Conheça quatro indicadores, através de gráficos sempre atualizados, que permitem observar a quantidade de riqueza acumuladas por todos os brasileiros. Eles estão separados em quatro grupos relacionados com sua liquidez.
Esse indicadores são chamados de “agregados financeiros” ou “meios de troca” e são identificados pelos nomes: M1, M2, M3 e M4.
- Gráfico do M1 é o indicador que nos permite ver a quantidade dinheiro em circulação (papel-moeda e moedas) e os depósitos bancários à vista (que podem ser sacados imediatamente). São os ativos mais facilmente utilizados pelas pessoas para comprar alguma coisa, investir ou tomar qualquer decisão financeira.
- Gráfico do M2 inclui M1 mais ativos de alta liquidez, como depósitos de poupança e alguns investimentos de curto prazo, como títulos pós-fixados oferecidos por bancos com liquidez diária (exemplo: CDB com liquidez diária). Esses ativos podem ser rapidamente convertidos em meios de pagamento.
- Gráfico do M3 engloba M2 mais ativos financeiros de médio e longo prazo, como depósitos a prazo (Exemplo: CDB prefixado). Embora menos líquidos que M1 e M2, ainda representam ativos com boa conversibilidade.
- Gráfico do M4 é o agregado mais abrangente, incluindo M3 mais outros instrumentos financeiros, como ações e títulos privados. Apesar de terem menor liquidez do que os outros agregados, ainda fazem parte da riqueza financeira da economia.
Há dois principais fatores que podem influenciar o crescimento dos agregados monetários (M1, M2, M3 e M4) no Brasil:
Crescimento da riqueza produzida:
Quando você vive em um país onde o governo permite e motiva as pessoas a produzirem riquezas (trabalhando, empreendendo e investindo) esses indicadores tendem a se expandir. Isso porque, com mais atividade econômica, circula mais dinheiro na forma de depósitos, investimentos, etc., elevando os diferentes agregados monetários. Então, em condições normais de crescimento econômico, espera-se que os agregados monetários acompanhem essa expansão da riqueza, pois existem serviços e produtos valiosos sendo produzidos e oferecidos no mercado.
Políticas fiscais e monetárias expansionistas:
Quando você vive em um país com um governo que adota políticas fiscais irresponsáveis, gastando mais do que arrecada, isso tende a elevar a oferta de moeda na economia sem que nenhuma riqueza (produtos e serviços) sejam criados. Mecanismos como o financiamento do déficit público pelo Banco Central (criação de dinheiro) também contribuem para o aumento dos indicadores. Essa expansão da base monetária acaba se refletindo no crescimento dos diferentes níveis de M1, M2, M3 e M4, ainda que não necessariamente acompanhado de um aumento proporcional da produção real.
Os agregados monetários podem crescer tanto devido à expansão da riqueza produzida quanto por fatores relacionados a políticas fiscais e monetárias expansionistas, mesmo que estas últimas não sejam sustentáveis no longo prazo.
Para diferenciar a produção de riqueza da malandragem dos políticos:
Para diferenciar se o crescimento dos agregados monetários (M1, M2, M3 e M4) está ocorrendo devido ao aumento da riqueza produzida na economia ou por ações fiscais e monetárias expansionistas do governo, devemos observar outros indicadores econômicos complementares. Alguns deles são:
- Produto Interno Bruto (PIB): O crescimento do PIB, especialmente o PIB real (descontada a inflação), é um sinal de que a economia está se expandindo de forma sustentável. Se os agregados monetários estiverem crescendo em linha com o PIB real, é um indício de que o aumento da liquidez está atrelado ao crescimento da riqueza.
- Índices de Preços: Se os agregados monetários estiverem crescendo mais rapidamente do que a inflação medida por índices de preços ao consumidor (IPCA, por exemplo), pode ser um sinal de expansão monetária excessiva. Nesse caso, o aumento da liquidez não estaria totalmente fundamentado no crescimento real da economia.
- Déficit Fiscal: O acompanhamento do déficit do governo (diferença entre receitas e despesas públicas) pode indicar se há pressões expansionistas por parte das políticas fiscais. Um déficit fiscal elevado e crescente é um indício de que o governo pode estar financiando seus gastos por meio da criação de moeda, impactando os agregados.
- Taxa de Juros: A evolução da taxa de juros básica da economia (Selic, no caso do Brasil) também pode revelar informações relevantes. Cortes significativos na taxa de juros podem estimular a expansão da liquidez e dos agregados monetários, nem sempre acompanhada de crescimento real da economia.
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