O vídeo é uma crítica contra uma ideia que se espalha em muitos países e que é responsável por vários problemas financeiros que vivemos hoje e que teremos de enfrentar no futuro. Veremos que esse é apenas um exemplo, entre muitos, de interferência dos políticos na vida das pessoas. Assista ao vídeo primeiro e depois vamos refletir sobre isso.
A expressão “15 minute city living”, que aparece no início do vídeo acima, pode ser traduzida como “viver na cidade dos 15 minutos”.
Essa expressão “cidade dos 15 minutos” se refere a um modelo de interferência dos políticos no funcionamento das cidades. Podemos dizer que é um novo tipo de “confinamento” nas grandes cidades. Esse movimento começou na França, na cidade de Paris, mas depois a ideia foi copiada em diversos países.
A ideia é impor uma série de mudanças na cidade para que as pessoas se sintam desmotivadas a se moverem para regiões distantes de suas casas. Dessa forma, necessidades básicas dos moradores, como trabalho, lazer, serviços e compras, devem estar sempre a uma distância máxima de 15 minutos a pé, de bicicleta ou de transporte público. A liberdade de ter um carro e usar o seu próprio veículo para se deslocar até os seus lugares preferidos em toda a cidade será desestimulado, taxado e eventualmente será proibido.
Como tudo que os políticos propõem, na teoria a ideia parece boa, mas a prática e o longo prazo escondem consequências como elevação de impostos, mais dependência das pessoas, menos liberdade e mais poder e controle nas mãos dos políticos. O teórico francês que teve essa ideia “genial” de limitar a liberdade das pessoas nas grandes cidades, como forma de criar um mundo melhor sem consultar ninguém, se chama Carlos Moreno. Ele inclusive foi premiado por isso. Políticos geralmente se cercam desses teóricos.
O vídeo critica as políticas que visam controlar e limitar a vida das pessoas. Geralmente essas políticas são apresentadas ao público envolvidas por palavras bonitas como: “mobilidade sustentável”, “qualidade de vida”, “justiça social”, “equidade” e “modernidade”. Tudo isso esconde mais gastos de dinheiro público, mais impostos e o desequilíbrio de uma série de fatores que interferem a vida financeira das pessoas e das empresas.
No vídeo, o homem dentro do galinheiro argumenta que:
- as galinhas não possuem nada, mas são felizes;
- tiram tudo que elas produzem e mesmo assim as galinhas são felizes;
- As galinhas só recebem o básico (comida, água e um galinheiro para morar) e mesmo assim são felizes.
- A porta do galinheiro está aberta, mas as galinhas estão tão dependentes do básico que se comportam como se estivessem presas.
A ideia por trás de muito do que o Estado oferece é criar esse tipo de dependência que justifica a cobrança de impostos cada vez maiores.
A prefeita de Paris, Anne Hidalgo, (Partido Socialista) é conhecida por promover e implantar esse conceito de “cidade dos 15 minutos” em Paris. Como consequência os parisienses enfrentam uma série de transtornos e custos adicionais que não existiam.
O modelo vem sendo adotado em outros países como no Canadá e na Inglaterra onde já ocorreram protestos e críticas. As pessoas, gradualmente, são penalizadas quando resolvem exercer seu direito de ir e vir além de determinadas distâncias. Existe a ideia de monitorar todos os passos da população. Existe o conceito absurdo de “Destruição criativa das cidades”, pouco importando o impacto nos negócios e nas famílias.
No final de 2022, Jordan B Peterson, autor de diversos livros que você deveria ler como esse aqui e esse outro aqui, fez críticas ao projeto que começou a ser implantado no país onde ele vive, Canadá:
A ideia de que os bairros devem ser caminháveis é adorável. A ideia de que burocratas tirânicos podem decidir por decreto onde você tem “permissão” de dirigir é talvez a pior perversão imaginável dessa ideia – e, não se engane, é parte de um plano bem documentado – Jordan B Peterson (fonte).
Não é necessário dizer que os veículos de imprensa desses países não fazem qualquer reflexão sobre a liberdade das pessoas. Quem é contra limitações de liberdade, logo é atacado. Reduzir ou acabar com as liberdades se tornou aceitável desde os eventos de 2020.
No Brasil já existe um vídeo fazendo propaganda sobre as “vantagens” de monitorar as pessoas, controlar e limitar seu movimento dentro de cada “galinheiro”. As cidades de São Paulo, Rio de Janeiro, Salvado e Recife fazem parte desses projetos junto com 100 outras grandes cidades do mundo (fonte).
