Aqui está um relato que recebi de um leitor do Clube dos Poupadores sobre silenciar diante de amigos e parentes:.
“Leandro, admiro a sua vontade e talento para ensinar e esclarecer esses assuntos referentes a educação financeira e investimentos. Imagino como deve ser desanimador falar o óbvio e ainda levar pedrada e ser visto como “capitalista malvado”.
Eu passo por isso frequentemente no meu ambiente de trabalho. Para muitas pessoas, a inflação é culpa dos empresários gananciosos, os juros altos deveriam ser reduzidos a qualquer custo, o governo deveria ajudar mais a população (aumento de salários e de benefícios, assistencialismo, etc.), os ricos deveriam ser ainda mais tributados, quem investe em títulos públicos está ajudando a destruir o Brasil…
Quando eu começo a argumentar na linha contrária, as pessoas continuam cegas, optando por não entender a real causa do problema… Não entendem o básico… Que a inflação é causada pelo Estado ao expandir a base monetária visando conseguir pagar suas dívidas oriundas de uma política irresponsável… Que os empresários simplesmente se adaptam ao cenário e ajustam seus preços para minimizarem seus prejuízos… Que tabelamento de preços nunca funcionou e nunca funcionará em nenhum lugar pois cria o efeito contrário e desestimula a produção… Que economias mais liberais estão diretamente associadas a populações que vivem com prosperidade… Que economias com interferência estatal estão diretamente associadas a crises e miséria…
Isso tanto me entristece quanto me irrita. Pois não é uma coisa que prejudica apenas os ignorantes. Esse tipo de pensamento fomenta todo o cenário de colapso que estamos presenciando, e que prejudica todos nós. Chegou no ponto de eu desistir de tentar ajudar/ensinar/conversar com meus colegas. Agora fico quieto. Durante as discussões, eu fico com cara de paisagem, não concordo e não discordo de nada, apenas assisto e contemplo a ingenuidade/ignorância alheia. Foco apenas em manter e aumentar os meus ativos, pois essa é a única coisa sob a qual eu tenho algum controle. O resto, paciência. Se a vítima quer se apaixonar e defender o estuprador, não posso fazer nada.”
Assim como esse leitor fez, muitos estão fazendo nesse momento. Muitos estão silenciando.
Podemos dividir as pessoas que discordam dos temas listados pelo leitor em dois grupos:
- Os que realmente são ignorantes financeiramente e talvez queiram aprender algo;
- Os que estão com a mente “possuída” por alguma ideologia que é contrária aos ensinamentos da educação financeira verdadeira, baseada no ato de poupar, investir e atingir a independência financeira.
Sendo assim, estamos diante de duas situações muito distintas que podem ser a ignorância simples e algo muito mais complexos que realmente funciona como uma possessão mental.
Quando falei sobre “verdadeira educação financeira” estou me referindo àquela que te motiva a prosperar e enriquecer até atingir algum nível de independência financeira. Cada pessoa escolhe até que nível de independência financeira compensa chegar, pois para tudo existe um custo.
A educação financeira falsa é aquela que ensina você a ser um bom pagador de prestações (um devedor) e um obediente seguidor de recomendações de funcionários e influenciadores pagos por instituições financeiras. É a educação financeira que os bancos, corretoras e o próprio governo propagam e financiam.
Se você entende que está diante de uma pessoa ignorante ou possuída por uma ideologia, você tende a se abalar menos quando essa pessoa começa a defender a própria ignorância ou a ideologia. Manter a tranquilidade é fundamental. Não compensa alterar o seu estado emocional a troco de nada.
Muitas vezes o silêncio é a melhor resposta. Observar, sem discordar ou concordar, é permitir que o destino dessa pessoa se cumpra. Sabemos que não existe ação sem reação. As consequências dos nossos atos com relação ao dinheiro são inevitáveis. Essas consequências podem tardar, mas não falham. As mentiras sobre o mundo do dinheiro não se sustentam no longo prazo.
