O mundo dos investimentos é cheio de mitos.
Você já deve ter ouvido falar que fundos de investimento são bons investimentos de longo prazo, principalmente os fundos de investimento de gestores renomados, porque eles sabem cuidar melhor do nosso dinheiro do que nós mesmos. Eles são experientes, possuem grande conhecimento e passam o dia todo tomando decisões sobre onde é melhor investir (gestão ativa).
Os números mostram que eventualmente os fundos de gestão ativa apresentam bons resultados no curto prazo e resultados ruins no longo prazo, sendo que é frequente o uso do argumento de que os investidores dos fundos devem ter paciência já que os resultados só serão vistos no longo prazo.
De acordo com o Scorecard SPIVA da América Latina, 88% dos fundos de gestão ativa de renda variável do Brasil perderam para seus índices de referência (como o Índice Bovespa). Essa incapacidade de superar o mercado não é um caso pontual. Olhando para horizontes mais longos, como 10 anos, a situação piora. Nesse período de 10 anos, 91,6% dos fundos de renda variável brasileiros, de gestão ativa, ficaram abaixo de suas respectivas metas (benchmark).
Corretoras e bancos costumam ganhar muito dinheiro oferecendo fundos de investimento aos clientes e essas instituições são donas, sócias ou patrocinadoras dos principais sites de notícias sobre finanças e investimentos no Brasil.
Assessores de investimentos geralmente ganham uma comissão ou bônus quando conseguem convencer investidores a investir em fundos de investimento oferecidos pelo banco ou corretora onde trabalham. O funcionamento desse sistema pode variar conforme a instituição financeira.
A melhor decisão que você pode tomar com relação ao seu dinheiro é se convencer de que precisa se tornar um pequeno investidor consciente, capaz de cuidar do seu próprio dinheiro sem recomendações de terceiros. Aqui no Clube dos Poupadores temos vários livros que ensinam você a investir por conta própria.
Vale considerar que esses estudos que acompanham o desempenho dos fundos de gestão ativa são feitos regularmente por entidades que estão por trás dos fundos de gestão passiva, principalmente os fundos com quotas negociadas na bolsa (ETF). Aqui está o estudo completo.