Acredito que vivemos um conflito, talvez uma verdadeira guerra entre gerações.

Ela já está produzindo consequências com relação ao consumo, dinheiro, investimentos e funcionamento dos governos e das empresas.

Cada vez mais essas novas gerações assumirão o controle de empresas, instituições financeiras e postos do governo e as consequências serão difíceis de prever.

Se você trabalha duro, poupa e investe para conquistar a sua independência financeira (como descrevi nesse livro), você deve se preparar para o mundo que nos espera.

Vamos entender isso melhor.

De forma genérica, se costuma classificar as gerações como apresentado logo abaixo. Isso não significa que todas as pessoas carregam as mesmas características de sua geração. Muitas se identificam com gerações anteriores ou possuem características mais ou menos acentuadas de sua geração. De qualquer forma, entender o “espírito” que permeia a mente de uma geração nos ajuda a refletir.

  • Baby Boomers: nascidos entre o 1946 e 1964, após a Segunda Guerra Mundial. Eles sonharam com um diploma, um emprego estável e uma boa aposentadoria. Valorizaram muito a segurança e a estabilidade. Os Baby Boomers mais jovens estavam no início da carreira profissional durante o difícil período de hiperinflação no Brasil na década de 80.
  • Geração X: composta por pessoas nascidas aproximadamente entre os anos 1965 e 1980. Os mais jovens da geração X foram crianças nos anos 80 e ainda conseguem se lembrar das crises econômicas com hiperinflação, mudanças de moeda, congelamento de preços e desabastecimento. Eles viram todo o dinheiro da população sendo “confiscado” no governo Collor.
  • Geração Y (Millennials): nascidos entre o início dos anos 1980 e meados dos anos 1990. Essa geração lembra com mais clareza dos anos 90. Ela cresceu com o avanço da tecnologia e a popularização da internet. Ela já entrou no mercado de trabalho com a economia estabilizada, após o Plano Real, sem hiperinflação, congelamentos de preços e desabastecimentos. Muitos da geração Y e Z são filhos de pais separados, pois o divórcio se tornou comum.
  • Geração Z: nascidos no final dos anos 1990 até 2010. Essa geração cresceu completamente imersa nas facilidades e no conforto da vida moderna, tecnologia e internet. É uma geração que conviveu muito pouco com os pais, já que mãe e pai estavam trabalhando fora de casa. Muitos foram filhos únicos criados pelos avós, babás ou empregadas domésticas. Já sofreram as consequências de uma vida na frente de uma tela (celular) e tiveram contato com influenciadores digitais que exploraram a audiência infantil. No Brasil, muitos rotulam a geração Z e os mais jovens da Geração Y, como sendo a “Geração Mimimi”.
  • Geração Alpha: nascidos a partir de 2010 e que estão crescendo em um mundo cada vez mais digitalizado e globalizado. Uma parcela considerável foi criada somente pela mãe, muitas vezes com a ajuda dos avós. São bombardeados por ideologias,

Cada geração cresceu e viveu em um contexto econômico, cultural e social diferente. Isso impactou a forma como lidam com o dinheiro, investimentos e escolhas políticas. As datas exatas para o início e o fim dessas gerações podem variar de acordo com diferentes fontes e critérios de definição, mas isso aqui se aproxima do que muitos acreditam.

Considere a possibilidade de você se identificar com uma geração diferente daquela que representa a sua data de nascimento.

Geração Período de nascimento Idade atual em 2023
Geração Silenciosa Até 1945 78 anos ou mais
Baby Boomers 1946-1964 58-76 anos
Geração X 1965-1979 43-62 anos
Geração Y (Millennials) 1980-1999 23-42 anos
Geração Z 2000-2010 12-23 anos

Geração baby boomers

Muitos baby boomers valorizam a segurança financeira. Muitos deles conseguiram construir algum patrimônio durante a vida através do hábito de poupar e de adquirir bens como imóveis. Eles preferem investimentos conservadores e debaixo risco.