O problema é que nem sempre podemos calar, pois a outra pessoa pode ser um filho, um irmão, uma esposa ou até mesmo os nossos pais. Para essas pessoas talvez compense o esforço de ensinar de forma paciente e sem que a pessoa perceba o que você está fazendo. Se essas pessoas muito próximas sofrerem problemas financeiros no futuro, é provável que você também sofra as consequências e, por isso, o trabalho de conscientizar possa compensar, mesmo com todas as dificuldades envolvidas.
Já para amigos, conhecidos do trabalho, vizinhos, parentes distantes e qualquer outro que assumirá sozinho as consequências de suas escolhas, pode ser melhor ficar calado, silenciar com sabedoria para poupar a sua energia e focar no que é importante para a sua vida e sua família. Não tente ser o herói de quem não pediu para ser salvo. Você corre o risco de ser “atacado” por quem pretende salvar.
Então, vamos considerar que você está diante de pessoas que valem a pena o esforço de ajudar. Mantenha a calma e evite discutir com elas, pois as pessoas são orgulhosas.
Se você transmitir a ideia de que elas são ignorantes ou estão mentalmente doentes, por culpa de uma ideologia, elas vão se fechar para a verdade e podem até ficar agressivas. Se você se alterar e se irritar, a pessoa verá isso como uma fragilidade a ser explorada.
Quando você está tranquilo e apresenta argumentos verdadeiros, você tende a permitir que a outra pessoa se exalte, se desequilibre e se perca nos argumentos que defendem a mentira. Muitas vezes ela mesma percebe que a sua tranquilidade e a exaltação dela, sinalizam que ela tem algum problema.
Existe um exemplo interessante no vídeo que está no artigo que escrevi sobre o efeito Streisand. O vídeo mostra um homem tranquilo pedindo para que pessoas possuídas por ideologias respondam uma pergunta bem simples. É incrível como elas não conseguem responder e logo começam a ficar muito irritadas. Como o homem que faz a pergunta continua tranquilo, a irritação nas outras pessoas aumenta ao ponto de elas perceberem a própria incoerência. A dor da incoerência é tão grande que elas tendem a fugir da entrevista ou partem para ataques pessoais na tentativa de desestabilizar o homem que faz e entrevista com tranquilidade.
As pessoas possuídas por uma ideologia se comportam como robôs com defeito, como se estivessem com alguma debilidade mental. Elas tendem a usar argumentos circulares, que é uma característica da loucura. Isso é muito comum quando entram na defesa de ideologias de esquerda, socialismo e comunismo. Elas não conseguem responder questões simples baseados no que é lógico. Passam a atacar a pessoa que pergunta e deixam os argumentos de lado.
Isso funciona como um mecanismo de defesa. Depois eu posso escrever um artigo com diversos argumentos circulares envolvendo dinheiro e economia que ideologias de esquerda propagam por toda parte.
A verdade é algo simples de ser dito quando você está tranquilo e sereno.
Já para argumentar contra a verdade é necessário desenvolver um pensamento mirabolante ou circular.
Todos, no fundo, sabem que existem virtudes e habilidades que precisamos desenvolver para lidar bem com nossa vida financeira e profissional como: prudência, paciência, persistência e autorresponsabilidade são bons exemplos. Pessoas ignorantes ou que são ideologicamente contaminadas tentam argumentar contra as virtudes através de ideias falhas que nem elas sabem explicar detalhadamente.
Geralmente as pessoas apenas decoram e repetem as críticas contra as bases da boa educação financeira, contra o hábito de poupar, empreender, investir, acumular capital e prosperar. Infelizmente foi isso que elas receberam desde o tempo da escola. A maioria dos professores nos falaram sobre a história do mundo através de uma lente ideológica de esquerda (fonte). Ninguém nos falou nada sobre a verdade da prosperidade e da riqueza que se espalhou pelo mundo e que hoje está mais fácil de ser atingida devido a enorme quantidade de conhecimento disponível, facilidades e oportunidades.
Dessa forma, é mais fácil mudar o pensamento das pessoas apresentando a realidade de forma lenta, principalmente através de exemplos. Podemos “minar” a ignorância e as ideologias através de conteúdos inspiradores como frases, vídeos e ideias que valorizam e mostram os efeitos positivos de virtudes envolvidas com o sucesso financeiro e profissional. A mudança só vai acontecer inspirando a pessoa de forma indireta, através de verdades difíceis de questionar.