Já podemos ver o futuro na cidade de Oxford que foi recentemente dividida em 6 regiões com bloqueios de estrada que impedem a maioria dos motoristas de circular por Oxford (fonte).
O Fórum Econômico Mundial possui uma página de propaganda onde fala que essas ideias foram motivadas pelos eventos ocorridos em 2020, como o confinamento das pessoas. Eles destacam no texto, utilizando palavras bonitas, a importância de limitar o deslocamento das pessoas. Elas serão menos livres e mesmo assim devem se sentir felizes. A página fala sobre “Destruição criativa das cidades” (fonte). Veja um desenho que ilustra como será:
A ideia é bonita, mas se você não gosta do supermercado que está perto da sua casa, o problema é seu. Se não quer matricular seu filho na escola próxima, pois existe uma melhor no outro bairro, o problema é seu. Se você não gosta de andar a pé ou de bicicleta, o problema é seu. Sua opinião pessoal é irrelevante, pois mais importante é o bem do coletivo. Caso queira sair de carro fora dos limites do seu “galinheiro”, será penalizado de alguma forma. Se você reclamar, será taxado de inimigo da comunidade, inimigo do meio ambiente, extremista ou qualquer outra coisa pejorativa por defender a liberdade individual.
Esse modelo onde o políticos assumem o controle da sua vida e dos seus bens para forçar você a “ser feliz”, ocorre em outras áreas.
Vou apresentar outro exemplo em que o político se apropria do que é seu, para que você “seja feliz” no futuro.
No momento em que escrevo esse artigo a cidade de Paris está tomada por protestos contra uma reforma que foi feita no sistema de previdência do país.
O presidente da França, Emmanuel Macron (de um partido progressista) aprovou uma reforma da Previdência que eleva a idade mínima para aposentadoria de 62 para 64 anos ao mesmo tempo que prolonga os anos de contribuição para acesso à pensão integral.
Não é diferente do que já aconteceu no Brasil em 2019 quando o governo aumentou a idade mínima, elevou o tempo de contribuição, alterou regras de cálculo do valor da aposentadoria etc. A previdência brasileira já foi modificada em 1998 (Fernando Henrique), 2003 (Lula), 2012 (Dilma) e 2019 (Bolsonaro). Todas as mudanças pioraram a situação das pessoas e melhoraram a situação do governo. Não tenha dúvida que novas reformas serão necessárias no futuro até o ponto que, gradualmente, o sistema de previdência será eliminado, pois ele nunca foi sustentável e sempre funcionou como um “esquema de pirâmide”.
Previdência é uma forma do governo se apropriar de “parte dos ovos” produzidos pela sociedade com a promessa de que eles serão devolvidos no futuro.
Geralmente os governos gastam esses “ovos” e depois não conseguem pagar a aposentadoria de todas as pessoas que “contribuíram”. Então, os políticos começam a aumentar a idade mínima para aposentadoria enquanto aumentam os anos e os valores de “contribuição”, que na verdade é um imposto e não uma contribuição. Novos cálculos são criados para que as pessoas recebam menos.
A previdência como conhecemos no Brasil só começou em 1990 (INSS) e o antigo INPS foi criado em 1960. Podemos dizer que esse tipo de previdência pública é um experimento. Existem sinais de que ele não é sustentável no longo prazo.
Na França, os atuais protestos contra o governo começaram em fevereiro de 2023 e se intensificaram no final de março. Quase um mês sem coleta de lixo em algumas regiões. O lixo apodrece nas ruas, os ratos se proliferam e as pessoas começam a atear fogo no lixo.
O vídeo abaixo nos mostra que, para muitos, a vida continua normal no “galinheiro”. Mesmo com fogo e protestos nas ruas, as pessoas continuam comendo e bebendo como se nada estivesse acontecendo.
Para assistir ao vídeo, clique sobre ele.
L'indiference. París, 2023 pic.twitter.com/INMNG6Gf0h
— Roi Lopez Rivas (@RoiLopezRivas) March 26, 2023
Existe uma expressão muito comum na França que é dita quando alguém conta para você algum tipo de fatalidade dentro do “galinheiro”. Eles dizem “c’est la vie” (assim é vida…).
Essa expressão é comumente usada pelos franceses para indicar que certas situações são inevitáveis ou que devem ser aceitas como parte da vida (um tipo de conformismo).