Para eles, a aposentadoria sempre foi uma preocupação. Os Baby Boomers mais jovem estão se aposentando agora e os mais velhos estão aposentados. O grande desafio dessa geração é a de manter a qualidade de vida durante a aposentadoria. Muitos boomers sofrem as consequências de filhos e netos que não se preocuparam com crescimento profissional, poupança e investimentos. Muitas vezes essa geração é penalizada sustentando filhos adultos e até mesmo sustentando os netos que fazem parte de gerações mais jovens.

Muitos da geração baby boomers possuem patrimônio significativo e são leitores dos meus livros, assim como muitos da geração X.

Os baby boomers sofrem um pouco mais para dominar as tecnologias, mas é uma geração que entende o valor da educação e do estudo.

Vale destacar que parte dos boomers sofreu a influência da cultura hippie e da cultura “sexo, drogas e rock n roll”. Culturalmente, uma parte dos baby boomers ajudaram a criar uma geração que valoriza a liberdade individual, a experimentação e a diversidade. Eles também introduziram novas formas de expressão artística, como o rock n’ roll, o movimento hippie e o movimento feminista, que foram adotados por parte dos seus filhos da geração X e Y. Em seguida geração X influenciariam seus filhos da geração Y e Z.

Geração X

As pessoas da geração X tendem a ser mais céticas em relação às instituições financeiras, governos, políticos e às promessas de “dinheiro grátis”, riqueza fácil ou rápida. Mas é claro que existem exceções.

As pessoas dessa geração comemoraram o fim da guerra fria e o colapso da União Soviética com seu ideal comunista. Vale lembrar que durante a Guerra Fria, a União Soviética promoveu a disseminação do comunismo como uma ideologia global e buscou expandir sua esfera de influência para além das fronteiras soviéticas. A União Soviética apoiou movimentos e governos comunistas em outros países por meio de intervenções militares e apoio financeiro e ideológico, como em Cuba, Vietnã e Angola. A União Soviética via esses esforços como uma forma de estender a influência comunista sobre o mundo.

Os mais jovens da geração X cresceram brincando de “Jogo da Vida da Estrela” e “Banco Imobiliário da Estrela” e tinham como heróis personagens de filmes como Rocky Balboa e Top Gun.

Na geração X encontramos mais pessoas que valorizam a independência financeira, liberdade e autossuficiência das pessoas. Muitos da geração X buscaram o empreendedorismo durante a vida. Nos investimentos, buscam ativos que pagam juros, dividendos, aluguéis e outras fontes adicionais de renda com o objetivo de conquistar uma vida menos dependente dos empregos e das aposentadorias do governo.

A geração X tem maior propensão a planejar para o futuro e pensar em sua segurança financeira a longo prazo. Eles ainda lembram como era viver na hiperinflação, congelamento de preços, escassez de produtos que dificultava o ato de poupar e investir.

A geração X tende a ser mais cética em relação a investimentos de curto prazo ou que estão na moda, e prefere se concentrar em investimentos que possuem um histórico de desempenho estável e, dessa forma, são diferentes da geração Y (millennials).

A geração X foi influenciada por diversos autores de educação financeira que surgiram no final dos anos 90. Um conhecido livro publicado foi o “Pai Rico Pai Pobre” publicado em 1997, escrito por Robert Kiyosaki que é um baby boomer (nascido em 1947) que passou sua vida criticando as decisões financeiras dos próprios baby boomers (que sonhavam com um emprego seguro e uma aposentadoria). Foi um dos primeiros livros que tive acesso sobre o assunto na minha juventude. Seus conceitos são a base do meu livro sobre independência financeira, que está adaptado para a nossa realidade brasileira e o contexto que vivemos aqui.

A maioria dos leitores do Clube dos Poupadores, atualmente, faz parte da geração X ou está entre os mais velhos da geração Y (mais de 35 anos).