Um ponto importante nessa tarefa é o bom exemplo. É importante que você seja aquilo que você prega ou esteja tentando ser aquilo que você prega. Ser ou tentar ser, dá para você a autoridade de argumentar sobre um tema.
Geralmente as pessoas que são possuídas por uma ideologia pertencem a um grupo que a mantem nesse estado de aprisionamento das ideias. Talvez a pessoa que você quer ajudar faça parte de uma universidade pública onde todo o ambiente é ideologicamente contaminado. Talvez a pessoa trabalhe em um órgão público ou em uma empresa que atue em uma área do conhecimento onde é marcante a presença de ideologias progressistas e de esquerda.
Isso torna o despertar dessa pessoa muito difícil, as vezes até impossível, já que o ambiente onde estão exigem delas que compactuem com uma “cesta de ideias prontas” que mantem o grupo coeso. Não é todo mundo que consegue suportar as pressões do grupo onde está. Quanto mais jovem, mais a pessoa se sente pressionada a seguir a ideologia do grupo.
Pessoas muito apegadas a ideologias progressistas e de esquerda frequentemente são pessoas fragilizadas, que foram convencidas de que são vítimas de algo ou de alguém como uma forma de tirar das costas delas a responsabilidade do que são e do que possuem.
Um bom caminho para livrar as pessoas do vitimismo ideológico é despertar nela a força de vontade e a autoconfiança. Só pessoas com vontade e autoconfiança assumem o controle da própria vida e lutam para melhorar sua situação sem ficar dependendo de ninguém.
Eu já vi muitos exemplos de pessoas que se educaram financeiramente e quando começaram a prosperar na vida, dando bons exemplos, observaram que alguns parentes e amigos começaram a se afastar. Isso é algo muito comum.
O processo de autodesenvolvimento, crescimento intelectual, moral e financeiro tende a ser solitário. Devemos aceitar essa realidade.
A ignorância, a loucura, as ideologias que valorizam o enfraquecimento e a vitimização das pessoas é um fenômeno coletivo autodestrutivo. Você encontrará mais companhia se resolver manter sua vida no nível mediano, com pouco desenvolvimento intelectual, com uma moralidade flexível e uma vida financeira mediana.
Por isso, muitas vezes é melhor fazer como o descrito pelo nosso leitor. Silenciar pode ser um ato de sabedoria. É importante que você tenha tempo e energia para estudar e se desenvolver de forma intelectual e material, mesmo que isso se torne uma atividade mais solitária do que você gostaria.
Pode ser inviável ajudar quem não pediu ajuda. É quase impossível ajudar alguém com ideias e pensamentos circulares. Devo falar sobre isso em outro artigo.
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Boa tarde. Já deixei um comentário igual em outro post, mas se o articulista autorizar deixo-o novamente, porém mais completo.
Livros recomendados: “A Mente Esquerdista. As Causas Psicológicas da Loucura Política. As Causas Psicológicas da Loucura Política“, do Dr. Lyle H. Rossiter;
“Desculpe-Me Socialista: Desmascarando as 50 mentiras mais contadas pela esquerda“, de Lawrence W. Reed;
“A lei: por que a esquerda não funciona“, de Frederic Bastiat;
“Esquerda Caviar: A hipocrisia dos artistas e intelectuais progressistas no Brasil e no mundo“, de Rodrigo Constantino;
“A Vida na Sarjeta. O Círculo Vicioso da Miséria Moral“, de Theodore Dalrymple
“Viagens aos Confins do Comunismo“, de Theodore Dalrymple;
“A Rebelião das Massas“, de José Ortega y Gasset.
Olá Bruno, adicionei links para os livros que você indicou, para que as pessoas achem os mesmos no Amazon. Não conheço todos eles, mas estou lendo o “A Mente Esquerdista” do psiquiatra Dr. Rossiter. Sempre me interessei pelo estuda mente. Sempre suspeitei que existia algo errado com a mente das pessoas com viés de esquerda. O livro está confirmando minhas suspeitas e observações. É uma pena que estejam enlouquecendo a população sem que ela perceba. Talvez eu faça um resumo sobre o livro em algum artigo, talvez isso ajude alguém.
