Os preços dos imóveis estão subindo no Brasil e nos principais países do mundo desde o início da crise. Podemos ver na tabela abaixo que em 2017 (-0,53%) e 2018 (-0,21%) os preços dos imóveis anunciados caíram. No ano de 2019 os preços não sofreram mudanças (0,0%). Em 2020 os preços subiram em média 3,67%. Em março de 2021 a alta nos últimos 12 meses foi de 3,99%. Veja na tabela que a última vez que os preços dos imóveis residenciais superaram a inflação (IPCA) foi em 2014, mesmo assim devemos considerar que em algumas capitais os preços dos imóveis subiram mais que a inflação e temos exemplos de altas de 11% nos últimos 12 meses (entre março de 2020 e março de 2021).

Você pode ampliar a imagem clicando sobre ela.

 

Na figura abaixo, observe a variação anual nos preços dos imóveis nas principais cidades do país. As maiores altas nos últimos 12 meses foram em Maceió (11,58%), Curitiba (10,59%), Brasília (9,39%) e Vitória (9,17%). Recife é a capital listada onde os imóveis menos subiram.

 

Na figura abaixo, em várias cidades os preços dos imóveis acumulam altas que superam a inflação dos últimos 12 meses.

Existem grandes diferenças entre os preços dos metros quadrados de cada bairro dentro das grandes cidades. Veja os bairros de São Paulo no gráfico abaixo com o metro quadrado mais caro e o mais barato.

Para acessar um gráfico como este para cada grande capital do Brasil e os demais gráficos que apresentei visite aqui.

Os preços dos imóveis também sobem nos principais países do mundo. Veja:

Todos os gráficos acima mostram as variações nos preços dos imóveis em 8 países entre o ano 2000 e 2021, mas cada gráfico mostra um país específico em destaque (linha escura). A linha vermelha vertical separa o gráfico com dados passados do gráfico com as previsões para 2022 e 2023. A forma triangular vermelha projetada no futuro representa uma área de probabilidades para esse movimento nos próximos anos. A linha branca que corta a figura triangular vermelha representa a média do movimento mais provável dos preços.

Os gráficos acima possuem base 100, ou seja, ele parte do princípio de que todos os imóveis valiam 100 dinheiros no ano 2000 e sobre esse valor 100 temos as variações aplicadas. Exemplo: na França um imóvel que valia 100 no ano 2000 está valendo 200 em 2021 sendo que ainda pode ocorrer uma alta de 4,2% nos próximos 2 anos.

Tomando uma média igualmente ponderada de 16 países desenvolvidos, os preços reais dos imóveis subiram 5,4% nos últimos 12 meses em comparação com 2,2% um ano antes. Nos Estados Unidos, os valores nos 12 meses até janeiro saltaram 11%, a taxa mais rápida desde 2006.

Geralmente as crises econômicas são oportunidades para quem planeja comprar imóveis para investir. No primeiro momento os preços tendem a cair, como ocorreu na crise de 2008/2009 e depois eles se recuperam já que muitas vezes os países estimulam a recuperação econômica através dos incentivos para o setor imobiliário.

A crise iniciada em 2020 foi diferente. Os imóveis comerciais perderam valor e os residenciais se valorizaram rapidamente. Provavelmente isso ocorreu devido ao home office que motivou a busca por imóveis maiores, imóveis em outras localidades e imóveis para filhos que moravam com os pais e casais que se separaram durante o lockdown.

No exterior, e provavelmente no Brasil, o trabalho remoto tem incentivado as pessoas a priorizar o investimento em imóveis melhores. Parte da classe média ainda não foi atingida pelo desemprego e a redução de salários (como a classe média composta por parte dos servidores públicos no Brasil e no exterior). Quem já tinha uma boa renda reduziu seus gastos com viagens, passeios, restaurantes, roupas e com o deslocamento para o trabalho. Isso ajudou a melhorar a situação financeira de algumas famílias e elas estão investindo em imóveis em todo o mundo.

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