Este é mais um artigo da série sobre como os vícios no nosso comportamento podem prejudicar a conquista da independência financeira e como as empresas e os políticos se aproveitam de nossas fraquezas.
Hoje vamos falar sobre os efeitos destrutivos da inveja contra os pilares fundamentais de um bom plano para se conquistar a independência financeira, que são:
- O trabalho – para que se possa transformar tempo e habilidades em dinheiro;
- O hábito de poupar – para que você possa guardar uma parte dos frutos do seu trabalho;
- O hábito de investir – para que você possa multiplicar, de forma passiva, esse dinheiro que você conseguiu salvar do consumismo, tendo como objetivo uma vida mais independente no futuro.
Soberba e inveja formam um “casal”. Geralmente andam de mãos dadas. São vícios primordiais, de onde nascem os outros vícios. O artigo anterior foi sobre a soberba.
A inveja prejudica o trabalho
O trabalho é o primeiro pilar da independência financeira, pois é a fonte de renda que permite pagar as despesas básicas e acumular capital pensando no futuro.
Para ter um trabalho produtivo e satisfatório, é preciso ter motivação, dedicação, criatividade e cooperação. No entanto, a inveja irá minar essas qualidades e gerar inúmeros problemas ao invejoso e aos que estiverem no seu entorno. Por exemplo:
- A inveja pode fazer com que você se compare constantemente com os seus colegas de trabalho e se sinta inferior ou injustiçado por não ter o mesmo salário, cargo, reconhecimento ou benefícios que eles. Uma pessoa livre da inveja deveria perceber que as diferenças são naturais, já que seus colegas de trabalho podem ter diferentes habilidades, experiência acumulada, eficiência, eficácia, dedicação etc. Uma pessoa livre da inveja provavelmente buscaria conselhos, inspiração e motivação das pessoas que estão em situação melhor.
- A inveja pode fazer com que você perca o foco nas suas tarefas e objetivos e se distraia com o que os outros estão fazendo ou conquistando. Isso é muito frequente e quando você perde seu foco, você não se desenvolve e seus resultados sempre serão medianos. O invejoso está sempre muito preocupado com o outro e gasta tempo e energia com isso.
- A inveja pode fazer com que você tenha uma atitude competitiva hostil com os seus colegas de trabalho e tente sabotar, criticar ou desmerecer o trabalho deles para se sentir melhor ou superior. Só que isso não vai agregar nada de útil na sua vida. Será justamente o contrário. Além de perder o emprego, você pode queimar a sua imagem para sempre no mercado onde atua. O mundo está cheio de gente sem emprego por ter construído uma fama ruim como profissional. Assim como existem pessoas disputadas no mercado de trabalho, muitos profissionais são evitados.
- A inveja pode fazer com que você perca oportunidades de aprendizado e crescimento profissional por não reconhecer ou valorizar as qualidades e habilidades dos seus colegas de trabalho e não buscar a troca de experiências e conhecimentos com eles. A inveja é algo que parece emitir um cheiro. As pessoas conseguem sentir o cheiro da inveja.
- Todas essas consequências da inveja podem prejudicar o seu desempenho, a sua reputação e a sua carreira no trabalho, além de afetar a sua saúde mental. Vários estudos mostram que a inveja gera sentimentos negativos como insatisfação, ressentimento, raiva, tristeza e frustração (fontes de outros vícios). Pessoas que carregam esses sentimentos no ambiente de trabalho logo vão se aproximar de pessoas parecidas (igualmente mediocres). As vezes essas pessoas se envolvem em militâncias, ativismos, greves, protestos e outras atividades baseadas no espírito revolucionário da inveja. Vou falar mais sobre esse espírito no artigo, pois ele sempre foi fonte de problemas para toda a humanidade.
A inveja prejudica o hábito de poupar
O hábito de poupar é o segundo pilar da independência financeira, pois é a forma de reservar uma parte da renda para formar uma reserva de emergência e realizar sonhos e projetos futuros.
Para poupar é preciso ter disciplina, planejamento, controle e consciência sobre sua vida financeira.
O problema é que a inveja pode interferir nessas características e gerar problemas. Por exemplo:
- A inveja pode fazer com que você gaste mais do que ganha para tentar acompanhar o padrão de vida dos seus amigos, familiares ou vizinhos que são alvo de sua inveja. Muitas vezes, por inveja, as pessoas fazem dívidas para reduzir a “dor” que sentem. Inveja dói. As empresas sabem disso e frequentemente estimulam a inveja entre as pessoas, através da publicidade e influenciadores, como forma de elevar suas vendas.
