Diante de uma possível crise mundial do petróleo, vamos olhar para o passado buscando pistas sobre como a última grande crise impactou os investimentos.

O gráfico mostra as variações dos preços de diversos ativos e indicadores (variações anualizadas) no primeiro choque da crise mundial do petróleo entre 1973 e 1974.

Podemos observar que junto com o aumento de mais de 80% ao ano do preço do petróleo (Oil) tivemos aumento dos preços das commodities (como os alimentos), cobre (copper), tivemos aumento da inflação e valorização dos imóveis (Real State). Temos ainda os títulos públicos (govt. bonds), títulos de empresas (corp. bonds) com retorno negativo, fundos imobiliários (REITs), telecomunicações (Telecoms), energia (Energy), indústria farmacêutica (Pharma) e outros. As ações de tecnologia (tech) e de crescimento (growth) apresentaram os piores desempenhos.

A última grande crise do petróleo aconteceu em quatro choques, todos depois da Segunda Guerra Mundial após embargos dos países membros da OPEP (Organização dos Países Exportadores de Petróleo) e Golfo Pérsico contra a distribuição de petróleo para os Estados Unidos e países da Europa e África.

O primeiro choque aconteceu em 1973 como forma de protesto pelo apoio prestado pelos Estados Unidos a Israel durante a Guerra do Yom Kippur, tendo os países árabes organizados na OPEP aumentando o preço do petróleo.

Infelizmente existe uma enorme relação entre o petróleo, crises políticas, econômicas e conflitos militares.

Em 2022 vivemos um conflito militar com sanções, embargos com alta nos preços do petróleo, gás, alimentos e de outras commodities. A figura abaixo mostra o desempenho por setor da economia de ações que fazem parte de todas as bolsas do mundo através do índice “MSCI All Country World Price” entre o início de 2022 e o dia 07/03/2022 durante o conflito entre a Rússia e a Ucrânia.

 

Podemos observar que existe semelhança entre os setores com os piores desempenhos deste gráfico e o imagem anterior. Os piores setores neste tipo de crise são o de automóveis, softwares, entretenimento, etc. Produtos e serviços essenciais sofreram menos como o de telecomunicação, utilidades públicas, alimentos etc.

 

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