Força, inteligência e dinheiro são três pilares importantes para conquistar uma vida financeira estável. Mas existe um elemento fundamental para quando as coisas derem errado, quando os imprevistos, acidentes e tragédias ocorrerem no meio do caminho.
Vou provar que o que sustenta o homem é a esperança, pois ela é a base da perseverança. É isso que separa quem desiste de quem vence.
Falo daquela esperança que faz o pai seguir lutando, mesmo exausto. Que faz o justo resistir, mesmo cercado por injustiças. Até os animais, quando têm um fio de esperança, lutam além do que o corpo aguenta.
A base da resistência não está fora, mas dentro. Vou comentar o experimento que aparece neste vídeo:
Esse experimento pode parecer sombrio, mas revela algo profundo sobre o ato de acreditar em algo. Cientistas colocaram ratos em um recipiente com água para medir quanto tempo aguentariam nadando antes de afundar. Em média, resistiam cerca de 15 minutos.
No entanto, com um segundo grupo, pouco antes de desistirem, os cientistas os resgataram, secaram, deixaram descansar e depois os colocaram novamente na água do experimento. Seria razoável esperar que durassem talvez 20 ou 30 minutos, mas o inesperado aconteceu: nadaram por 60 horas. Não minutos. Horas.
Por quê? Porque, depois de terem sido salvos uma vez, passaram a acreditar que poderiam ser salvos novamente. Isso não era apenas resistência física, era um tipo primitivo de esperança. E assim vivem muitas pessoas. Elas não afundam por exaustão, mas por falta de fé. Não desistem por fraqueza, mas porque deixam de acreditar que algo virá para resgatá-las.
Somos maiores que os ratos e podemos resistir a grandes sacrifícios quando temos as esperança que nos dará perseverança.
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Esperança é o princípio interior de onde brota a motivação, pois acredita que seremos recompensados quando fazemos o que é certo.
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Perseverança é a ação constante e firme que segue adiante, movida pela esperança.
A esperança verdadeira não nasce do nada. Não é otimismo barato nem pensamento positivo de livros de autoajuda. Ela brota de uma convicção mais profunda: a de que a realidade é ordenada por um sentido superior.
Cientificamente, há fortes indícios de que a esperança, a fé ou uma crença transcendente têm impacto direto e positivo na resiliência psicológica e na capacidade de enfrentar adversidades.
O experimento dos ratos, ilustra de forma vívida uma verdade confirmada por décadas de pesquisas em psicologia, neurociência e psiquiatria: a expectativa de salvação ou melhora muda drasticamente o comportamento e a resistência de um ser vivo diante do sofrimento.
Evidências científicas mostram:
- Pessoas com fé ou espiritualidade ativa têm melhores desfechos clínicos em tratamentos de câncer, doenças cardíacas, depressão e outras enfermidades graves. Elas aderem melhor aos tratamentos, sofrem menos de ansiedade e têm menor taxa de suicídio.
- A espiritualidade promove sentido existencial. Viktor Frankl, psiquiatra sobrevivente de campos de concentração, documentou que os prisioneiros que tinham um sentido de vida transcendente sobreviviam mais do que aqueles que não viam mais razão para lutar (aqui está o livro dele).
- Crer em intercessão divina ou em orações cria uma expectativa positiva de futuro, o que libera neurotransmissores como dopamina e serotonina, fortalecendo a psique. Não é “autoengano”, mas um mecanismo real de defesa contra o desespero que nossos antepassados sempre utilizaram.
- Pessoas descrentes ou ateias, se não desenvolverem algum tipo de filosofia de sentido para a dor e para a finitude, estão sim em maior risco de desespero, desistência e colapso emocional em tragédias, perdas ou crises existenciais. Isso é estatisticamente observável em estudos populacionais e clínicos.
Ou seja, quem acredita em redenção, mesmo que invisível, mesmo que incerta, resiste mais e por mais tempo. A esperança não é uma ilusão barata criada pelos palestrantes motivacionais de esquina. É combustível vital para atravessar as tormentas inevitáveis da vida e que fez a humanidade se desenvolver nos últimos milénios.
Se você quiser vencer como homem, pai/mãe, marido/esposa ou empreendedor, não trate a esperança como fraqueza. Cultive-a como um músculo. Fortaleça sua mente como quem treina o corpo para suportar a dor. Quem acredita, persiste. Quem persiste, sobrevive. E quem sobrevive, vence. A história da humanidade nos últimos milênios é prova disso.
Sim, há evidências científicas sólidas de que o surgimento da religião ofereceu uma vantagem competitiva significativa para o ser humano como espécie. Essa vantagem não está ligada apenas a aspectos espirituais ou filosóficos, mas a fatores biológicos e sociais mensuráveis.
Pesquisadores, antropólogos, identificam que sistemas religiosos organizados como aquele que fundou o ocidente (cristianismo) contribuíram para:
1. Coesão social: a religião fortaleceu laços comunitários, facilitou a cooperação e reduziu conflitos internos, algo essencial para sobrevivência em grupos. Há evidências de que o catolicismo na Idade Média europeia fortaleceu a coesão social, promovendo unidade cultural, cooperação e redução de conflitos internos por meio de valores compartilhados, rituais e instituições como a Igreja.