Geração Y (Millennials)

Muitos da geração Y ou Millennials se interessam por criptomoedas e buscam retorno rápido sem muita preocupação com os riscos. Muitos da geração Y foram criados na frente de uma TV com videogame. Já era possível ter uma TV em cada quarto da casa. Muitos tiveram seu próprio celular ainda jovens e formaram seu imaginário assistindo as mágicas do Harry Potter. Essa geração colheu a estabilidade construída pelas gerações dos seus pais e avós.

Os mais jovens da geração X e os mais velhos da geração Y viram a internet comercial nascendo e muitos passaram a trabalhar com tecnologia da informação. Muitos empresários, donos de grandes empresas de Internet e redes sociais, atualmente, são da geração millennials, como é o caso de Mark Zuckerberg, dono do Facebook, Instagram e Whatsapp.

Parte das pessoas dessa geração, principalmente os mais jovens, estão preocupados com o que é politicamente correto, questões sociais, ambientais, raciais e outras que possam sinalizar virtudes associadas aos investimentos que fazem, empresas onde trabalham ou produtos que consomem. Foi uma geração doutrinada para agir assim.

A geração mais frequentemente associada ao relativismo pós-moderno é a geração Y. O relativismo pós-moderno é uma teoria filosófica que afirma que não há uma verdade objetiva, universal e absoluta, e que todos os sistemas de crenças e valores são igualmente válidos e relativas a um determinado contexto cultural, histórico e social. Os baby boomers e a geração X (avós e pais da geração Y), foram influenciados por valores mais tradicionais.

Na geração Y tudo passa a ser relativizado como se não existissem mais verdades sobre nada. Parte da geração Y não esteve interessada em casamentos, constituição de família e ter filhos como ocorria nas gerações anteriores. Muitos dessa geração estiveram mais preocupados em viajar e “curtir a vida”. Segundo Zygmunt Bauman, os relacionamentos se tornaram “líquidos” ou com pouco ou nenhum compromisso. Muitos dessa geração amadureceram tardiamente (a adolescência foi alongada). Existem muitos millennials que foram sustentados pelos pais, na fase adulta, por muitos anos.

Muitas mulheres e homens millennials adiaram a maternidade/paternidade e o casamento até uma idade avançada, já que priorizaram a profissão e os gastos com o estilo de vida. Muitos resolveram não ter filhos. Existem aqueles que se consideram “pais de pet”, oferecendo aos seus animais um alto nível de cuidado e atenção, incluindo alimentação saudável, exercícios, planos de saúde e outros custos para manter o bem-estar de seus “filhos pet”.

Ao questionar as religiões e as tradições, os millennials se tornaram grandes consumidores de livros de autoajuda, cursos e conteúdos produzidos gurus, coaches, terapeutas das mais variadas e exóticas áreas e “especialistas” autodeclarados que povoam as redes sociais. Investiram tempo e dinheiro em tudo que é alternativo: religiões alternativas, alimentos alternativos, tratamentos alternativos, relacionamentos alternativos, investimentos alternativas etc.

Algumas pessoas da geração Y acreditam mais facilmente em qualquer influenciador que apareça na tela do seu celular falando sobre as vantagens de um investimento qualquer ou do seu estilo de vida específico. Geralmente também são influenciadores da geração Y. Acreditam facilmente em histórias bonitas de marketing que sinalizam a virtude de determinadas empresas, investimentos e produtos.

Existem estudos mostrando que essa geração pode ser facilmente levada a buscar ganhos rápidos e “emocionantes” em vez de estratégias de investimento mais conservadoras e de longo prazo com foco na independência financeira e estabilidade financeira. As vezes a geração Y perde dinheiro em esquemas de pirâmide e golpes financeiros.

Enquanto a geração X avalia os investimentos de forma objetiva, como base os resultados financeiros (custo/benefício, lucros, dividendos, juros etc.), os millennials (principalmente os mais jovens da geração) estão mais preocupados com a “pegada de carbono”, diversidade de gênero, politicamente correto e outras questões ideológicas, ecológicas e sociais subjetivas relacionadas aos investimentos.