Lendo o trecho que faz menção à matéria que diz que 85% dos professores são esquerdistas, me lembrei deste livro aqui:
“Maquiavel Pedagogo ou o ministério da reforma psicológica”, de Pascal Bernardin;
“Emburrecimento Programado: O Currículo Oculto Da Escolarização Obrigatória“, de John Taylor Gatto;
“Armas De Instrução Em Massa“, de John Taylor Gatto.
Adicionei links no nome dos livros e depois vou pesquisar sobre eles.
É triste, mas a realidade é que a maioria das pessoas, tanto de esquerda quanto de direita, não sabe do que está falando, simplesmente reproduzem argumentos enlatados sem parar pra pensar. Elas escolhem um time e defendem isso com unhas e dentes, mesmo que os argumentos sejam fracos. Eu desisti, não vejo como ter um futuro civilizado com as discussões superficiais de hoje em dia. Continuo seguindo solitário, torcendo pelo melhor, mas me preparando para o pior.
Esse é o caminho que parece mais coerente.
Excelente comentário. As pessoas estão enxergando política da mesma forma que o fazem com futebol: são torcedoras. Toleram tudo de quem veneram e nada de quem detestam. Nessa toada, vamos continuar na mesma situação por décadas à fio, não importando se quem está no poder é de direita ou de esquerda.
Leandro, obrigada por mais esse artigo.
Fico realmente curiosa com o futuro de uma espécie que tenta criminalizar gênios como Jordan Peterson e que idolatra pessoas abomináveis como Ani**a, Kardashians, Fe**pe N**o. A geração do “entitlement” e do vitimismo terá um chocante encontro com a realidade, e eu espero que isso ocorra antes de as consequências serem irreversíveis.
É um fenômeno surpreendente de total inversão de valores. A história e a lógica nos diz que isso não vai dar certo.
Rapaz, já estou pensando em mudar para Marte, isto aqui vai virar uma zona mundial (Babilonia). Proximo foguete do Elon musk se tiver vaga to dentro.
Olá Leandro,
Interessantes esses artigos que abordam a interação entre pessoas.
E o que dizer do que tange os relacionamentos de casais? As pessoas estão cada vez mais alienadas, e às vezes mesmo quem estava “no caminho certo” acaba sendo influenciado pela manada em assuntos políticos/financeiros/comportamentais. Nunca saberemos se a pessoa que está ao nosso lado se manterá íntegra ou se desenvolverá uma nova e inesperada personalidade e forma de agir.
O que fazer nesse caso?
Antigamente, casar e formar uma família era o normal. Hoje em dia, casamentos não duram muito, e as pessoas mudam de hábito como mudam de roupa. Você pode optar por se relacionar com alguém, mas precisa saber que é como jogar roleta russa. Você pode fazer a sua parte e “torcer” que não dê problema, mas será que o risco compensa? O prejuízo financeiro e emocional pode ser gigante! Por outro lado, será que vale a pena desistir de formar uma família e aceitar a derrota para a situação atual?
Olá, Ricardo. Você levantou uma questão que vejo refletindo a algum tempo. No passado não muito distante, por muitas gerações, as famílias seguiam uma tradição e se relacionavam com outras famílias que seguiam a mesma tradição baseada em uma religião, cultura, pensamento político etc. Ao casar-se com alguém, não existia o risco da sua esposa abrir o Instagram e ao participar de uma transmissão ao vivo com um desconhecido, resolver jogar no lixo toda a base cultural, religiosa ou de qualquer outro pensamento que norteavam seus antepassados. Existia uma certa estabilidade baseada na tradição e na ideia de que existia uma inteligência por trás dessa tradição e que por isso deveria ser conservada. Hoje não funciona assim. Qualquer influenciador que se comporta como um doente mental acaba influenciando milhões de pessoas. As pessoas mudam seus hábitos e crenças como se mudassem de roupa com base no próximo louco que vai surgir na rede social. Como assumir um compromisso para a vida toda com alguém que não está comprometida com aquilo que ela é e com aquilo que seus familiares e antepassados sempre foram? Não existe mais qualquer estabilidade. Os consultórios dos psiquiatras estão lotados. Nunca se tomou tanto medicamento psiquiátrico. Aqueles que vendem conselhos e soluções mágicas enriquecem.