- A inveja pode fazer com que você compre coisas por impulso ou por status para tentar impressionar ou superar as outras pessoas e não por necessidade ou utilidade. Tão miserável quanto o invejoso é aquele que gasta tempo, dinheiro e energia provocando inveja nos outros. Você joga no lixo o dinheiro que poderia acumular para investir e conquistar uma vida mais livre no futuro. Isso é muito explorado pela publicidade.
- A inveja pode fazer com que você negligencie as suas prioridades e metas financeiras e não tenha um planejamento ou um controle dos seus gastos e receitas. Assim como as empresas possuem uma agenda com foco em vender mais, você deveria ter sua agenda de prioridades e certamente sua prioridade não deveria ser garantir os lucros das empresas que vendem futilidades relacionadas com a inveja.
- A inveja pode fazer com que você perca a noção do valor do dinheiro e do seu esforço para ganhá-lo e não tenha uma consciência financeira sobre as suas escolhas e as suas consequências. Quando você inveja as conquistas do outro, você dificilmente reflete sobre todo tempo e esforço que essas pessoas investiram para chegarem aonde chegaram. Dificilmente você assume que não está disposto a pagar esse preço.
A inveja prejudica o hábito de investir
O hábito de investir é o terceiro pilar da independência financeira, pois é a forma de fazer o dinheiro trabalhar para você e multiplicar o seu patrimônio ao longo do tempo. Para investir com inteligência você precisa de conhecimento, estratégia, paciência e diversificação. O problema é que a inveja pode comprometer tudo isso. Muitos influenciadores que falam sobre investimentos, trabalham evocando a inveja de suas audiências. Alguns influenciadores que falam sobre investimentos gostam de exibir seu estilo de vida (que muitas vezes é teatral) e gostam de mostrar o que estão comprando e onde estão investindo. Frequentemente são pessoas patrocinadas por bancos e corretoras e exercem pais de atores e atrizes diante do público.
Vamos ver mais exemplos:
- A inveja pode fazer com que você invista em produtos ou mercados que você não conhece ou não entende, já que seus amigos, familiares ou desconhecidos da internet estão investindo e obtendo bons resultados. Tem gente que decide sobre onde investir através da influência influenciadores que aparecem do nada nas redes sociais ou de famosos que são pagos para divulgar algo que parece investimentos, mas que nem sempre é investimento. Desconfie de influenciadores que ficam nas redes sociais mostrando os investimentos que fazem, principalmente se eles estão o tempo inteiro tentando fazer você sentir inveja dos resultados.
- A inveja pode fazer com que você mude constantemente a sua estratégia de investimento e não tenha uma visão de longo prazo, buscando retornos rápidos e expressivos sem considerar os riscos envolvidos. Nunca esqueça que as corretoras e os bancos ganham mais dinheiro quando convencem você a tirar o dinheiro de um investimento e pôr no outro. Eles querem que você faça isso com muita frequência. Sites de notícias sobre investimentos estão o tempo inteiro propagando os resultados dos outros, motivando você a ficar trocando de investimentos. A maioria dos sites de notícias sobre investimentos possuem instituições financeiras como sócias.
- A inveja pode fazer com que você perca a paciência e a tranquilidade para lidar com as oscilações do mercado e tome decisões emocionais e precipitadas que podem resultar em prejuízos.
- A inveja pode fazer com que você não diversifique a sua carteira de investimentos e coloque todos os seus ovos na mesma cesta, ficando vulnerável a perdas significativas.
Indústria da inveja
O objetivo das empresas é vender mais. Elas vão utilizar todos os recursos necessárias para isso. Estimular a inveja entre as pessoas faz parte desse jogo de manipulação. Da mesma forma, você deve fazer o seu devedor de casa, não permitindo ser manipulado, pois assim como a empresas você também tem seus objetivos pessoais. Se você não tem sua agenda de prioridades, crie uma.
Vamos ver aqui uma lista de indústrias que utilizam a inveja como uma forma de aumentar suas vendas:
- Indústria da moda: eles criam um senso de exclusividade, de status e de tendência entre os consumidores, que desejam ter as roupas, os acessórios e os sapatos que estão na moda ou que são usados por celebridades e influenciadores bem pagos para realizar o grande teatro. Tudo nesse mundo é manipulação. Tente utilizar roupas consideradas atemporais (que nunca saem de moda). Não se importe com as marcas e nem com as pessoas que vivem de promover as marcas. Ninguém é verdadeiramente oficial por andar marcado.