Parecer ser, se tornou mais importante do que realmente ser.

As empresas aproveitam essa situação, já que sempre será mais fácil usar o marketing para sinalizar virtudes do que oferecer investimentos, produtos e serviços com boa relação de custo/benefício para os consumidores e investidores.

Muitas empresas transformam o ambiente de trabalho em lugares artificialmente “divertidos” para essa geração. É comum o millennial preferir ganhar menos em uma empresa “divertida” e comprometida com seus valores. Eles aceitam pagar mais caro por produtos e serviços com uma “roupagem” ou uma “fantasia” alinhada com seus valores.

A mesma lógica é usada para escolher os conteúdos e influenciadores preferidos na internet. É mais importante que o influenciador seja engraçado, divertido e defensor de determinadas agendas do que ter conhecimento técnico, coerência e experiência sobre um determinado tema.

Geração Z

A geração Z ainda é muito jovem. Eles estão começando a entrar no mundo dos investimentos e no mercado de trabalho. A idade deles varia entre 9 e 23 anos em 2023.

Parte da geração Z é filha de pais da geração X e outra parte é filha da geração Y e isso pode fazer uma grande diferença no seu comportamento.

Muitos chamam a Geração Z de “pós-millennials” ou “zoomers”. A geração Z consome uma grande quantidade de conteúdo de vídeo on-line por meio de plataformas de streaming, como Netflix e YouTube.

Cresceram bombardeados pelas ideias da geração Y, como uma doutrinação, através das redes sociais, imprensa e da própria escola.

É uma geração que teve a sua educação delegada a terceiros.

A geração Z e os mais jovens da geração Y também costumam ser chamados de “Geração Mimimi”, pois alguns que fazem parte dessa geração são vistos pelas gerações anteriores como excessivamente sensíveis, emocionais e “reclamões”, especialmente nas redes sociais. Muitos praticam comportamentos que são considerados como “politicamente corretos” ou excessivamente cuidadosos com as palavras, ações, sentimentos etc. Alguns críticos (geralmente da geração X e gerações anteriores) afirmam que essa geração é mais propensa a se sentir ofendida e exigir do governo (políticos) mudanças em questões sociais, legais, culturais, econômicas e etc.

“Os jovens de hoje em dia foram ensinados a pensar que eles são mais importantes do que qualquer outra pessoa, e que suas opiniões são tão importantes quanto as opiniões de qualquer outra pessoa. Eles foram ensinados a pensar que eles são especiais, que merecem respeito simplesmente por existirem, em vez de terem que ganhá-lo através de suas ações e comportamentos.” – Jordan Peterson

Jordan Peterson é um psicólogo que nasceu entre a geração boomer e geração X que costuma fazer duras críticas sobre o comportamento das gerações mais jovens.

“Eu acho que as pessoas mais jovens de hoje em dia são um pouco perdidas. Elas não têm ideia de onde vieram, não têm ideia do que seus pais e avós passaram por elas, não têm ideia dos valores e tradições que foram transmitidos a eles.” – Jordan Peterson.

É claro que pessoas das gerações anteriores podem assimilar facilmente o comportamento de gerações mais jovens, pois é uma forma de não se sentirem “velhos” ou desatualizados. Existem muitos “velhos” de antigas gerações que se esforçam para se comportarem como adolescentes. Se você acredita que precisa amadurecer, comece lendo os livros de Jordan Peterson.

Guerra geracional

Existe uma tensão entre as gerações, pois cada geração é moldada por circunstâncias únicas e tem suas próprias perspectivas e valores. Como existe uma evidente falta de diálogo e até uma censura contra gerações anteriores, as tensões entre gerações estão crescendo. A experiência e os conhecimentos acumulados dos antepassados são totalmente ignorados atualmente.

