A proposta de redução da jornada de trabalho para 36 horas semanais é um exemplo de como os políticos fingem boas intenções enquanto promovem um desastre.

Vamos aos fatos, com base nas informações divulgadas na imprensa (fonte).

A proposta divulgada pelos políticos, como algo vantajoso, determina redução de 44 para 36 horas semanais de trabalho sem diminuição de salário.

Mas, na prática, isso significa um aumento acima de 22% no custo da hora trabalhada para o empregador. É matemática básica que produz consequências graves que os defensores do “trabalhe menos, ganhe igual” fingem não ver.

As pessoas (mercado) reagem a incentivos. Quando você aumenta artificialmente o custo do trabalho, algumas coisas podem acontecer:

  • Empresas aceleram a automação para substituir funcionários;
  • Pequenos negócios fecham as portas, caso não consigam repassar esse aumento de custo do trabalho para os preços dos produtos e serviços;
  • O desemprego aumenta, principalmente entre os menos qualificados.
  • A inflação aumenta, já que as empresas vão tentar repassar os custos para os produtos e serviços.

Não existe almoço grátis.

Os defensores da proposta citam “experiências bem-sucedidas” em algumas empresas. Existe uma diferença crucial: estas empresas ESCOLHERAM adotar o modelo quando tinham condições. É muito diferente de uma imposição estatal que atinge desde grandes e modernas empresas até pequenos comerciantes de bairro.

O mais irônico é que essa medida prejudicará justamente quem pretende ajudar. Jovens em primeiro emprego, trabalhadores menos qualificados e pequenos empreendedores serão os primeiros a sentir o impacto.

Comparar o Brasil com países ricos é um delírio típico de quem nunca produziu nada. Aqui temos uma massa de trabalhadores massacrada por décadas de educação pública falida e regulações que sufocam o empreendedorismo. Lá fora têm engenheiros criando robôs e inteligência artificial, enquanto aqui ainda lutamos para ter energia elétrica confiável.

Alguns dados ignorados pelos políticos:

  • 98% das empresas brasileiras são pequenas e médias empresas;
  • O custo médio de um funcionário já é 2,83 vezes o salário;
  • 45% dos empregos formais vêm do comércio e serviços.

O Brasil já tem uma das maiores cargas tributárias e burocracias trabalhistas do mundo. Agora, querem tornar ainda mais caro contratar. Se os planos dos políticos é empobrecer a população o destruir a economia de um país pobre como o Brasil, eles estão no caminho certo.

A verdadeira solução para melhorar a vida do trabalhador é muito evidente, mas impopular entre a classe política: menos impostos, menos regulação, mais liberdade econômica para que as pessoas façam o que bem entenderem com o próprio tempo, trabalho e dinheiro. Só assim teremos um mercado de trabalho dinâmico onde empresas possam naturalmente oferecer melhores condições, ou seja, competindo pela mão de obra.

Infelizmente, é mais fácil propor medidas populistas que soam bem nas redes sociais para uma sociedade cada vez mais ignorante e sem educação financeira. Afinal, quem não quer trabalhar menos? O problema é que no mundo real, diferente do mundo utópico e fantasioso dos políticos, não existe prosperidade por decreto.

Se essa lei passar, prepare-se para um aumento no desemprego, na informalidade e no fechamento de pequenas empresas.

E aí, curiosamente, os mesmos políticos que criaram o problema aparecerão propondo mais intervenções para “resolver” a crise que eles mesmos causaram.

Existe um tema que os políticos não querem discutir: O brasileiro trabalha 5 meses por ano só para sustentar a ineficiência do Estado por meio dos inúmeros impostos. Isso equivale a perder 41,67% do que você ganha por ano. Reduzir os gastos e desperdícios públicos é algo que eles não discutem.

As pessoas deveriam exigir total liberdade para negociar a jornada de trabalho, salários e outras condições sem a interferência de ninguém. O motivo é evidente: cada pessoa tem necessidades diferentes. Um jovem solteiro pode querer trabalhar mais horas para juntar dinheiro e abrir seu negócio ou investir. Uma mãe pode preferir jornada reduzida para ficar com os filhos. Um empreendedor pode optar por períodos intensos seguidos de folgas prolongadas ou pode preferir jornadas totalmente flexíveis.

A liberdade de negociação beneficia todos:

  • Empregados ganham flexibilidade para adequar trabalho à vida pessoal;
  • Empresas podem adaptar horários à demanda do mercado;
  • Mais empregos são criados pela otimização dos recursos;
  • As empresas vão competir pelos melhores funcionários oferecendo condições mais vantajosas.

Mas o que faz o político? Ele cria uma camisa de força onde todos devem seguir o mesmo padrão. É o coletivismo em sua forma mais tosca: tratar milhões de indivíduos únicos como massa uniforme.

Enquanto você não tiver liberdade para negociar seu próprio tempo, continuará sendo tratado como um adulto infantilizado pelo Estado. É hora de crescer. É hora de ter autonomia sobre sua própria vida.

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