Antes de investir em LCI, LCA, CDB e outros títulos emitidos por bancos pequenos e médios é muito importante conhecer o banco e avaliar seu risco.

Muitas corretoras estão oferecendo produtos de bancos médios com taxas de juros muito atrativas quando comparamos com os mesmos investimentos de renda fixa oferecidos por grandes bancos.

Através das corretoras é fácil investir em outros bancos sem a necessidade de abrir contas em cada um deles.

O problema é que nem sempre as pessoas procuram saber mais sobre os bancos onde estão colocando o seu dinheiro.

É importante lembrar que a corretora só funciona como uma intermediária que ajuda estes bancos a captar recursos dos investidores. A responsabilidade pela escolha de onde investir é totalmente sua.

Teoricamente bancos médios e pequenos podem quebrar com mais facilidade que os grandes bancos. Hoje as exigências sobre os bancos são cada vez maiores com o objetivo de evitar que quebrem durante crises econômicas.

Quanto maior o risco, mais juros o investidor deve exigir para escolher um determinado banco. Quando dois bancos oferecem um CDB, LCI ou LCA com prazos e taxas parecidas você deve escolher aquele que está em melhores condições financeiras (menor risco por retorno).

Atualmente existe o Fundo Garantidor de Créditos que oferece uma garantia, no caso de quebra, de até R$ 250 mil por investidor com limite total de R$ 1 milhão. Para entender como funciona esta garantia leia este outro artigo sobre o FGC. Se não fosse o FGC, menos pessoas físicas arriscariam suas economias investindo em bancos de menor porte. Você encontra no final deste link aqui a relação de últimos bancos que quebraram e que tiveram pagamentos garantidos pelo FGC.

5 cuidados básicos antes de investir em banco médios:

1) Verifique se o banco é associado do FGC, veja a lista;

2) Verifique qual é a nota de risco do banco. Isto é feito visitando o site das agências de classificação de risco ou agências de Rating. Existem três agências que são as mais conhecidas e que avaliam a saúde financeira dos bancos periodicamente. Com base nesta nota é possível saber o resultado da última avaliação. Estas notas podem aumentar ou diminuir dependendo da situação em que o banco se encontra. Quanto maior a nota, menor o risco de calote e maior a segurança de recebimento do seu dinheiro somado aos juros prometidos. Bancos com boas notas de risco se dão ao luxo de oferecer taxas de juros menores já que o juro sempre deve ser visto como um prêmio pelo risco que se corre. Já os bancos com notas baixas são praticamente forçados a oferecerem taxas de juros maiores para atrair investidores. Para saber mais sobre como avaliar a nota de risco dos bancos leia este artigo que escrevi sobre o assunto;

3) Verifique quais foram as últimas notícias publicadas sobre o banco. As agências de risco demoram muitos meses para avaliar e atualizar as notas de risco. É importante que você procure se informar sobre as últimas notícias divulgadas na imprensa sobre o banco que pretende investir. Notícias negativas como a queda nos lucros do banco, aumento da inadimplência, envolvimento em fraudes, envolvimento em crimes, corrupção e outras notícias ruins podem significar aumento do risco que ainda não está avaliado pelas agências. Recomendo dicas para pesquisar notícias sobre os bancos:

  • Visite o site de busca de notícias do Google que fica no endereço http://news.google.com.br. Faça uma busca pelo nome do banco. No final do resultado de buscas existe uma opção onde você pode configurar o envio de alertas. Você será avisado por e-mail sempre que uma nova notícia do banco for publicada. Dica: Você pode aproveitar e usar essa mesma ferramenta para receber artigos do Clube dos Poupadores. Basta visitar aqui e clicar no botão para seguir.

4) Através do Banco Central, no endereço https://www3.bcb.gov.br/ifdata/  é possível acessar algumas informações importantes sobre a saúde financeira dos bancos. Selecione a data do último levantamento e selecione o relatório “resumo”.

Procure a coluna chamada “Índice de Basileia“. É importante que o número esteja acima 9,625%, mas o ideal seria acima de 11%. Isto significa que para cada R$ 11,00 que o banco possui ele pode emprestar R$ 100,00. Parece uma coisa sem sentido? Se o banco tem R$ 11,00 ele só deveria emprestar R$ 11,00! Na verdade os bancos podem criar dinheiro emprestando mais do que realmente possuem.

Como este mecanismo já foi motivo para diversas crises econômicas mundiais (a última aconteceu em 2008) os bancos centrais de todo mundo se uniram para definir algumas regras e exigências para evitar que os bancos quebrem com a tanta facilidade. Temos um artigo com vídeo sobre esse assunto que está relacionado sobre como o dinheiro é criado. Visite: Como o dinheiro é criado e a inflação é produzida

Aqui no Clube dos Poupadores também temos uma lista com o índice Basileia de vários bancos brasileiros.

Para investir em CDB, LCI ou LCA é muito importante saber o histórico do banco, a área de atuação, estrutura e controle. Muitos bancos médios são controlados por grupos empresariais que atuam em outras áreas como: indústrias, montadoras de veículo, construtoras, redes varejistas e até grupos de comunicação. Também existem os bancos médios que são controlados por bancos maiores (nacionais e internacionais). Nem sempre essas instituições apresentam bons resultados.

Isso tudo aqui é apenas o básico. Para aprender mais profundamente sobre indicadores e ferramentas que ajudam a avaliar os bancos leia o livro sobre  como investir em CDB, LCI e LCA, visite aqui.

Escrevi uma série de pequenos artigos falando sobre como alguns bancos médios que emitem CDB, LCI e LCA fazem para ganhar dinheiro, qual sua história e como consultar algumas informações sobre eles na internet. Visite:

Esses são bancos médios e pequenos que podemos investir facilmente através de várias corretoras. Depois vou escrever artigos sobre mais desses bancos para motivar você a estudar sobre onde você pretende investir.

Investir em CDB, LCI e LCA

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