- Indústria automobilística: a inveja é uma forma de despertar o desejo por carros novos, modernos, potentes e luxuosos, que são associados a uma imagem de sucesso, de poder e de prestígio social. Se você tem uma profissão que precisa exibir sucesso, como estratégia de marketing, tente comprar um veículo atemporal. Faça parte do teatro das aparências com inteligência.
- Indústria cosmética e estética: costuma usar a inveja como uma forma de incentivar o consumo de produtos que prometem melhorar a aparência, a saúde e a autoestima dos consumidores, que podem se comparar com padrões de beleza inatingíveis ou com pessoas que consideram mais bonitas ou mais jovens. Estão sempre patrocinando os influenciadores mais invejados das redes sociais. Eles sempre estão inventando mais uma forma de fazer você gastar dinheiro. Cuidar da aparência é importante, até por questões profissionais, mas tudo atualmente tende ao exagero.
- Indústria eletrônica e acessórios de luxo: muitos produtos de marca são um atestado de tolice, quando exibidos por pessoas que estão se sacrificando para vivenciar essa ostentação.
- Indústria imobiliária: não existe maior insanidade do que comprar um imóvel com preço muito além da sua realidade financeira, parcelado por décadas, apenas para produzir inveja. Seus amigos e parentes que ostentam imóveis caros provavelmente escondem uma dívida milionária. O seu imóvel precisa ser compatível com sua realidade e com a sua agenda para o futuro. Pouco importa o que as pessoas vão pensar sobre o seu imóvel, principalmente se for o primeiro imóvel. Deixe para comprar o imóvel dos sonhos no futuro.
Eu poderia listar muitas dezenas de indústrias que utilizam a inveja como forma de estimular as vendas. Existem pessoas que tomam todas as decisões de compra com base no nível de inveja que a escolha vai provocar entre os amigos do trabalho, familiares, vizinhos e gente estranha que está por toda parte. Antes de comprar qualquer coisa você deve refletir se o principal motivador é a ideia de provocar inveja ou a ideia de reduzir a dor da sua inveja.
Ideologias da Inveja
A inveja também interfere na sua forma de ver o mundo. A história comprova que a inveja sempre foi um fator importante de manipulação dos políticos, principalmente aqueles associados a ideologias que promovem movimentos revolucionários.
Quando as pessoas sentem inveja de outras pessoas que têm mais do que elas, elas podem se tornar mais propensas a apoiar movimentos que prometem mudar a sociedade. Muitas vezes mudar a sociedade significa destruir o que existe para pôr no lugar alguma utopia ou teoria simplista que nunca funcionou.
Os líderes de movimentos revolucionários costumam explorar a inveja das pessoas para as manipular. Eles fazem isso prometendo às pessoas que, se eles chegarem ao poder, vão redistribuir a riqueza, privilégios, direitos, reparações históricas e dar a todos uma chance igual de sucesso e prosperidade. A história está repleta de exemplos de pessoas manipuladas por ideias revolucionárias.
Por exemplo, a inveja foi um fator importante na Revolução Francesa, considerada a mãe de todas as outras revoluções, tão admirada por aquele seu professor de história do ensino médio. O líder da Revolução Russa, Vladimir Lenin, também era um grande fã de revoluções. Ele prometeu às pessoas que ele ia acabar com a desigualdade de classes na Russa para criar uma sociedade socialista onde todos fossem iguais. Seria como construir um paraíso na Terra.
Existem pessoas que sinceramente acham que a inveja pode ser usada para o bem. Essas pessoas acreditam que disseminar a inveja na sociedade pode ajudar a motivar as pessoas a lutar por uma vida melhor. A teoria é bonita, mas a prática demonstrada pela história nos apresenta que a inveja é um mal e sempre resulta em violência e destruição. É por esse motivo que ela é utilizada para manipulação política.
Aqui estão alguns exemplos de como a inveja foi usada para promover movimentos revolucionários que refletem na sociedade até hoje, pois suas ideias se espalharam por todos os povos.