Nada melhor do que essa “filosofia de vida”, que também é muito comum entre os brasileiros, para sobreviver em um “galinheiro” em chamas controlado por raposas. No vídeo abaixo as pessoas provavelmente estão pensando: “A vida é assim mesmo… c’est la vie“. No Brasil essa filosofia de vida se materializa em um “hino” chamado “Deixe a vida me levar” do filosofo brasileiro Zeca Pagodinho. Podemos dizer que “c’est la vie” e “Deixe a vida me levar” nos aproxima dos franceses, pois ambas transmitem uma ideia de aceitação das circunstâncias da vida e de enfrentar as adversidades, dentro do “galinheiro”, com uma atitude positiva e resignada.”
Eu recomendo que você invista na sua educação financeira, para que não viva dependente do galinheiro que os políticos tentam construir a todo custo, principalmente se você vive nas grandes capitais.
Infelizmente muitas pessoas adoram a ideia da sociedade cada vez mais tutelada, limitada e controlada por alguém, como o galinheiro de uma fazenda. São pessoas que não se importam com a liberdade individual, desde que lhes ofereçam o básico, assim como o básico que as galinhas exigem para serem felizes.
Busque sua independência financeira, tenha seus investimentos e suas reservas. Políticos se incomodam com pessoas independentes que exigem mais liberdade ao invés de mais migalhas dentro do galinheiro. Não seja a pessoa que luta por migalhas.
Recomendo a leitura do meu novo livro sobre Proteção de Patrimônio que tem na sua primeira parte um alerta sobre a “construção desse grande galinheiro no Brasil”, assim como acontece ou já aconteceu em outros países.
Receba um aviso por e-mail quando novos artigos como esse forem publicados. Inscreva-se gratuitamente:
Leandro, como sempre, cirúrgico em seus artigos! Seria um sonho se essa garotada de hoje parasse para te escutar… grande parte deles não trabalha e nem estuda, ou seja, pelo jeito esse galinheiro ficará lotado
Olá Artuse. A “garotada” está ajudando a construir e a defender os galinheiros. Vejo poucos lutando por liberdade. Eles lutam por regulações, tutela, benefícios, subsídios, direitos, reconhecimento sem mérito algum, estabilidade ou qualquer coisa que eles mesmos não sejam os responsáveis por produzir ou conquistar com as próprias mãos.
Oi Leandro, achei muito interessante o seu ponto de vista.
Não sei se meu comentário tem muito a ver com seu artigo, mas lê-lo me levou a essa reflexão/dúvida:
Se da noite pro dia, todo mundo tivesse educação/responsabilidade financeira, nosso sistema econômico colapsaria? Ou encontraria um outro ponto de equilíbrio?
Se as pessoas não se endividassem irresponsavelmente e consumissem dentro de um limite que as permitissem economizar e investir ao longo da vida, um bocado do que é produzido e oferecido (produtos e serviços) não seria necessário, logo as empresas lucrariam menos, logo as empresas distribuiriam menos lucros, e os bancos não teriam necessidade de pegar nosso (investidor) dinheiro emprestado para emprestar a outros. Conclusão, a forma como nós investimos, que você ensina nos seus livros, só é possível porque grande parte da sociedade não tem educação financeira?
Estou viajando nessa ideia…. Você tem alguma luz?
Oi Maurício. Se todas as pessoas tivessem boa educação financeira teríamos mais poupadores do que devedores. Com mais poupadores teríamos mais dinheiro disponível para ser emprestado. Como as pessoas iriam poupar para poder comprar (por serem educadas financeiramente), existiria menos demanda por dinheiro emprestado com objetivo de consumo. Naturalmente, se existesse mais dinheiro disponível (dos poupadores) e menos demanda por ele, os juros seriam menores. Se as pessoas fossem educadas financeiramente teriam o cuidado no momento de votar. Além de dependerem pouco de migalhas dos políticos (não seriam compradas com promessas), elas teriam o cuidado de votar em políticos que cuidam bem das questões econômicas e fiscais. Governos que gastam o dinheiro público prestando contas, provando que fizeram boas escolhas. As pessoas seriam mais exigentes não permitindo abusos nos impostos e no desperdício de dinheiro (pois teriam boa educação financeira). Se existisse esse equilíbrio nas contas públicas o próprio Estado não demandaria dinheiro da população vendendo títulos públicos (que é a origem da dívida pública). Com menos demanda por dinheiro e muito dinheiro acumulado (todas as pessoas poupando), os juros seriam naturalmente baixos. Provavelmente a inflação seria muito baixa. Com juros baixos você teria motivos para assumir riscos empreendendo, inovando, desenvolvendo soluções para problemas. Tudo isso é uma grande utopia. As pessoas não possuem educação financeira e não se interessam por isso. Políticos, bancos, empresas, todos querem que você gaste tudo que ganha imediatamente e ainda faça dívidas para gastar tudo que ganhará no futuro. As pessoas aceitam essa vida miserável e assim o mundo caminha. Todos presos em uma espécie de galinheiro trabalhando só para pagar impostos, bancar o consumismo barato e pagar os juros das dívidas.
