O homem mais rico que já existiu em todos os tempos não foi Warren Buffett e muito menos Bill Gates. O homem que pode ser considerado como “O Rico” se chamava Jacob Fugger. Era tão rico que emprestava dinheiro para reinos e impérios. Ele foi um banqueiro alemão que viveu entre 1459 e 1525. Não nasceu em berço de ouro, muito menos fazia parte da nobreza. Jacob era simplesmente filho de um tecelão judeu que vivia na pequena cidade alemã de Augsburg.
Estava lendo uma reportagem da Valor Econômico sobre o livro “Fugger, The Richest Man Who Ever Lived” (O homem mais rico que já existiu) que nos deixa lições curiosas sobre a incrível capacidade que algumas pessoas possuem de enriquecer.
Reflexões: Isto me fez lembrar a ideia de que a riqueza externa é sempre uma consequência do que somos por dentro. Acredito que somos responsáveis pelo que somos. Temos mais controle sobre nossa prosperidade do que podemos imaginar. Fica a seguinte questão: Até que ponto a nossa prosperidade depende de investimentos externos (ações, imóveis, títulos, empresas)? Não seria melhor começar investindo primeiro em nós mesmos? Conheço muita gente que tenta fazer o contrário e por isto só vive perdendo dinheiro.
Cobrar juros era pecado:
No tempo de Jacob Fugger, emprestar dinheiro cobrando juros era condenado pela Igreja Católica. A igreja se baseava no Evangelho de Lucas onde está escrito que o ideal seria emprestar dinheiro sem pedir nada em troca. É justamente por este motivo que cristãos não se envolviam com este tipo de atividade, enquanto as famílias judias deram início ao que hoje chamamos de instituições financeiras, bancos, sistema financeiro, etc.
“E, se fizerdes bem aos que vos fazem bem, que recompensa tereis? Também os pecadores fazem o mesmo. (Lucas 6:33) E, se emprestardes àqueles de quem esperais tornar a receber, que recompensa tereis? Também os pecadores emprestam aos pecadores, para tornarem a receber outro tanto.” (Lucas 6:34)
É fácil perceber nas passagens acima que emprestar dinheiro esperando receber outro tanto (juros) não é crime, não é condenável, mas não significa nenhuma caridade, nenhum mérito, nada de extraordinário. É apenas um comportamento comum e esperado por todas as pessoas. É como aquele que acha estar fazendo caridade quando ajuda um amigo ou um parente querido sem pedir nada em troca. Fazer o bem para que nos faz o bem é um comportamento comum e esperado.
Emprestar dinheiro e pedir juros em troca sempre foi uma situação muito embaraçosa até que Jocob Fugger e seu lobby conseguiram convencer o papa a mudar de opinião. A igreja passou a aceitar que o emprestador está assumindo riscos (de levar um calote), e por isto passou a ser justo cobrar juros.
Jacob também investiu pesado nas grandes navegações que permitiram fazer comércio com países distantes e até descobrir novos territórios.
Você se parece com o homem mais rico da história?
Fugger era conhecido por ter um controle emocional muito grande. Tinha nervos de aço. Sua racionalidade também era desenvolvida. Ele é considerado um dos primeiros empreendedores a usar a contabilidade moderna, sempre prestando muita atenção aos números antes de tomar qualquer decisão de investimento. Ele também era conhecido por ser muito persistente. Não desistia diante do primeiro problema. Não costumava cometer o erro comum de todo investidor iniciante que é vender na baixa (nas crises) e comprar na alta (quando todos querem e podem comprar). Jacob dominava a arte de inspirar a confiança das pessoas. Além de investir o próprio dinheiro, também conseguia convencer amigos ricos a investirem em seus negócios. Mostrava ter grandes habilidades ao se relacionar com as pessoas.
Jacob não via o trabalho como uma penitência. Para ele o trabalho era uma atividade divertida. Ele pensava da mesma forma que os atuais homens mais ricos do mundo como o americano Warren Buffett. O Buffett costuma dizer que dança de alegria na segunda-feira, enquanto a maioria das pessoas faz isso na sexta-feira. Vale lembrar que Warren Buffett tem 84 anos, US$ 72,3 bilhões no bolso e continua motivado e trabalhando por prazer. Jacob morreu aos 66 anos e trabalhou até o último dia de vida.
Existem muitos livros e estudos sobre as características internas que tornam pessoas mais propícias a prosperarem financeiramente. O fato é que todos os estudos mostram que as pessoas mais prósperas, não importa em que século viveram, tinham traços de personalidade, comportamentos e maneiras semelhantes de pensar. Estas características internas, quando são identificadas, podem ser trabalhadas. Você tem o controle. Você é autoresponsável por sua atual condição financeira e por sua situação futura.
Infelizmente temos o mal hábito de procurar culpados externos: Alguns colocam a culpa do próprio fracasso financeiro no sistema capitalista, no governo socialista, nos patrões, nos americanos, na ganancia dos banqueiros, na falta de sorte, na falta de estudo ou em qualquer coisa externa que está fora da própria responsabilidade. Isso é muito confortante e cômodo. A prosperidade se torna uma questão de escolha quando conquistamos a consciência de que somos responsáveis pelo que somos e pelo que temos.
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