Eu tenho namorada e o meu processo de escolha dela (e da escolha dela por mim) foi bem lento. Observei a cultura, a forma de pensar, a existencia ou ausencia de religiao, a estrutura familiar (pais/irmao), a educacao e valores que recebeu quando crianca, a tratativa com os pais e pessoas ao redor, a forma de cuidar do dinheiro, o tipo de plano e ambicao pro futuro, enfim. Fiz um pente finissimo nela (e ela em mim). Estamos juntos ha alguns anos e provavelmente nos casaremos. Gosto de “comparar” ela com outras e vejo a sorte que tenho. Sempre digo isso a ela; inclusive que, se nao fosse com ela, provavelmente estaria solteiro (por escolha).
Mesmo assim, mesmo com toda a sinergia que temos, ambos escolhemos separar certas coisas: o que eh meu, eh meu; o que eh seu, eh seu. E se compramos um carro ou imovel ou investimentos juntos, a parte de cada um sera de cada um. Afinal, infelizmente, nao sabemos o que vai acontecer no futuro – por mais que haja amor, cumplicidade e sinergia no presente. Estamos juntos, mas independentes ao mesmo tempo.
Sobre formar familia e ter filhos, ja houve um tempo em que eu queria mais isso. Sai do Brasil ha alguns anos em parte por causa disso: pensava em “caso eu seja pai um dia, darei uma condicao de vida melhor ao meu filho, num pais melhor”. Porem hoje o processo de imbecilizacao eh mundial. Nao existe um lugar imune a isso. Ha paises com graus mais altos ou mais baixos de imbecis. Varia a velocidade. Mas o processo em si da idiotizacao eh global, sem excecoes. Cheguei a conclusao de que, se hoje eu tiver um filho, a probabilidade de ele virar um imbecil no futuro eh altissima – por mais que a criacao familiar seja forte, estariamos sozinhos. O mundo ao nosso redor (literalmente) eh doente mental. Seria como tentar segurar sozinho um tsunami.
Eu meio que desisti de ter filhos. Talvez mude de ideia um dia, mas eu estou querendo comecar a colher frutos de sacrificios que fiz no passado. Estou “sossegado” com os “problemas” que tenho hoje. Nao estou afim de correr um risco muito alto de lidar com um filho que se tornou imbecil gracas ao mundo ao seu redor; acho que esse eh o maior medo de um pai – o meu seria esse, sem duvida.
Mais um artigo fantástico… parabéns Leandro !
Obrigado, Jair.
Boa tarde, Leandro. Minha esposa vem de uma origem humilde. Ela não defende uma ideologia nem políticos de esquerda, mas acha que é obrigação do governo sustentar as pessoas mais pobres com auxílios e benefícios. Acho que se encaixa no caso da ignorância financeira mesmo. Já tentei educá-la mas é difícil. Eu tenho duas filhas pequenas e tenho muito medo que elas se influenciem por esse tipo de mentalidade. Eu tento fazer com que elas sejam independentes. Quando elas me pedem algum brinquedo eu sempre as incentivo a juntarem o dinheiro no cofrinho pra comprar o que querem. As meninas até que aceitam bem a ideia, mas minha esposa joga contra. Ela me chama de malvado na frente das crianças, dá de graça tudo o que elas querem, e, o que é pior, ainda incentiva as meninas a se desviarem do objetivo e a gastar o dinheiro que elas estão juntando, se desviando do objetivo. A mais velha já tem 9 anos e ainda não desenvolveu interesse nenhum pelo dinheiro, pois tudo que ela quer minha esposa compra. Desse jeito fica difícil explicar pra elas que é melhor aprender a juntar o dinheiro do que receber de graça tudo o que querem. Você tem alguma ideia que possa me ajudar a educar as três, mas principalmente a mãe?