As gerações são categorias amplas, mas generalizando podemos observar algumas das tendências que são frequentemente associadas às gerações. Elas são responsáveis por uma série de atritos com base na orientação política que por sua vez interfere nas decisões de consumo, investimentos e de estilo de vida:

A geração Baby Boomer geralmente é associados com ideias de liberdade individual e de direitos civis. São frequentemente associados ao pensamento político conservador e de centro-direita.

A geração X são frequentemente associados com ideias de pragmatismo e individualismo. São muitas vezes descritos como politicamente moderados ou independentes. Alguns também podem se identificar com ideologias políticas libertárias ou liberais.

A geração Y (millenials) é frequentemente associada com ideias de diversidade, inclusão, idealistas e preocupados com questões sociais. São frequentemente associados com partidos políticos de esquerda, centro-esquerda ou progressistas. Alguns millenials também apoiam ideias libertárias ou liberais.

Por fim, a geração Z é frequentemente associada com ideias de inovação, reengenharia social (impor mudanças na sociedade), diversidade, conscientes socialmente e preocupados com questões como a sustentabilidade. Como ainda são muito jovens, ainda é difícil avaliar a orientação política predominante, mas tudo indica que muitos seguiram ideologias de esquerda, centro-esquerda e progressistas.

Os millennials e a geração Z não vivenciaram grandes crises na vida adulta e, talvez por isso, defendam tanto ideias ou ideologias que resultam em crises.

A geração Y (millennials) e a geração Z é considerada mais alinhada a ideologias progressistas e de esquerda do que as gerações anteriores, como a geração X e os baby boomers. Isso se deve, em parte, ao fato de que muitos dos membros da geração Y cresceram em um ambiente de maior estabilidade econômica.

Quando você nasce e cresce em um ambiente estável e está de “barriga cheia” e com seus boletos pagos (pelos seus país e avós) tende a se preocupar com outras questões relacionadas a “sinalização de virtudes”, transformação de sociedade, engenharia social, revoluções, ideologias e uma série de ideias utópicas que estão em livros e filmes sobre um futuro “perfeito” para a humanidade que será imposto.

Os millennials se caracterizam como aqueles que estão buscando por uma alternativa ao capitalismo que produziu todo o progresso que eles desfrutaram desde a infância.

Os millennials e a geração Z fazem muito barulho nas redes sociais enquanto a geração X e baby boomers se manifestam menos utilizando a internet. Isso cria a falsa impressão de que toda a população pensa como os millennials e geração Z.

Inevitavelmente isso resulta em um conflito entre gerações.

  • Baby Boomers: cerca de 12% a 16% da população brasileira pertence a essa geração, de acordo com o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) e outras fontes;
  • Geração X: cerca de 22% a 24% da população brasileira pertence a essa geração;
  • Geração Y ou Millennials: representa cerca de 29% a 35% da população brasileira;
  • Geração Z: representa cerca de 22% a 25% da população;

No Brasil, a maioria dos parlamentares é composta por membros da geração baby boomer. Muitos deles são pais da geração millennials. Os políticos tendem a ser populistas e costumam agradar as gerações que fazem mais “barulho” nas redes sociais (geração Y e Z).

Cultura woke

O modo de pensar da geração millennial e da geração z é muito influenciada pela “cultura woke”. É uma cultura que atingem jovem de classe média que vivem nas grandes cidades. Esses jovens acreditam que são pessoas injustamente privilegiadas que vivem em um mundo injusto e, por esse motivo, devem lutar e fazer ativismo para destruir o velho mundo (da geração bommer e geração X) para criar um mundo melhor. Podemos dizer que são jovens se rebelando contra seus pais e/ou seus avós.

