é o mesmo que plantar desgraças para serem colhidas no futuro. É isso que muitos artistas, empresários e políticos fazem, imitando Judas.

O avarento é o cara que fica feliz quando recebe o troco errado (maior) ou quando o garçom esquece de pôr na conta algo que ele consumiu. O avarento não se importa com valores reais como a honestidade, por isso o avarento é pobre de espírito e corre o risco de não se achar merecedor de tudo que conquistou. Falta de merecimento faz você perder tudo.

O avarento logo se torna escravo das coisas e de tudo que vale dinheiro. Independência financeira não é sobre se tornar escravo das coisas, mas sobre se tornar livre. Isso exige desenvolver virtudes.

Receba um aviso por e-mail quando novos artigos como esse forem publicados. Inscreva-se gratuitamente:

Apoie o Clube dos Poupadores investindo na sua educação financeira. Clique sobre os livros para conhecer e adquirir:

Clique para conhecer o livro Independência Financeira
Clique para conhecer o livro Como Investir em CDB, LCI e LCA
Clique para conhecer o livro Como Investir na Bolsa por Análise Fundamentalista
Clique para conhecer o livro sobre Carteiras de Investimentos
Clique para conhecer o livro Como Investir em Títulos Públicos
Clique para conhecer o livro sobre Como Investir na Bolsa por Análise Técnica
Clique para conhecer o livro Como Investir em ETF
Clique para conhecer o Livro Como Investir no Exterior