Olá Leandro. É uma situação difícil. Tem muita gente com essa visão de mundo de que alguém tem a obrigação de prover. No caso de uma esposa, não importa se o provedor será o Estado, o marido ou um pai. Como estão destruindo o papel do pai, marido e do próprio homem, resta o Estado exercendo cada vez mais esse papel, que nunca foi dele. Logo estarão chamando os políticos de “pai”, logo vão enxergar o Estado como uma mãe. Logo vão discursar falando que as famílias não são necessárias e que todos devem ser irmãos e filhos do pai Estado.
Rapaz culpar empresario, ricos etc. é muito antigo, vamos ao passado, até onde eu lembro, porém deve ter mais exemplo.
01-Egito Faro descontente, culpava o povo, Resultado Moises tirou o povo e o Egito caiu em decadencia.
02-França Luiz XV culpou um povo Rico e a França também, passou uns probleminhas economico.
03-Holanda culpou os ricos eles sairam, e o pais se lascou.
04-Argentina, um certo Peron “vou dar dinheiro para vocês”, resultado, o dinheiro parece nosso bolso familia amaldiçõado, não rende, não comprar e a pessoa só vive atolada.
Culpar empresarios e Ricos são desculpa do Comunismo.
Existem muitos exemplos. Pouco antes de 1500, Portugal e Espanha perseguiram o mesmo povo do seu exemplo 1. As consequências foram sérios problemas econômicos, problemas no comércio e nas finanças desses países.
Infelizmente entrei na fase do silêncio prestes a completar 50 anos de vida. E na minha profissão de Consultor Imobiliário, me entristeço ao atender jovens que pensam , ferrenhamente, que comprar imóvel para moradia é pura perda de tempo e uma meta inatingível.
O jovem não entende que vivemos em um país com enorme histórico de instabilidade política e econômica. Ter um lugar próprio, mesmo sendo bem simples, é questão de sobrevivência, principalmente se você tem família. O Brasil está o tempo inteiro flertando com o abismo político e econômico.
Professor você tem sido o meu “guru” desde o início dos meus investimentos há cerca de 10 anos. Meu capital já multiplicou várias vezes não somente pelas boas escolhas mas principalmente pela visão ampla que tenho aprendido a enxergar pelos excelentes artigos e insights maravilhosos. Não pare nunca!! Continuo acompanhando e torcendo para dias melhores de todos, inclusive dos que estão cegos por ideologias ou vieses. Grande abraço mestre!!
Parabéns Jean, que outras pessoas se inspirem através do seu exemplo.
Ótimo texto! Consegui reeducar apenas 2 colegas de trabalho, mas considero uma conquista.
Creio que consegui por estes 2 não serem apegados a ostentação.
Quando percebo que uma pessoa gosta de ostentação, nem tento levantar conversa sobre educação financeira, pois corro o risco dessa pessoa fazer investimentos errados (day trader) apenas para ostentar que é investidor agressivo…
É isso mesmo que acontece.
Eu mesmo me identifiquei com o leitor, pois já passei por situações semelhantes onde procurei auxiliar e orientar as pessoas em relação à educação financeira e outros assuntos, tendo sido criticado em certas ocasiões. Ouvi argumentos incoerentes de pessoas com instrução formal, especialmente servidores públicos de alto escalão. O uso de tautologias, aforismos sem sentido e total desconexão com a realidade já deixou de me causar espanto.
O homem contemporâneo se rendeu ao hedonismo, ao conforto, à mentalidade de curto prazo e às más inclinações de ordem moral. É o processo acelerado da abolição do homem.
A falta de leitura, de reflexão profunda, de base religiosa e de sacrifício para ser mais virtuoso e defender a verdade tem gestado uma miríade de doutores ignorantes, cuja vaidade o impede de reconhecer sua própria ignomínia.
É exatamente isso, Anônimo. O problema não afeta somente o “galho” financeiro da árvore. Essas questões afetam a árvore inteira, com todas as suas ramificações.
Muito contundente esse artigo, temo que você possa sofrer algum tipo de retaliação ou censura ou alguma outra coisa. Sorte a nossa que não necessita de propagandas e afins neste site.
Olá Murilo. Isso já acontece por meio da dificuldade que existe na propagação desse tipo de conteúdo em sites de busca e redes sociais. Tudo que é importante dificilmente é propagado e todo tipo de bobagem, imoralidade e desonestidade é facilmente viralizado nas redes sociais e nas primeiras páginas dos sites de busca. Sendo assim, a censura já existe.
