A tabela mostra os setores da economia com as maiores margens de lucro nos EUA. Grande parte destas empresas possuem ações listadas na bolsa brasileira (por meio de BDR) ou bolsas americanas através de qualquer corretora no exterior. Clique sobre o nome das empresas para ver a cotação da ação no exterior.
Posição | Setor | Margem Líquida Média | Empresas Exemplo | Nº Empresas Listadas (EUA) | Necessidade/Vício Atendido |
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1 | Tabaco | 32,0% | Philip Morris / Altria Group | 12 | Vício em nicotina |
2 | Software de Entretenimento | 27,4% | Meta / Alphabet | 81 | Entretenimento digital e redes sociais |
3 | REITs de Varejo | 25,5% | Simon Property Group / Kimco Realty Corporation | 28 | Consumo e espaços comerciais |
4 | Diversificado | 25,2% | Berkshire Hathaway / Honeywell International | 21 | Múltiplas necessidades industriais e comerciais |
5 | Transporte Ferroviário | 24,3% | Union Pacific / Norfolk Southern Corporation | 4 | Transporte e logística |
6 | Software de Sistema e Aplicação | 22,9% | Microsoft / Oracle | 333 | Tecnologia e produtividade |
7 | Serviços Financeiros | 22,3% | Visa / Mastercard | 166 | Transações financeiras e pagamentos |
8 | Utilidades de Água | 21,3% | American Water Works / Essential Utilities | 15 | Necessidade básica de água |
9 | Equipamentos de Semicondutores | 20,1% | Applied Materials / Lam Research Corporation | 30 | Tecnologia e manufatura avançada |
10 | Semicondutores | 20,0% | Nvidia / Broadcom | 63 | Processamento e computação |
11 | Produção de Petróleo e Gás | 19,5% | ConocoPhillips / Diamondback Energy | 147 | Energia e combustíveis |
12 | Gestão de Ativos | 17,6% | BlackRock / Blackstone | 231 | Investimentos e gestão financeira |
13 | Computadores e Periféricos | 16,8% | Apple / Dell | 35 | Tecnologia pessoal e profissional |
14 | Distribuição de Petróleo e Gás | 16,2% | The Williams Companies / Kinder Morgan | 24 | Infraestrutura energética |
15 | Utilidades Gerais | 15,5% | Sempra / Dominion | 14 | Serviços básicos essenciais |
16 | Bebidas | 14,1% | Coca-Cola / Pepsi | 29 | Consumo de bebidas e hidratação |
17 | REITs | 12,5% | Prologis / Equinix | 192 | Investimento imobiliário |
18 | Construção Residencial | 12,0% | D.R. Horton / Lennar Corporation | 30 | Moradia e habitação |
19 | Energia Elétrica | 11,3% | NextEra Energy / The Southern Company | 48 | Energia elétrica residencial e comercial |
20 | Suprimentos de Construção | 11,2% | Caterpillar / PACCAR | 46 | Infraestrutura e construção |
21 | Desenvolvimento Imobiliário | 11,1% | AMREP Corporation / Forestar Group | 15 | Expansão urbana e comercial |
22 | Telecom Sem Fio | 10,8% | T-Mobile / Gogo Inc | 11 | Comunicação móvel |
23 | Restaurantes/Alimentação | 10,6% | McDonald's / Starbucks | 62 | Alimentação e socialização |
24 | Materiais de Construção | 10,6% | Carrier Global Corporation / Lennox International Inc | 39 | Construção e reforma |
25 | Construção Naval e Marinha | 10,5% | Kirby Corporation / Matson, Inc | 8 | Transporte marítimo |
26 | Equipamentos de Telecom | 10,5% | Cisco Systems / Motorola Solutions | 61 | Infraestrutura de comunicação |
27 | Produtos Domésticos | 10,4% | Procter & Gamble / Colgate-Palmolive | 101 | Higiene e cuidados pessoais |
28 | Calçados | 10,2% | Nike / Steven Madden | 12 | Vestuário e moda |
29 | Carvão e Energia Relacionada | 10,1% | CONSOL Energy Inc / Peabody Energy Corporation | 16 | Energia e combustíveis fósseis |
30 | Maquinário | 10,0% | Parker-Hannifin Corporation / Illinois Tool Works | 109 | Produção industrial e automação |
Margem líquida é um dos indicadores financeiros mais importantes para medir a eficiência de uma empresa. Ela mostra a porcentagem da receita que se transforma em lucro líquido depois de descontados custos, impostos e outras despesas. Quanto maior a margem, mais eficiente é o negócio.
Nos Estados Unidos, os setores mais lucrativos são tabaco (32%), software de entretenimento (27,4%) e REITs de varejo (25,5%). São segmentos que operam com elevada eficiência e modelos de negócio sólidos, capazes de capturar uma fatia expressiva da receita como lucro. Isso não acontece por acaso: são setores que operam em um ambiente regulatório estável, previsível e com baixo custo de capital.
No Brasil, a realidade é outra. Juros estruturalmente altos corroem as margens das empresas. E por quê? Porque o governo gasta irresponsavelmente, precisa se endividar constantemente e, para atrair compradores de sua dívida, oferece juros altos. O resultado: crédito caro, menos investimentos e um ambiente tóxico para quem quer empreender.
A insegurança jurídica agrava o problema. Regras mudam ao sabor de interesses políticos, a burocracia sufoca a produtividade e o manicômio tributário inviabiliza qualquer planejamento de longo prazo. Empresários vivem sob a “espada” estatal, sem saber qual será o próximo ataque: impostos mais altos? Mais regulações? Alguma nova interferência na economia?
Diante desse cenário hostil, o empresário brasileiro precisa operar com margens maiores para compensar o risco. Mas a concorrência feroz, os custos elevados e o crédito inacessível tornam isso praticamente impossível. Enquanto empresas de tecnologia e serviços financeiros nos EUA prosperam em um ambiente favorável à inovação, no Brasil as empresas tentam sobreviver em setores de demanda inelástica, como alimentos, energia e serviços básicos.
O resultado é previsível: menos investimento, menos inovação e uma economia estagnada. Nos EUA, as empresas conseguem crescer porque há previsibilidade e capital barato. No Brasil, o empreendedor precisa ser um verdadeiro gladiador para simplesmente manter as portas abertas. A solução? Reduzir o peso do Estado, implementar reformas estruturais e garantir segurança jurídica. Tudo o que o político brasileiro odeia, porque vive do caos.
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