Oi Leandro,
Comecei a ler o artigo e logo pensei em mencionar o Canada. Mas nao demorou muito e vc mesmo o fez. Oq vc descreveu eh o Canada hoje, e infelizmente as coisas estao mudando muito rapido, a um ritmo assustador. Quando cheguei, ha quase 7 anos, era bem diferente, apesar de nao ser tanto tempo. As coisas ja estavam mudando, mas a pandemia aumentou muito a velocidade.
Eu testemunho no meu dia a dia tudo oq vc escreveu, inclusive a parte final da sua resposta acima ao Mauricio. Vc anda em Toronto, vc so’ ve carroes. Carros de luxo mesmo, super comum ver em qualquer esquina as famosas marcas alemas, SUVs Infiniti, frotas de Porsche (Cayenne no inverno, 911 no verao). Restaurantes bombando, shoppings e outlets tambem. Num primeiro momento, eu pensava que todos fossem ricos, e so’ eu o classe media. Depois de alguns anos eu fui entender que muitos devem consistentemente 5 digitos ou mais no cartao de credito; os carros nao sao dos donos, sao dos bancos e financiadoras (leasing – alias, excelente fonte de dinheiro p governo tambem); basta dar apenas 5% de entrada num imovel e hipotecar os outros 95% com o banco. Etc. Assim fica facil viver, nao? Todo mundo lindo, sem ser dono de absolutamente nada, mas felizes. Quem eh dono mesmo sao bancos, empresas e o governo. Muita gente trabalha muito apenas para pagar imposto, juros e consumismo barato. Ja cansei de pegar uber e o carro ser Mercedes ou Cadillac. Mas eh o que vc disse. As pessoas ACEITAM essa vida. Nao importa estar preso nesse sistema, oq importa eh dirigir um Cadillac – ainda que o cidadao precise trabalhar 12h+ por dia, 6x por semana, fazendo uber e delivery de uber eats; basta “parecer rico”. Eh rigorosamente oq vc escreveu.
Vc esta correto em dizer tambem que a imprensa nao debate essa questao como deveria. Na verdade, eh cultural: ninguem debate nada. Sentimentos, pensamentos e emocoes sao reprimidos, as pessoas nao expressam. Na rua, parecem bonecos vindo, e outros indo, sem expressao alguma, boa parte olhando para uma tela na palma da mao. Tudo no modo automatico. Eu nao consigo ler as pessoas, nao consigo extrair o basico delas, sao rarissimas as excecoes que eu consegui isso. Qual a consequencia (por enquanto) de tudo isso, de toda essa facilidade?
Suicidios sao alarmantes, problemas graves de saude mental cada vez piores, consumo de drogas entao… eh mais dificil achar que NAO consome. A violencia explodiu em lugares outrora tranquilos como Vancouver e Toronto de 3 anos pra ca. Todo dia eh facada, agressao ou homicidio dentro do transporte publico ou no meio da rua. As pessoas literalmente gritam com as outras porque a batata frita murchou, porque acabou o ketchup ou porque fulano entrou sem querer na frente do outro na fila. Esses tres exemplos sao reais pq eu testemunhei pessoalmente, por varias vezes. E por que elas gritam? Porque elas nao sabem lidar com problemas/frustracao, uma vez que o Estado sempre resolve tudo. As pessoas exigem (ao inves de pedir ou de conquistar) solucoes simples para problemas complexos. Subsidios, auxilios, beneficios (e no ano seguinte, o imposto aumenta, os custos de servicos publicos sobem). Eh dificil contratar gente pra trabalhar, pq ja testemunhei pessoas recusando trabalho e falando sem rodeios que era mais barato ficar em casa recebendo auxilio pelos correios (e quando vc tem a sorte de contratar, a pessoa muitas vezes sai 1-2 semanas depois).
Se o problema for interno, mais uma vez o Estado resolve seus problemas pra vc: liberacao das drogas, todas elas. Nos ultimos dias, a cidade de Toronto (15 minutos) esta tentando obter autorizacao do governo federal para replicar o modelo usado em British Columbia (onde fica Vancouver) – liberar todos os tipos de droga, para “uso pessoal” (sem limitar uma quantidade maxima – ou seja, o quanto vc aguentar), para todos (adultos e adolescentes). Sempre com palavras bonitas – “mental health, equity, human rights, human care/approach, inclusiveness” etc. Pode pesquisar no Google que vc vai achar reportagens sobre isso nas varias regioes do pais. Algumas cidades do interior que antes eu visitava tranquilamente (tomando precaucoes basicas apenas), hoje estao tomadas por dezenas de viciados em transe a plena luz do dia (literalmente, cracolandias).