Boa noite, Leandro,
Agradeço a você mais uma vez por compartilhar o seu conhecimento. A cada dia percebo a riqueza e a importância do seu trabalho que leva a educação financeira ao seu público. E em relação ao texto considero a melhor parte “Não tente ser o herói de quem não pediu para ser salvo. Você corre o risco de ser “atacado” por quem pretende salvar.” sendo esse o pensamento que tenho tomado a bastante. Deixo que cada construa a sua história e o tempo mostrará a verdade e o resultado.
Oi Glauber, é o melhor a fazer.
Obrigado, Leandro Ávila, por este trabalho. O teu site é um dos poucos que vejo ser mentalmente seguro ler os comentários. Assim como estes mesmos comentários acabam retroalimentando a tua produção. Ao invés de uma bolha ou câmara de eco, estamos formando uma comunidade saudável por aqui.
Algo que li nos comentários e no teu artigo e que me preocupa é em relação ao casamento e formação de família. Pretendo cometer essa insanidade – para os aforismos modernos. Vejo que para tal, os filtros precisam ser mais finos ainda. Se antes, havia uma “pré-seleção” por círculo social, religioso, local etc. agora temos uma falta de hegemonia, uma busca de quebras de tradição, somente porque sim – argumento circular e emocional.
E esse pensamento está em “famílias tradicionais”, que botam “Bananita” e afins no aniversário das crianças, na terceirização da educação – seja para um blogueiro de cabelo colorido, seja para uma instituição estadual em tempo integral. Ou mesmo na “mundanização” de algumas instituições religiosas – vide o culto vem novinha.
Parece que a formação de uma família, com um bom par vai ser difícil e raro como nióbio. Mas ainda possível. Não sei se a história humana já passou por algo semelhante. Se passou, podemos passar de novo. Se não, seremos bandeirantes deste momento.
Sucesso a nós, Leandro Ávila!
Olá Jorge. Se você pretende casar, você terá um grande desafio. Aqui eu falo sobre os problemas financeiros que se originam do mesmo tipo de degradação que está afetando as famílias, cultura, religião e todas as demais áreas. A fonte da degradação é mesma. Como eu entendo que está tudo interligado, essas questões também vão afetar os seus resultados financeiros. Casar com a pessoa errada pode ser desastroso para a vida financeira de qualquer um. Mesmo casando com a pessoa certa, faça tudo considerando a possibilidade dessa pessoa mudar no futuro, ou seja, mudar para pior. Existem péssimas influencias por toda parte.
Olá, Leandro !!! que texto elucidativo, obrigada. Tenho pessoas na minha família que estão com a mente anestesiada frente essas ideologias, o pior é que não adianta falarmos nada pra elas que não querem enxergar . Meu Deus, é algo assustador pois até um cego enxergaria, então comecei a me calar também. E olha que temos um pequeno negócio, somos empreendedores e mesmo assim , andam fascinados esperando alguma coisa do DESgoverno. É uma lástima isso, sinto que vou ficando cada vez mais só nesta jornada pois muitos dos meus conhecidos preferem seguir a manada….. Leandro, ontem finalizei mais uma vez a Releitura do Curso RESISTÊNCIA, até te mandei um post no inta…. Estou aguardando até hoje ansiosamente um CONTINUAR desse curso maravilhoso. Inté mais
Obrigado, Nívia. Se quando esse curso foi lançado existiam poucas pessoas prontas para ouvir aquilo, imagine hoje com toda essa degradação. Se tornou perigoso acordar as pessoas para a realidade.
Boa reflexão!!!
Obrigado, Marcos.
Mais um excelente artigo Professor!! Deixando um legado para nós!! Meus sinceros agradecimentos.