A Revolução Francesa foi motivada pelo ressentimento de uma classe média intelectualizada que conseguiu envenenar, com a ira e a inveja, os camponeses e os trabalhadores urbanos contra a monarquia e a Igreja Católica. Todo discurso da revolução era baseado na inveja da riqueza e um ódio contra as virtudes encontradas nos religiosos (embora seu professor de história não tenha falado sobre isso). Pesquise sobre a decapitação das “Carmelitas de Compiègne” (texto) (vídeo). Nos primeiros anos, a revolução matou mais de 40.000 por execuções sumárias, a maioria de pessoas indefesas e que simplesmente alertavam para o erro que estava sendo cometido. A maioria das revoluções são baseadas em utopias e sempre existem pessoas que compreendem isso rapidamente e precisam ser “decapitadas”. A ideia de liberdade, igualdade e fraternidade da Revolução Francesa é uma utopia, já que onde existe liberdade de ação é impossível existir igualdade de resultados. Já a fraternidade é uma virtude moral que não pode ser imposta pela força contra toda a população. A história comprova que quando um governo impõe pela força a fraternidade, ele obrigatoriamente instaura uma forma de ditadura tirânica.
A Revolução Russa foi motivada pelo ressentimento, também usado para manipular trabalhadores e camponeses contra o restante da sociedade, apenas para que servissem de instrumento para que um pequeno grupo ideológico intelectualizado invejoso assumisse o poder. A Revolução Russa teve inspiração na Revolução Francesa. Nenhum revolucionário estava genuinamente interessado no bem das pessoas. A população foi apenas usada para atingir um fim. Muitos dos líderes da Revolução Russa, como Vladimir Lenin e Leon Trotsky, eram admiradores da Revolução Francesa e se inspiraram em seus ideais de liberdade, igualdade e fraternidade (que é uma utopia, pois nunca existe liberdade após a revolução). Até hoje, o espírito das antigas revoluções inspira novas revoluções baseadas em mentiras que inflamam a inveja nas pessoas. Lenin foi um dos fundadores da Internacional Comunista. Foi essa organização internacional, que opera até hoje, que espalhou os erros da Rússia por todo o planeta, através da fundação de partidos comunistas e socialistas que atrapalham a vida de milhões de pessoas em todos os países do mundo, incluindo o Brasil, veja a lista completa de países. Todas as revoluções que esse movimento produziu no último século resultou em centenas de milhões de mortes, corrupção e depravação moral e ética.
Inveja na psicologia e religião
Como sendo um vício comportamental, é muito difícil o invejoso assumir que é invejoso (como ocorre com qualquer vício). Os psicólogos consideram a inveja patológica um transtorno de personalidade. As pessoas com inveja doentia podem se sentir inferiores, inadequadas e ameaçadas pelos outros. Essas pessoas podem se tornar obcecadas com a obtenção de coisas que os outros têm (incluindo direitos e reparações), e podem recorrer a comportamentos destrutivos, como fofoca, sabotagem e até violência, para alcançar seus objetivos.
Se você tem inveja do sucesso dos outros e sente que existe um espírito revolucionário dentro de você, recomendo a leitura desse livro aqui, que me foi indicado por um leitor do Clube dos Poupadores. Ele foi escrito por um psiquiatra.
A psicologia é uma invenção recente. Ela surgiu no final do século XIX quando pessoas que se achavam cientistas ofereciam tratamentos psicológicos baseados em sangrias, eletrochoque e lobotomia.
Nossos antepassados tinham a religião para cuidar desses assuntos. Seus antepassados lidavam com o problema da inveja através da religiosidade.
Provavelmente os pais dos seus pais ou os avós dos seus pais eram católicos ou seguiam outra denominação cristã. Entre os católicos esses vícios de comportamento recebem o nome de “Sete Pecados Capitais”. Entre esses sete vícios, os dois piores são a soberba e a inveja, pois são os únicos que atingem até seres superiores que os cristãos chamam de anjos.
Na tradição católica, acredita-se que Lúcifer, um poderoso anjo, tornou-se invejoso de Deus e quis ser como Ele (soberba). Isso foi possível por existir a ideia de liberdade. Na tradição, anjos, assim como os seres humanos, são livres para fazer escolhas. A existência do mal é uma consequência da existência da liberdade de escolha. Somente os animais, que não são livres de seus instintos, desconhecem a diferença e a escolha entre o bem e o mal.