“A cultura woke não é realmente sobre justiça social. É sobre ideologia. É uma forma de fundamentalismo. É uma forma de doutrinação. E isso é muito perigoso. Se você já leu sobre o que aconteceu em outras sociedades quando doutrinas ideológicas foram empurradas com força, sabe que isso nunca acaba bem.” – Jordan Peterson

Se você tem filhos ou netos, provavelmente já percebeu a influência da cultura woke no modo de pensar e de se comportar dos seus filhos. A cultura “woke” tem sido objeto de críticas de diversos setores da sociedade. Ela já está dentro das empresas, das instituições financeiras e dos governos de diversos países. Algumas críticas comuns que interferem na vida familiar, ambiente de trabalho, investimentos, economia e na política são:

  • Divisão: a cultura “woke” é divisiva, pois enfatiza as diferenças entre as pessoas, em vez de enfatizar a unidade e a solidariedade como ocorriam nas gerações anteriores que eram mais apegadas a valores religiosos (cristãos). A ênfase na diferença pode levar à segregação, ressentimento e animosidade entre grupos, em vez de promover a inclusão e a diversidade que dizem estar combatendo.
  • Intolerância: Outra crítica comum é que a cultura “woke” promove a intolerância, pois se concentra em proteger “minorias” e fazem isso no combate do que consideram “politicamente incorreto” através de meios que resultam em censura, limitação da liberdade de expressão e ao enfraquecimento do debate público.
  • Vitimização: Alguns críticos argumentam que a cultura “woke” incentiva a vitimização, pois promove uma visão das pessoas como vítimas em vez de agentes de mudança. Eles argumentam que essa abordagem pode levar à falta de responsabilidade pessoal e à criação de uma cultura de vitimização.
  • Política de identidade: Outra crítica é que a cultura “woke” enfatiza a política de identidade em detrimento de outros valores, como a meritocracia ou a liberdade individual tão defendida pelas gerações dos pais e avós da geração Y e Z. Essa abordagem pode levar a uma sociedade fragmentada, em que as pessoas são divididas por sua identidade em vez de se unir em torno de valores comuns. No passado as pessoas se sentiam unidas por sua nacionalidade, valores religiosos, cultura regional etc.
  • Hipocrisia: Por fim, alguns críticos acusam a cultura “woke” de hipocrisia, pois muitos de seus defensores são vistos como privilegiados e afastados das realidades das pessoas comuns.

Com base nessa cultura as pessoas passam a exigir mais benefícios, subsídios, bolsas, vantagens e leis dos políticos. Com isso, os políticos encontram justificativas para cobrar mais impostos, obter mais poder e controlar/limitar as liberdades individuais.

No vídeo abaixo você verá alguns estudiosos, que nasceram nas gerações passadas, opinando sobre os perigos da cultura Woke. Clique na imagem abaixo para assistir ao vídeo. Caso não consiga assistir ao vídeo abaixo, tente visitar aqui.

Empresas e as instituições financeiras atualmente são ativistas dessa cultura. Os investimentos possuem “etiquetas” de virtudes. Os resultados das empresas são muitas vezes ignorados enquanto se valoriza sinais de virtudes que muitas vezes são produzidos de forma fantasiosa por equipes de marketing. Políticos, principalmente os mais populistas, apoiam qualquer cultura que entregue para eles mais impostos e mais poder.

Gerações mais antigas já estão aposentadas ou próximas da aposentadoria. Muitos estão preocupados com a proteção do patrimônio que estão acumulando para a independência financeira. Medidas que prejudicam a aposentadoria, prejudicam o empreendedorismo e investimentos que geram renda, lucros, dividendos e ganho de capital serão frequentes no mundo cada vez mais controlado pelas gerações mais novas.

A criação de impostos que taxam o patrimônio, dividendos, aluguéis e a renda, serão cada vez mais frequentes devido ao vitimismo das novas gerações que exigem cada vez mais benefícios dos governos. O risco de volta da inflação, de forma consistente, como ocorreu no passado, também não deve ser descartado, principalmente quando o país estiver sendo governado por políticos que prometem mais gastos públicos e pouca preocupação com a responsabilidade fiscal (só gastar o que se arrecada)

É por esse e por outros motivos que você deve investir nos seus conhecimentos sobre os mais diversos tipos de investimento.

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