Obrigado Ronaldo
Olá Leandro,
Ótimo artigo. Recentemente vivi na prática duas situações de ignorância financeira, e em ambas está bem difícil convencer as pessoas que estão indo pelo caminho errado. Uma é minha mãe, que conseguiu juntar um pouco de dinheiro ao vender um imóvel, mas se recusa fortemente a investir esse dinheiro. Mesmo explicando a forma de rentabilidade e que ela está na verdade perdendo poder de compra, ela diz que não entende e que não quer entender, prefere deixar na poupança. Fico triste, pois ela ganha uma miséria de aposentadoria, mas poderia estar numa situação um pouco melhor se investisse melhor suas economias.
Outro caso é de uma colega de trabalho. Ela está prestes a se aposentar e tem um valor “investido” em um fundo de ação, que cobra absurdos 5% de taxa de administração. Além disso a performance desse fundo é ridícula, não consegue superar nem o CDI. Expliquei detalhadamente o que acontece e que dificilmente ela terá lucro nesse investimento, mas ela se recusa a mudar, diz que só vai sair quando recuperar o que perdeu. Já disse que com essa taxa de administração ela vai cansar de esperar, mas mesmo assim não adianta.
Realmente é bem solitário esse caminho da educação e liberdade financeira.
É uma pena Leandro. Parece uma mistura de teimosia com falta de curiosidade sobre os detalhes de como as coisas funcionam. Os bancos e os fundos de investimento agradecem a existência de pessoas assim.
Acho que todos que cultivam um mínimo de prudência econômica passam por isso em algum momento….já tive das minhas, e duas em especial foram péssimas experiências. Mas serviram pra aprender, na prática, porque não se deve falar de dinheiro ou assuntos correlatos com qualquer um. Uma coisa curiosa é que vez ou outra eu ouvia uma certa contradição: colegas de trabalho me ‘cobrando’ pra me verem gastando dinheiro, e em outro momento ‘reclamando’ de eu não ter dinheiro….percebem a incoerência? A pessoa quer que você esbanje e mostre que está gastando, mas por outro não entende como você pode passar por alguma dificuldade financeira ou não poder fazer algo planejado no momento, por ter que juntar mais dinheiro ou coisa do tipo. O mais difícil pra mim, no entanto, é não conviver com certas pessoas, já que não dá pra escolher ou simplesmente virar a cara pra algum colega de trabalho ou membro da família.
Olá Paulo, é difícil mesmo.
Que prazer encontrar este artigo inteligentíssimo como sempre! Certa vez convidei uma amiga para uma palestra de Educação Financeira e sua resposta foi: “Prefiro continuar financeiramente deseducada.”Acho que o tema dinheiro mexe com os medos mais profundos das pessoas, uma questão de sobrevivência. Muitas crenças limitantes são passadas de geração à geração. Então, na maioria das vezes, é infrutífera a tentativa de conscientizar algum adulto sobre educação financeira.
Olá Kanami, infelizmente isso é muito comum. É incrível, mas a maioria das pessoas prefere a ignorância sobre os mais diversos temas.
Olá Leandro, sou uma leitora antiga do Clube dos Poupadores, sempre gostei muito do blog. Realmente se tratando de conhecidos e parentes, penso que o melhor é nos mantermos quietos e com a famosa “cara de paisagem”, faça o seu e siga em frente.
Quanto a familiares próximos, concordo que devemos fazer um esforço extra, sempre com muita paciência e carinho. Mas algo que tenho pensado a respeito e tentado aprender é simplesmente entender quando esse familiar não conseguir evoluir. Por exemplo, vejo alguns comentários de pessoas “irritadas”, pois a mãe não quer tirar o dinheiro da poupança. Primeiro de tudo, o dinheiro é dela, e se ela quiser simplesmente jogar pela janela, está no seu direito. Aí então você pode pensar: “mas depois ela fica encrencada financeiramente e sobra pra mim!”. Sim, meu jovem, essa é a vida! O que fazer então? Se puder ajude, se não puder seja sincero e diga infelizmente não tenho como ajudar dessa vez.
Digo isso pois me preocupa ver como muitas pessoas estão colocando o dinheiro em um lugar de importância acima de (boas e verdadeiras) relações pessoais. Do que adianta estar sentado em uma pilha de dinheiro e sem nenhuma relação verdadeira na vida? O amor e a saúde são as principais riquezas dessa vida. (E na minha opinião a riqueza material vem logo após esses dois rs).