De acordo com a tradição cristã, Lúcifer, que também é conhecido como Satanás, promoveu a primeira de todas as revoluções. Considerado pai da mentira, ele conseguiu convencer, um terço dos anjos que também se rebelaram contra Deus. Lúcifer e seus seguidores revolucionários foram expulsos e passaram a perambular pela Terra, tentando atrair novos revolucionários entre os humanos. Teoricamente, esse recrutamento continua e com muito sucesso.
Na tradição católica, a inveja e a soberba também foram a base da desobediência de figuras como Eva e Adão. A cobra, que era Lúcifer, o anjo caído, estava invejosa de Eva, porque ela era perfeita e tinha a comunhão com Deus. Lúcifer seduziu Eva com promessas de poder. Ele disse a Eva que se ela comesse o fruto da árvore, desobedecendo a regra de forma revolucionária, ela seria como Deus. Eva foi enganada pelas palavras de Lúcifer. Contaminada pela soberba e pela inveja, iniciou a primeira revolução na Terra e a segunda revolução iniciada por Lúcifer. Essa história de ser como Deus é algo bem atual, veja aqui.
A inveja, soberba e suas revoluções continuaram a se espalhar pela Terra, segundo a tradição religiosa. Essa tradição diz que Abel e Caim eram irmãos, filhos de Adão e Eva que foram expulsos e agora precisavam trabalhar para se sustentar.
Abel era um pastor (cuidava de animais), enquanto Caim era um agricultor (cuidava de plantas). Abel era muito esforçado e Caim era preguiçoso. Caim sentiu inveja do irmão Abel ao perceber que Deus parecia beneficiar o irmão, que era mais esforçado, se sacrificava mais e por consequência tinha bons resultados na vida.
Caim queria ser com Abel, mas sem se sacrificar como Abel se sacrificava. Caim invejou Abel e resolveu iniciar mais uma revolução na busca por justiça. Todo invejoso se sente injustiçado. Então Caim disse a Abel: “Vamos sair ao campo”. Quando estavam no campo, Caim atacou Abel e o matou. Temos esse momento representado no final dessas imagens do filme Noé, lançado em 2014, visite aqui. Você verá que essa morte simboliza todas as guerras.
Eva, Adão e Abel. O nome desse quadro é “O Primeiro Luto” pintado em 1888 por William-Adolphe Bouguereau.
O que Deus disse para Caim ele matar o próprio irmão, serve para todos os invejosos revolucionários. O invejo sempre será aquele que planta e nada consegue colher, já que a inveja não produz frutos. O invejoso se tornará alguém que não constrói nada durante a vida, assim como Caim que se tornou um andarilho, que vagava pela vida sem ter um destino.
De um lado um invejoso soberbo e revolucionário que se sente injustiçado e do outro alguém que está se sacrificando, trabalhando e lutando.
O invejoso sempre terá resultados medíocres e sempre olhará com maldade as pessoas virtuosas e até as entidades espirituais que representam a virtude.
A inveja, junto com a soberba, é um vício e como todo vício ela pode ser usada para enfraquecer e manipular as pessoas. Olhe para a história e você verá impérios, sociedades e gerações inteiras destruídas por homens viciados contra homens virtuosos.
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“Se você não tem sua agenda de prioridades, crie uma.” Verdade. Não existe neutralidade absoluta no mundo. Se você não tem um plano, com certeza você faz parte do plano de alguém.
Olá, Bruno. É isso mesmo.
Não sei se já chegou a ler, mas vejo muito nos seus textos das ideias de “Mais esperto que o Diabo” de Napoleon Hill. As ações e decisões para não se tornar um “alienado” (na definição do livro) e de ter metas e objetivos, que são a base para chegar a algum lugar. A entrevista com o Diabo, ao longo do livro (uns dizem que foi verdadeira, outros dizem que foi só uma alegoria do autor para contar o que ele intencionava) consegue mostrar diversas facetas das vontades e dos desejos humanos que, sem serem observados e/ou controlados, podem nos levar por esses caminhos altamente destrutivos, para nós e aqueles próximos.
