O vídeo é uma crítica contra uma ideia que se espalha em muitos países e que é responsável por vários problemas financeiros que vivemos hoje e que teremos de enfrentar no futuro. Veremos que esse é apenas um exemplo, entre muitos, de interferência dos políticos na vida das pessoas. Assista ao vídeo primeiro e depois vamos refletir sobre isso.

 

A expressão “15 minute city living”, que aparece no início do vídeo acima, pode ser traduzida como “viver na cidade dos 15 minutos”.

Essa expressão “cidade dos 15 minutos” se refere a um modelo de interferência dos políticos no funcionamento das cidades. Podemos dizer que é um novo tipo de “confinamento” nas grandes cidades. Esse movimento começou na França, na cidade de Paris, mas depois a ideia foi copiada em diversos países.

A ideia é impor uma série de mudanças na cidade para que as pessoas se sintam desmotivadas a se moverem para regiões distantes de suas casas. Dessa forma, necessidades básicas dos moradores, como trabalho, lazer, serviços e compras, devem estar sempre a uma distância máxima de 15 minutos a pé, de bicicleta ou de transporte público. A liberdade de ter um carro e usar o seu próprio veículo para se deslocar até os seus lugares preferidos em toda a cidade será desestimulado, taxado e eventualmente será proibido.

Como tudo que os políticos propõem, na teoria a ideia parece boa, mas a prática e o longo prazo escondem consequências como elevação de impostos, mais dependência das pessoas, menos liberdade e mais poder e controle nas mãos dos políticos. O teórico francês que teve essa ideia “genial” de limitar a liberdade das pessoas nas grandes cidades, como forma de criar um mundo melhor sem consultar ninguém, se chama Carlos Moreno. Ele inclusive foi premiado por isso. Políticos geralmente se cercam desses teóricos.

O vídeo critica as políticas que visam controlar e limitar a vida das pessoas. Geralmente essas políticas são apresentadas ao público envolvidas por palavras bonitas como: “mobilidade sustentável”, “qualidade de vida”, “justiça social”, “equidade” e “modernidade”. Tudo isso esconde mais gastos de dinheiro público, mais impostos e o desequilíbrio de uma série de fatores que interferem a vida financeira das pessoas e das empresas.

No vídeo, o homem dentro do galinheiro argumenta que:

  • as galinhas não possuem nada, mas são felizes;
  • tiram tudo que elas produzem e mesmo assim as galinhas são felizes;
  • As galinhas só recebem o básico (comida, água e um galinheiro para morar) e mesmo assim são felizes.
  • A porta do galinheiro está aberta, mas as galinhas estão tão dependentes do básico que se comportam como se estivessem presas.

A ideia por trás de muito do que o Estado oferece é criar esse tipo de dependência que justifica a cobrança de impostos cada vez maiores.

A prefeita de Paris, Anne Hidalgo, (Partido Socialista) é conhecida por promover e implantar esse conceito de “cidade dos 15 minutos” em Paris. Como consequência os parisienses enfrentam uma série de transtornos e custos adicionais que não existiam.

O modelo vem sendo adotado em outros países como no Canadá e na Inglaterra onde já ocorreram protestos e críticas. As pessoas, gradualmente, são penalizadas quando resolvem exercer seu direito de ir e vir além de determinadas distâncias. Existe a ideia de monitorar todos os passos da população. Existe o conceito absurdo de “Destruição criativa das cidades”, pouco importando o impacto nos negócios e nas famílias.

No final de 2022,  Jordan B Peterson, autor de diversos livros que você deveria ler como esse aqui e esse outro aqui, fez críticas ao projeto que começou a ser implantado no país onde ele vive, Canadá:

A ideia de que os bairros devem ser caminháveis é adorável. A ideia de que burocratas tirânicos podem decidir por decreto onde você tem “permissão” de dirigir é talvez a pior perversão imaginável dessa ideia – e, não se engane, é parte de um plano bem documentado – Jordan B Peterson (fonte).

Não é necessário dizer que os veículos de imprensa desses países não fazem qualquer reflexão sobre a liberdade das pessoas. Quem é contra limitações de liberdade, logo é atacado. Reduzir ou acabar com as liberdades se tornou aceitável desde os eventos de 2020.

No Brasil já existe um vídeo fazendo propaganda sobre as “vantagens” de monitorar as pessoas, controlar e limitar seu movimento dentro de cada “galinheiro”. As cidades de São Paulo, Rio de Janeiro, Salvado e Recife fazem parte desses projetos junto com 100 outras grandes cidades do mundo (fonte).

Já podemos ver o futuro na cidade de Oxford que foi recentemente dividida em 6 regiões com bloqueios de estrada que impedem a maioria dos motoristas de circular por Oxford (fonte).