A maioria concorda, aplaude e escolhe esses caminhos. Ninguem questiona, ninguem reflete, ninguem debate. E os poucos que fazem sao hostilizados (geralmente online). Se vemos isso em paises como Canada, EUA, Inglaterra e Franca, oq imaginar do resto…
O jeito eh se manter frio perante tudo isso e buscar a protecao do patrimonio e independencia. C’est la vie.
Olá Gus. Você praticamente escreveu um artigo, obrigado. Eu imagino a quantidade de famílias destruídas em todo esse processo que você descreveu. Com certeza a imprensa mostra tudo isso como algo tão bem intencionado e bom… mas a prática revela que de bom não tem nada. É um processo lento de enfraquecimento das populações. Um povo fraco implora por ser tutelado, controlado, liderado e isso é tudo que os políticos adoram. Eles terão motivos para taxar cada vez mais e gastar cada vez mais para prover tudo que a população fragilizada precisa par “ser feliz”. E nada disso tem relação com liberdade. Um povo forte é um problema para eles, pois é um povo livre e menos dpeendente. O consumismo, as dívidas, drogas e famílias destruídas enfraquecem a população. Eu acredito que é um processo mundial sem volta, pois as pessoas amam tudo isso e vão lutar por mais disso. Quem for desperto que se prepare para acumular seu patrimônio enquanto tenta permanecer livre de consumismo, dívidas, drogas e destruição familiar, C’est la vie.
Exatamente. E o exemplo mais obvio disso e’ o que acontece muito aqui e em outros paises do mundo com relacao ao trabalho remoto. Em 2020/2021, muito foi falado que era um caminho sem volta, que as empresas precisariam se adaptar, que as pessoas seriam mais felizes (sem ironia) porque teriam mais flexibilidade e INDEPENDENCIA de morar onde quiserem, trabalhar de onde quiserem, teriam mais tempo para si e mais LIBERDADE. O que aconteceu a partir de 2022 foi o inverso: empregados comecaram a ser OBRIGADOS a trabalhar presencial (100% ou no maximo hibrido). Nao gostou? Problema seu. Arrume outro emprego. Veja como isso e’ interessante: apesar de termos toda a tecnologia, a partir do primeiro momento em que as galinhas resolveram sair do galinheiro e perceberam que o mundo fora dele era muito mais agradavel, o dono do galinheiro foi la e as trouxe de volta. Isso sem dizer que, dentro da “cidade/pais de 15 minutos”, vc precisa de licenca para tudo, vc nao tem escolha. Ha apenas uma cia aerea (as outras sao menores, mais caras e tem menos voos/destinos disponiveis), 2 opcoes de servicos confiaveis de celular/internet, e’ mais barato viajar para outros paises ou ate para a Europa do que para qualquer cidade media dentro do pais, bebida alcoolica so’ o governo pode vender, a saude eh 100% publica e e’ o governo quem diz para vc quando (e se) vc deve ver um medico especialista, e’ o governo que diz se a mulher vai ter parto normal ou cesaria, e’ o governo que fiscaliza de perto como vc educa seu filho (e que tem poderes para tirar a guarda), e’ o governo que diz ate mesmo quais marcas de queijo serao vendidas nos maiores supermercados, e’ o governo que te da uma licenca (ou nao) ate mesmo se vc quiser soltar fogos de artificio ou bombinhas no Ano Novo, ou se quiser comprar um bote inflavel para brincar no lago.
Nao gostou? Bem… problema seu! Vc tem liberdade para fazer o que quiser de diferente do que eu falei. So’ que sera punido ou fortemente taxado se fizer. Eu precisei ler seu artigo 5x para refletir o que eu achava ser apenas um exagero da minha cabeca.
O povo gosta.
Olá Leandro. Esta questão das “cidade dos 15 minutos”, infelizmente é uma tendência. Moro em Cuiabá e aqui nos condomínios residenciais horizontais (condomínio de casas) em construção já oferecem toda a infraestrutura necessária básica para “viver”.
Tem até um bairro planejado em construção, todo a infraestrutura necessária para você nem precisar se descolar tanto.
Já conta com sistema de segurança smartcity, capela ecumênica, jardim botânico etc.