Olá, Eduardo. Não conheço o livro, mas conheço o autor. Ele é autor de um livro chamado “Quem Pensa Enriquece” que é baseada em uma ideia que eu acredito por ter vivenciado. Embora queiram convencer todo mundo de que a pobreza é apenas fruto de fatores externos e que devemos iniciar uma revolução contra os ricos, eu acredito na realidade de que existem hábitos, virtudes, habilidades e conhecimentos específicos que são responsáveis pelo enriquecimento (interno e externo). Qualquer a pessoa quer se desenvolver (enriquecer internamente) ela terá resultados positivos na vida financeira. Isso é quase uma regra da natureza. As pessoas que cultivam maus hábitos, que ficam apegadas aos vícios de comportamento, que não desenvolvem habilidades valiosas e não buscam o conhecimento valioso, não podem prosperar financeiramente. Até o mal, quando prospera, foi obrigado a desenvolver diversas habilidades para exercer sua maldade. Para essas pessoas que não querem mudar, só resta abraçar o espírito revolucionário da inveja, ódio e destruição. Existem pessoas mal-intencionadas prontas para recrutar e explorar essas pessoas.
Essa série de artigos está muito boa, alto nível.
Fico muito grato por ter sido encontrado por esse blog, mantido com pensamentos tão coerentes, simples e valoroso.
É muito difícil se livrar de vícios, quando não se sabe que é um viciado.
Textos como esse servem para jogar luz e destacar alguns pontos de atenção e cuidado durante a caminhada da nossas vidas!
Espero absorver e internaliza-los.
Olá, Pedro. Todos nós temos vícios. O natural é o esforço individual para controlar ou eliminar os vícios. O absurdo é que atualmente temos vícios que são exaltados como se fossem virtudes. Existem pessoas que se orgulham dos vícios que cultivam. Vivemos um mundo cada vez mais invertido. E isso torna ainda mais difícil o trabalho diário de buscar virtudes e evitar os vícios.
Esplêndido artigo, Leandro. Escrevo apenas para agradecer a você por sua paciência em relembrar elementos básicos da nossa cultura ocidental, os quais têm sido limados e vilipendiados, dia sim, outro, também!
Obrigado, Gabriel.
No Brasil temos um presidente, além de ser um descondenado, extremamente rancoroso, soberbo e invejoso.
Há uma perseguição aos que se opõem à agenda comunista.
O País está afundando.
O Brasil tem o presidente que a imoralidade e a ignorância da maioria permitem ter.
Texto fantástico. Faço um grande esforço para que meus filhos de 16 e 18 anos entendam como o mundo funciona, e seus textos são de grandesíssima valia!
Olá, Marcos. Parabéns pelo esforço pelo entendimento dos seus filhos. Caso eles não entendam, permita que eles sofram as consequências.
Muito obrigada por seus textos! São fantásticos! Abraço!
Obrigado Martina.
Obrigado pelo artigo.
Parece-me que as indústrias da inveja citadas (da moda, automobilística, cosmética e estética, eletrônica e acessórios de luxo, imobiliária, e muitas outras) são molas propulsoras do sistema em que estamos inseridos, não?
O sistema capitalista “lucra” muito com a inveja. Imagine se não existisse inveja, certamente teríamos menos consumo. O PIB iria cair.
Se alguém tem uma coisa que eu não tenho, a semente da inveja é plantada. E quanto maior a aparência de uma injusta diferença entre os que têm e os que não têm, mais inveja, mais cobiça e mais raiva.
A desigualdade é impossível de ser sanada (nem se tivéssemos o mesmo DNA), mas a DESigualdade pode ser sempre combatida. Quando ela não é combatida, a tendência é ela crescer e crescer… a um ponto de inviabilizar convivências, de gerar violência a partir da inveja, da raiva e da cobiça.
As ideologias que têm por base a desigualdade e a meritocracia sofrem dessa crítica infelizmente: elas geram (semeiam) inveja.
Olá, Alexandre. As estratégias de marketing que fazem você comprar algo que não precisa, tendo como base uma série de vícios implantados na sociedade, é uma ferramenta relativamente recente. Junto com o decaimento moral das pessoas (incluindo os empresários), os fins passaram a justificar os meios. As pessoas gostam muito de culpar o capitalismo, mas não entendem que o problema está na falta de valores morais que cresce. Assim como empresários sem moral usam as pessoas, políticos sem moral fazem a mesma coisa, sindicalistas fazem a mesma coisa e assim por diante e assim por diante. Se a própria sociedade não tivesse em decadência moral, os produtos que exploram os vícios não teriam tanto sucesso, nem os políticos imorais e criminosos seriam eleitos.
Como praxe, excelente texto Leandro! Acrescentaria que após a revolução nunca existe liberdade, tampouco igualdade ou fraternidade. “Igualdade” quando justamente um grupo, usando a ignorância ou do poder, acabe por subjugar e escravizar a população de diversas maneiras… e uma tentativa de “fraternidade”, fazendo caridade com o bem alheio (já lugar comum com a arrecadação de impostos).