2. Esperança e resiliência: crenças religiosas sustentam a esperança em situações extremas, como ilustra o experimento dos ratos ou inúmeras histórias de heroísmo que existem em todas as culturas. Estudos com sobreviventes de guerra, prisões e desastres mostram que aqueles com fé ou crenças transcendentais resistem mais ao desespero.
3. Autossacrifício e propósito: a disposição de indivíduos religiosos para se sacrificar pelo bem maior contribui para a perpetuação do grupo. Isso gera ordem, disciplina e foco em objetivos mais altos que o prazer imediato.
4. Codificação de normas morais: a religião ajudou a estabelecer códigos morais estáveis que organizaram o comportamento econômico e social, o que gerou prosperidade e estabilidade a longo prazo. Exemplo: não matar, não roubar, não mentir, não trair, não cobiçar, respeitar pai e mãe
Portanto, do ponto de vista científico e histórico, a fé foi um fator evolutivo benéfico, tanto individual quanto coletivamente. Ela não foi um acidente cultural, mas algo que nos foi dado para enfrentar os desafio de viver em um mundo incerto e perigoso. Infelizmente, muitos estão em desvantagem por não compreenderem este poder.
Quem crê em um Deus criador, bom e justo, encara o mundo como um campo de provas e de oportunidades, não como uma sucessão de absurdos aleatórios. Isso muda tudo.
No trabalho, essa fé sustenta a disciplina. O homem que crê sabe que seu esforço não é vão, mesmo quando os frutos demoram. Ele não trabalha apenas por dinheiro, mas por dever, honra e como exercício de virtude. Empreendedores que creem em uma ordem superior enfrentam os obstáculos com outra postura. Eles sabem que falhar faz parte do caminho, mas que nenhuma falha é definitiva enquanto há tempo, força e fé. Quando tudo parece desmoronar, esses homens continuam firmes, pois não enxergam o sucesso como um direito automático, mas como uma consequência possível de uma luta bem travada.
Na vida conjugal, a fé em um Deus justo impede a covardia emocional. Um homem que crê, não foge ao primeiro sinal de desconforto. Ele honra sua palavra, protege sua família e luta por ela. Ele sabe que o casamento não é uma sociedade de consumo afetivo, mas uma missão a ser cumprida, mesmo quando os sentimentos se esgotam temporariamente.
Durante crises econômicas, financeiras ou de saúde, os que têm fé não se deixam paralisar. Eles não caem no desespero de quem acredita que a vida é um jogo cego de sorte ou azar. Eles entendem que o sofrimento é parte do processo de maturidade. Não culpam o sistema, o governo ou o destino. Eles se adaptam, cortam gastos, mudam estratégias, buscam ajuda… mas não desistem.
E por que não desistem? Porque creem que há um bem maior guiando os caminhos, mesmo quando não se entende o mapa. Isso não elimina a dor nem garante conforto imediato, mas torna o homem capaz de continuar onde outros desabam. E, como vimos no experimento dos ratos, quem acredita que será salvo nada muito mais do que aquele que já se entregou internamente.
A fé é, sim, uma força objetiva que nos é dada quando a pedimos. Ela organiza os afetos, fortalece a vontade, disciplina os impulsos e protege a razão. Basta olhar ao redor e perceber: as pessoas que creem de verdade (não estamos falando dos hipócritas), vivem de forma mais ordenada, resistem mais e, por isso mesmo, vencem mais.
Não se trata de mágica. Trata-se de viver sob uma lógica mais alta que a do momento. Por isso, se você ainda não se abriu à possibilidade de que existe um Deus bom e justo, comece pela observação da realidade. Os frutos não mentem.
Observe a vida daqueles que não creem em nada. Muitos estão à deriva, ansiosos, tomados por uma angústia que não cessa. São como o rato no experimento, que afunda não por cansaço, mas por não ver sentido em continuar nadando.
A pergunta que fica é: você quer continuar lutando com as próprias forças, ou deseja se apoiar na certeza de que há uma razão para continuar, mesmo quando tudo diz para parar?
A escolha é sua. Mas lembre-se: não se vence sem resistência. E ninguém resiste por muito tempo sem fé.
Para quem deseja entender melhor as raízes da nossa civilização e ir além do que foi ensinado nas salas de aula, recomendo a leitura de “Como a Igreja Católica Construiu a Civilização Ocidental”, de Thomas Woods Jr.
Escrito em linguagem clara, direta e com base em dados históricos e culturais amplamente documentados, este livro mostra de forma objetiva como instituições, direitos, ciência, universidades, leis e princípios éticos que sustentam o Ocidente não surgiram do acaso, mas foram moldados por uma matriz civilizacional específica: a tradição cristã, especialmente a católica.
Trata-se de uma obra que desmonta clichês ideológicos e oferece uma visão mais profunda e surpreendente sobre as verdadeiras raízes da liberdade, da razão e do progresso que hoje muitos tomam como garantidos.
Se você valoriza a busca por sentido, ordem, racionalidade e quer compreender de onde realmente viemos (sem filtros ideológicos) este é um excelente ponto de partida. Compartilhe com seus amigos e parentes.
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