O Fórum Econômico Mundial possui uma página de propaganda onde fala que essas ideias foram motivadas pelos eventos ocorridos em 2020, como o confinamento das pessoas. Eles destacam no texto, utilizando palavras bonitas, a importância de limitar o deslocamento das pessoas. Elas serão menos livres e mesmo assim devem se sentir felizes. A página fala sobre “Destruição criativa das cidades” (fonte). Veja um desenho que ilustra como será:

A ideia é bonita, mas se você não gosta do supermercado que está perto da sua casa, o problema é seu. Se não quer matricular seu filho na escola próxima, pois existe uma melhor no outro bairro, o problema é seu. Se você não gosta de andar a pé ou de bicicleta, o problema é seu. Sua opinião pessoal é irrelevante, pois mais importante é o bem do coletivo. Caso queira sair de carro fora dos limites do seu “galinheiro”, será penalizado de alguma forma. Se você reclamar, será taxado de inimigo da comunidade, inimigo do meio ambiente, extremista ou qualquer outra coisa pejorativa por defender a liberdade individual.

Esse modelo onde o políticos assumem o controle da sua vida e dos seus bens para forçar você a “ser feliz”, ocorre em outras áreas.

Vou apresentar outro exemplo em que o político se apropria do que é seu, para que você “seja feliz” no futuro.

No momento em que escrevo esse artigo a cidade de Paris está tomada por protestos contra uma reforma que foi feita no sistema de previdência do país.

O presidente da França, Emmanuel Macron (de um partido progressista) aprovou uma reforma da Previdência que eleva a idade mínima para aposentadoria de 62 para 64 anos ao mesmo tempo que prolonga os anos de contribuição para acesso à pensão integral.

Não é diferente do que já aconteceu no Brasil em 2019 quando o governo aumentou a idade mínima, elevou o tempo de contribuição, alterou regras de cálculo do valor da aposentadoria etc. A previdência brasileira já foi modificada em 1998 (Fernando Henrique), 2003 (Lula), 2012 (Dilma) e 2019 (Bolsonaro). Todas as mudanças pioraram a situação das pessoas e melhoraram a situação do governo. Não tenha dúvida que novas reformas serão necessárias no futuro até o ponto que, gradualmente, o sistema de previdência será eliminado, pois ele nunca foi sustentável e sempre funcionou como um “esquema de pirâmide”.

Previdência é uma forma do governo se apropriar de “parte dos ovos” produzidos pela sociedade com a promessa de que eles serão devolvidos no futuro.

Geralmente os governos gastam esses “ovos” e depois não conseguem pagar a aposentadoria de todas as pessoas que “contribuíram”. Então, os políticos começam a aumentar a idade mínima para aposentadoria enquanto aumentam os anos e os valores de “contribuição”, que na verdade é um imposto e não uma contribuição. Novos cálculos são criados para que as pessoas recebam menos.

A previdência como conhecemos no Brasil só começou em 1990 (INSS) e o antigo INPS foi criado em 1960. Podemos dizer que esse tipo de previdência pública é um experimento. Existem sinais de que ele não é sustentável no longo prazo.

Na França, os atuais protestos contra o governo começaram em fevereiro de 2023 e se intensificaram no final de março. Quase um mês sem coleta de lixo em algumas regiões. O lixo apodrece nas ruas, os ratos se proliferam e as pessoas começam a atear fogo no lixo.

O vídeo abaixo nos mostra que, para muitos, a vida continua normal no “galinheiro”. Mesmo com fogo e protestos nas ruas, as pessoas continuam comendo e bebendo como se nada estivesse acontecendo.

Para assistir ao vídeo, clique sobre ele.

Existe uma expressão muito comum na França que é dita quando alguém conta para você algum tipo de fatalidade dentro do “galinheiro”. Eles dizem “c’est la vie” (assim é vida…).

Essa expressão é comumente usada pelos franceses para indicar que certas situações são inevitáveis ou que devem ser aceitas como parte da vida (um tipo de conformismo).

Nada melhor do que essa “filosofia de vida”, que também é muito comum entre os brasileiros, para sobreviver em um “galinheiro” em chamas controlado por raposas. No vídeo abaixo as pessoas provavelmente estão pensando: “A vida é assim mesmo… c’est la vie“. No Brasil essa filosofia de vida se materializa em um “hino” chamado “Deixe a vida me levar” do filosofo brasileiro Zeca Pagodinho. Podemos dizer que “c’est la vie” e “Deixe a vida me levar” nos aproxima dos franceses, pois ambas transmitem uma ideia de aceitação das circunstâncias da vida e de enfrentar as adversidades, dentro do “galinheiro”, com uma atitude positiva e resignada.”

 

Eu recomendo que você invista na sua educação financeira, para que não viva dependente do galinheiro que os políticos tentam construir a todo custo, principalmente se você vive nas grandes capitais.

Infelizmente muitas pessoas adoram a ideia da sociedade cada vez mais tutelada, limitada e controlada por alguém, como o galinheiro de uma fazenda. São pessoas que não se importam com a liberdade individual, desde que lhes ofereçam o básico, assim como o básico que as galinhas exigem para serem felizes.

Busque sua independência financeira, tenha seus investimentos e suas reservas. Políticos se incomodam com pessoas independentes que exigem mais liberdade ao invés de mais migalhas dentro do galinheiro. Não seja a pessoa que luta por migalhas.

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