Olá Robson. É exatamente isso.
Deixo aqui um poema de Ovídio, traduzido por Bocage, sobre a inveja, que pode ajudar a meditar esse tema tão atemporal:
A Gruta da Inveja
É a estância da Inveja em gruta enorme,
Lá nuns profundos vales escondida,
Aonde o sol não vai, nem vai Favônio.
Reina ali rigoroso, eterno frio,
De úmidas, grossas névoas sempre abunda.
O monstro vive de vipéreas carnes,
Dos seus tartáreos vícios alimento.
Da morte a palidez lhe está no aspecto,
Magreza e corrupção nos membros todos;
Olha sempre ao revés; ferrugem torpe
Nos asquerosos dentes lhe negreja.
Vê-se o fel verdejar no peito imundo,
Espumoso veneno a língua verte:
Longe o riso lhe jaz dos negros lábios,
Só se nos mais há pranto há nela riso,
Em não vendo chorar lhe acode o choro:
Não goza de repouso um só momento,
Os cuidados que a roem não sofrem sono:
Mirra-se de pesar, ao ver nos homens
Qualquer bem; rala, e rala-se a maligna,
É verdugo de si, ódio de todos.
Poderia ser um hino universal para todas as revoluções.
Olá Leandro,
Gostei bastante da mensagem do texto e da abordagem. Mas entendo que incluir a revolução francesa no mesmo patamar de outras revoluções como a Russa, não seja adequado. Você não mencionou a questão da revolução francesa que foi se opor contra um sistema absolutista monárquico. A não ser que você entenda que a monarquia é um sistema político justo.
Olá, Renato. Eu recomendo que você aprofunde seus estudos sobre isso.
Incrível esse artigo e a série, acredito que no Brasil e na maioria do mundo estão destruindo as famílias, pois assim fica muito mais fácil manipular as pessoas, manipular seus valores, implantar a inveja e a fazer uma revolução dos rebeldes sem causa, peço a Deus e faço o que posso para manter os princípios bíblicos. Grande abraço Leandro.
A fraqueza vem dos vícios comportamentais e a força das virtudes. Tudo indica que existe uma guerra silenciosa em curso.
Eu acompanho este site desde 2015. Posso dizer que esse foi o melhor artigo que abrangeu tudo que está ocorrendo nos dias de hoje. Para obtenção do sucesso demanda estudo, foco, dedicação e o fator primordial que é o tempo. Com os avanços tecnológicos, algumas pessoas querem tudo no “scrolling down” (deslizando do dedo, pois o click do mouse ficou no passado). Algumas pessoas não tem o interesse de extrair o melhor da tecnologia e acabam se frustando com a enxurrada de “vidas fakes sucedidas” demonstrada pelos influencer digitais (não estou generalizando). Com isso gera inveja nas pessoas que não obtem resultados imediamente satisfatórios. Perder tempo invejando e sabotando os outros, não nos levam ao sucesso. Apenas geram retrocesso, a famosa corrente que precisa de fato ser quebrada. Enfim, está de parabéns por esse artigo.
Obrigado, Aline. É isso mesmo que vivemos.
Texto muito lúcido e reflexivo (independente de correntes políticas e ideológicas); Parabéns e obrigado!
Obrigado Marcelo
Simplesmente excelente. Olha o que eu mais gosto nos seus textos e sua capacidades de enxergar areas diferentes dentro da area financeira. Levar as pessoas a refletirem e questionamentos. Sou enfermeira e moro nos EUA. Os americanos chamam de terra da oportunidade. E realmente e a verdade, porque se vc se libertar de correntes que te prende vc pode ser o que quer ser. Infelizmente concordo com tudo que vc cita acima. Principalmente com o jogo da política. Eu nao percebia a ,manipulacao dos politicos até eu começar a prestar atenção nos dois partidos americanos. O partido esquerdista aqui joga um contra o outro e prega ideologias utópicas que as vezes não consigo acreditar como milhões de pessoas podem acreditar nisso. Eles usam de igualdade (faculdade gratuita pra todos, adoção de milhões de imigrantes ilegais, ajuda de governo para todos, etc) e quem vai pagar para isso?
Oi Laine, isso que ocorre nos EUA está se espalhando por todo o mundo.