Motivado pelo artigo que escrevi sobre importância de ter um plano de saúde para quem busca a independência financeira (lei aqui), um leitor me enviou o vídeo abaixo que representa uma situação real que pode nos levar a refletir.
O vídeo mostra a história de um casal jovem, que vivia um estilo de vida livre e aventureiro até ser surpreendido por uma doença séria. Percebi que o vídeo traz lições valiosas para quem busca a independência financeira e a segurança pessoal. Vamos direto aos pontos sobre o que essa experiência pode nos ensinar.
Um maior nível de independência financeira nos permite fazer escolhas. No meu caso a independência financeira me permite ter uma vida tranquila, dedicada aos estudos e a escrita de textos como este que ajudam outras pessoas. Só que muitos sonham com a liberdade de viajar pelo mundo, trabalhar remotamente e ter uma vida aventureira. O que cada pessoa faz com a própria independência financeira é uma questão pessoal e que exige fazer escolhas e assumir consequências.
Plano de Saúde e Fundo de Emergência
A verdadeira liberdade só existe quando acompanhada de segurança. É preciso ter reservas e planejamento para enfrentar imprevistos, especialmente na saúde.
O casal descobriu da pior forma a diferença entre seguro viagem e plano de saúde. Seguro viagem cobre emergências, mas doenças complexas e tratamentos prolongados exigem um plano de saúde robusto e, preferencialmente, investimentos que garantam liquidez em momentos críticos.
O casal mencionou como as economias guardadas durante anos sem gastar com plano de saúde agora estavam indo embora rapidamente. Isso destaca a importância de ter um fundo de emergência sólido, que cubra um ano ou mais de despesas. Esse fundo deve ser mantido em investimentos de alta liquidez e baixo risco, prontos para serem utilizados em situações como essa.
Prevenir é Mais Barato do que Remediar
A negligência com exames preventivos, mesmo sabendo do histórico familiar, é uma lição que devemos guardar: invista em sua saúde. Para quem busca independência financeira, gastar com saúde preventiva é uma aplicação com o melhor retorno possível. Afinal, o custo de tratar uma doença em estágio avançado é incomparavelmente maior do que o de realizá-los periodicamente.
Segurança Familiar e Patrimonial
Eles mencionaram o privilégio de poder pagar pela cirurgia particular, ou seja, o privilégio de não depender do SUS. Isso demonstra a importância de construir um patrimônio que permita fazer escolhas rápidas em momentos críticos sem depender do Estado. Além disso, reforça a importância de ter ativos que gerem renda passiva. Imagine se, além do estresse da doença, eles tivessem que se preocupar em como pagar as contas do dia a dia?
Evite o Efeito “Isso Nunca Vai Acontecer Comigo”
Muitas pessoas não se preparam para situações difíceis porque acreditam que doenças graves, acidentes ou crises financeiras são coisas que acontecem apenas com os outros. Essa história mostra o contrário. A preparação é o antídoto para o imprevisto. Não se trata de viver com medo, mas de estar seguro o suficiente para atravessar as tempestades da vida sem perder o rumo.
A Importância do Apoio Familiar
Embora o foco aqui seja financeiro, não podemos ignorar a força que a família proporciona em tempos difíceis. Essa base sólida ajuda não apenas emocionalmente, mas também evita que decisões precipitadas sejam tomadas em momentos de fragilidade. Para quem busca independência financeira, a construção de uma rede de apoio, seja familiar ou de amigos, é tão valiosa quanto qualquer reserva financeira.
Religiosidade
A história do casal do motohome, além das lições práticas sobre saúde, planejamento financeiro e prevenção, toca em uma dimensão ainda mais profunda: a espiritualidade.
No vídeo, o rapaz mencionou ser cético, mas que passou a acreditar no “poder da mente” durante o seu processo de enfrentamento da doença. Ele relatou que começou a meditar e que se concentrava na própria cura, visualizando o tumor e imaginando-se vencendo a doença através da força da sua mente. A moça, por sua vez, já tinha o hábito de praticar yoga e meditação (práticas orientais), e acreditava no poder da mente.
Na minha opinião, a vida é mais difícil para os céticos e para as pessoas que alimentam a crença de que a mente humana tem o poder e pode influenciar diretamente a realidade física. Essa ideia se aproxima do gnosticismo. Infelizmente a gnose, travestida de espiritualidade oriental, está presente na vida de muitos jovens. A propaganda transmitiu a percepção de que o ocultismo e as tradições orientais são superiores ou mais “elegantes” do que as tradições cristãs dos nossos avós e dos fundadores do ocidente. Isso enfraqueceu a sociedade.
A visão gnóstica da vida vai no sentido inverso da visão espiritual dos nossos avós, bisavós e antepassados católicos (até a década de 60 mais de 90% dos brasileiros eram católicos).
Mas que diferença isso faz nos momentos de dificuldade? O gnosticismo (nas suas diversas roupagens) sugere que o poder mental poderia transcender a natureza e alcançar uma espécie de divindade ou autocura (Quem como Deus?). No cristianismo, porém, toda cura verdadeira e toda graça vêm de Deus (e não de nós mesmos). A oração, a confiança e a entrega à vontade divina são os meios para buscar cura e força, sempre reconhecendo a limitação humana e a soberania de Deus. Nossos antepassados tinham os meios para a ocorrência de grandes milagres.
A espiritualidade católica ensina que o sofrimento é uma oportunidade de unir-se a Cristo na cruz. Embora doloroso, o sofrimento adquire um propósito redentor quando oferecido a Deus. É preciso “carregar a própria cruz” com humildade e confiança na Providência Divina, em contraste direto com a ilusão gnóstica de que podemos, por meio do poder mental, agir como deuses do nosso próprio corpo.
Somos todos vítimas de uma era que destruiu os valores cultivados por nossos ancestrais, como a independência, a prudência e a fé cristã. Essa ruptura nos enfraqueceu profundamente. É preciso que isso seja resgatado.
Conclusão:
Essa história é um lembrete forte: a independência financeira não é apenas uma questão de ter dinheiro, mas de estar preparado. É planejar o presente pensando no futuro, protegendo-se contra os imprevistos da vida. O verdadeiro sentido de liberdade financeira é ter algum nível de controle da própria vida (nas coisas que dependem do nosso esforço), mesmo quando as circunstâncias tentam nos levar na direção contrária.
Se você está no caminho da poupança, dos investimentos e da busca pela independência financeira, use essa história como uma motivação para fortalecer ainda mais seu planejamento e a sua preparação.
Devemos agradecer pelo casal ter compartilhado estas questões publicamente e que possamos rezar pela recuperação financeira, física e espiritual desses dois jovens. Desejo que formem uma grande família e que possam transmitir bons exemplos por muitas décadas.
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