Oi, Ana. Os governos e as empresas (que vão lucrar com isso) estão construindo e vendendo essa ideia. Depois começam as políticas para limitar os deslocamentos, tornando eles mais caros, difíceis ou menos vantajosos (eles vão criar problemas). Tudo isso de forma bem lenta, para que as pessoas não percebam. No longo prazo as cidades terão setores e as pessoas ficarão confinadas nesses setores sem perceberem. Não existe como lutar ou fugir disso se você morar em uma grande cidade. Muitas empresas lucram com isso, incluindo as grandes empresas de tecnologia, varejo etc. As pessoas amam a ideia.
Bom dia Dr. Leandro! Achei genial a comparação do sistema socialista relacionado as galinhas. Como sugestão poderia também citar “raposa do galinheiro” como forma de coagir a liberdade, que além de se apropriarem de tudo que produz, ainda corre o risco de ser devorada.
Olá, Assis. As pessoas amam as raposas e os lobos que prometem cuidar delas com muito “amor” e “carinho”. As raposas falam palavras bonitas, possuem ideias que parecem geniais de amor e cuidado com o próximo desde que esse próximo aceite perder usa liberdade e uma parte significativa do que ganha. Parece relacionado com algum tipo de maturidade tardia. As pessoas estão demorando para amadurecer. As pessoas transferem para os políticos a figura de uma mãe, de um pai ou alguém divino que está o tempo todo pensando em como tornar a vida mais fácil de forma gratuita, como tirar dos ombros de cada um as suas responsabilidades. Na prática não é isso que as raposas estão fazendo nos bastidores.
Ola Leandro. Ótimo artigo. Não sabia da existência desse projeto.
Eu aderi ao tesouro rendA+ que é destinado a uma aposentadoria extra.
No seu artigo voce diz:
“Previdência é uma forma do governo se apropriar de “parte dos ovos” produzidos pela sociedade com a promessa de que eles serão devolvidos no futuro.”
Estou colocando parte dos meus ovos ( produção) em um investimento do governo com a ideia de ser devolvido depois de 20 anos na proposta de uma “aposentadoria extra”. O que vc acha desse tesouro rendA+? Devo me preocupar?
Olá Danilo. O que a previdência privada fazia era justamente isso. A previdência privada são fundos que pegam o seu dinheiro e investem em títulos públicos cobrando taxas elevadas, mas com uma tributação diferente que penaliza o curto prazo e favorece o longo prazo. As pessoas devem aprender que elas mesmas podem fazer isso. Devo falar sobre o tesouro rendA+ quando atualizar meu livro sobre investimento em títulos públicos.
Meu xará, como sempre, genial em suas colocações! Parabéns!
Dou graças a Deus por sua vida e pelo seu espirito de cura da cegueira dos que buscam a verdade!
O mais triste é começar a enxergar tudo isso e saber que muitos, mesmo sendo evangelizados para a cura desta cegueira, preferem não enxergar!
Grande abraço!
Olá, Leandro. Não é só triste, mas também é perigoso. Os cegos atacam os que enxergam e os que oferecem remédio para curar a cegueira.
Leandro, e se a sociedade realmente chegar nesse ponto em que as pessoas estiverem proibidas de se afastar do local onde moram? Alguma sugestão de como proceder? Educar a maioria da população sobre a situação vigente é impossível, então restaria duas opções: Lutar da forma que for preciso, arriscando perder ainda mais a pouca liberdade que existe, ou então aceitar (infeliz e resignado) o que foi imposto.
Olá Filipe. Elas não serão proibidas no primeiro momento, mas serão penalizadas com taxas, impostos, multas, sistemas de controle e limitações que resultam em algum tipo de transtorno, dificuldade ou qualquer coisa que desmotive a pessoa a ser contra a ideia que será imposta gradualmente. Existe o próprio constrangimento pessoal, já que as pessoas que relutam podem ser taxadas de inimigas da sociedade, inimigas da natureza, responsáveis pelo aquecimento global, podem ser acusadas de extremistas e uma série de discursos que usam contra a liberdade individual. Não é possível educar a maioria da população com relação a isso, pois as pessoas amam isso tudo. Não é possível impedir que isso aconteça nas grandes cidades. Só resta entender como isso funciona, como pode impactar sua vida, quais decisões você pode tomar com relação aos seus bens e dinheiro para escapar dos transtornos quando isso começar a acontecer, pois se trata de um processo bem lento de destruição para a construção de uma utopia, uma fantasia que ignora a natureza humana.
Leandro, essa situação do galinheiro é emblemática.
A minha situação é parecida… Não no sentido de gostar de ficar no galinheiro, mas no sentido de permanecer dentro pois o “lado de fora” não é tão livre ou vantajoso para quem que voar, pelo menos por enquanto.
Não me entenda mal, sou totalmente contra a situação do galinheiro, tenho aversão a essa cultura woke e mentalidade progressista. Vou tentar explicar melhor: sou servidor público federal. Não é o que eu sonhava para a minha vida. Gostaria de empreender, produzir, criar valor, e fazer coisas que eu tivesse mais gosto e afinidade. O problema é que vivemos em um país que faz de tudo para prejudicar e criminalizar quem produz, quem gera emprego, quem cria valor. Empresários são vistos como vilões, perdem uma elevada fração do que produzem (via imposto = roubo estatal), sofrem inúmeros processos trabalhistas, enfrentam muita regulamentação etc. Como que eu vou me animar a abrir uma empresa em um cenário desses? Infelizmente, cheguei na conclusão de que, pelo menos por enquanto, a minha independência financeira será mais facilmente alcançada se eu atuar, pelo menos temporariamente, no meu cargo atual. Sou concursado, tenho estabilidade, e sei que todo mês terei recursos para fazer meus investimentos pensando em um dia conseguir sair da corrida dos ratos. Sei que eu estaria sendo muito mais útil para o mundo trabalhando em outras atividades, mas por enquanto sigo no serviço público. Isso é triste, mas é a realidade. Eu simplesmente percebi como são as regras do jogo e me adaptei, escolhi o caminho que me permitirá alcançar a independência financeira a longo prazo. Espero poder realizar outras atividades mais produtivas após alcançar a minha independência financeira.
Oi Marcelo. Você já imaginou a enorme quantidade de brasileiros inteligentes, talentosos, disciplinados, esforçados foram drenados, sugados, surrupiados para dentro do sistema público? Imagine quantas dessas pessoas, que muitas vezes eram estudantes geniais, poderia ter empreendido, criando riquezas, empregos, produzindo o que jamais teriam condições de produzir dentro de um órgão público. Imagine ai a quantidade de pessoas que deixaram de fazer coisas que teriam gosto de fazer. Então podemos também imaginar que tornar o serviço público muito vantajoso e atrativo e a livre iniciativa (empreender) uma coisa difícil, custosa e sofrida, possa ser uma excelente estratégia de destruição. É incalculável o prejuízo que essa situação criou no país nas últimas décadas. O serviço público atrai talentos e depois subutiliza e destrói esses talentos limitando seu crescimento. Você é hoje uma pessoa dependente do sistema que eles criaram. Você está desperto, mas muitos servidores estão presos na “Matrix”, defendendo suas prisões.
A idéia (já proposta no último fórum econômico mundial), é de que as pessoas não terão nada e serão felizes, já há na Europa e demais países desenvolvidos uma estrutura sendo montada para isso, a economia do compartilhamento. A verdade que a previdência não é sustentável e deixará de existir, em algumas décadas(estou sendo otimista), isso porque é contra a lei natural, e insustentável matematicamente. Vejo as pessoas sem a menor idéia de como serem autônomas, vivem em grande cidades, e totalmente dependentes, o sistema de ensino contribui para formar cidadãos assim. O resumo disso são pessoas sem dinheiro, endividadas, sem autonomia, e sem saúde, porque se alimentam mal e vivem mal.
Olá Souza. É um lento processo com o objetivo de tornar todo mundo fraco e dependente, sem qualquer autonomia.
Boas Leandro. Muito bom o artigo, parece-me que vivemos um paradoxo sem fim.
Creio que nunca antes na história da humanidade tantas gerações viveram juntas ao mesmo tempo. O envelhecimento da população é real e já estamos caminhando para 8 bilhões de humanos neste planeta. No Japão é sabido desde sempre da capacidade de poupança do povo japonês, seu grau de instrução e inovação. Os juros por lá quase sempre são negativos e a preocupação do Governo é sempre apresentar um crescimento da economia. E nem por isso a população japonesa ostenta o titulo de nação mais feliz do mundo, entregue à Finlândia pela sexta vez. Um a boa parte de filósofos, sociólogos psicólogos modernos apontam sobre os problemas da cultura do individualismo, sobre o hedonismo levado a risca. E no seu belo artigo você aponta uma modesta experiência do coletivo com um viés de fracasso total. Temos ultra direita ensandecida em todo lugar, esquerda corrupta em todo lugar, centro esquerda, centro direita…. e por ai vai. Penso que nosso maior desafio é se manter são, ainda que para isso tenha que se parecer louco. O processo e a tentativa de sanidade vão depender sempre de uma liberdade financeira. Por isso, vejo seu trabalho como um bom exemplo para as gerações que estão chegando. Um grande abraço.
Oi Wagner. Depois eu posso escrever mais sobre essa ideia de feliz, que é muito diferente dependendo do país e até mesmo se você mora ou não em um grande centro urbano. Essa loucura que você descreve é um fenômeno urbano. Grandes cidades oferecem comodidades, facilidades, conforto e algumas até querem oferecer o próprio sustento através de auxílios, benefícios e projetos de renda mínima. A cidade promove uma total desconexão da realidade. Todos dependentes do supermercado, da água potável, da energia elétrica e de uma conexão de wifi. Você talvez encontre pessoas com a mente mais saudável, equilibrada e feliz fora dos centros urbanos. Geralmente são pessoas mais independentes, possuem um estilo de vida mais simples mas não necessariamente pobre, já que vivem no campo onde existe fartura (contradizendo o que muitos dizem sobre o campo). Ainda existem algumas pessoas que cultivam valores familiares e acreditam em alguma tradição religiosa que as motivam a terem valores éticos e morais. Os grandes centros apenas criam pessoas dependentes, depressivas, manipuladas por ideologias e muitas vezes viciadas em remédios, álcool, sexo e drogas. Cuidado para não confundir liberdade individual com egoísmo. Existe interesse em propagar essa ideia. O fato é que existe esse processo em andamento e eu acredito que nada vai impedir que se desenvolva. O importante é que cada um perceba o que está acontecendo para que cuide de sua própria vida, pois ninguém fará isso por você.
Parafraseando Henry Ford: “Você é livre para fazer o que quiser, desde que faça o que eu (governo) diga”.
É assim mesmo que funciona.
Estou morando em Genebra atualmente e aqui é exatamente o artigo.
Cada bloco residencial tem quase tudo: transporte, escola, centro comercial, farmácia, parques com quadra poliesportiva, salão de jogos público. Dá para viver tranquilamente vários meses sem precisar atravessar a cidade.
A educação é fantástica, desde criança se aprende 3 idiomas, tocar instrumentos musicais e vários esportes, incluindo futebol americano e hoquei.
Em compensação, aqui é o país mais caro da Europa, cada centavo gasto tem que passar pelos “olhos” do governo.
Drogas e sexo são liberados a partir dos 12 anos. Nessa idade a pessoa é livre para fazer o que quer e os pais não podem interferir sobre o risco de serem multados. Caso o / a adolescente tenha filhos, os pais são obrigados a sustentá-los.
Praticamente tudo aqui é motivo para levar multas. Há burocracia para fazer tudo. Aparência aqui é tudo, até um imigrante menospreza quem não estiver bem vestido e arrumado. O dinheiro reina quase absoluto na mente da maioria.
Tem uma “Green house” onde distribuem maconha para a sociedade, que podem ser consumidas em qualquer lugar público aberto.
A % de pessoas que fumam cigarros e cigarros eletrônicos aqui é assustadora. Tem uma ponte na cidade que teve de ser cercada pelo grande números de suicídios que aconteciam nela.
Muitas crianças e adolescentes aqui são arrogantes, mimadas e xenofóbicas (mesmo as imigrantes).
Olá Daniel. Parece assustador.
Boa tarde. Mais um excelente artigo! Pura realidade. O lamentável é que as pessoas não percebam isso. Não quero parecer conspiracionista, mas, na boa, não vejo outro destino pra humanidade do que está em Apocalipse 13, onde diz que TODOS serão obrigados a ter um “sinal”, sem o qual não vão comprar, nem vender, nem ter direitos, nem nada. Não vão existir socialmente. É isso que já tá acontecendo, mas ainda em fase embrionária, porém caminhando a passos largos. O pior é que as pessoas VAÕ QUERER isso, da mesma forma que querem as “soluções” que os governos apresentam. E também vão DENUNCIAR os que não quiserem, pois haverá um sistema de créditos (já existente hj em ditaduras tipo a China) que irá recompensar os denunciantes, aumentando seu score. Lamentável. Salve-se quem puder (nesta vida talvez não dê, mas pensemos na eternidade, que é infinitamente maior e melhor)!
Existem pessoas que não valorizam a liberdade, pois a liberdade vem junto com a responsabilidade. Essas pessoas que não gostam da liberdade pedem, clamam, suplicam para que todos sejam controlados e dominados. É bem estranho, mas infelizmente é a realidade. Ocorre em todos os países.